quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil
Merece uma análise estratégica a entrevista concedida pelo Superministro
da Economia, Paulo Guedes, ao jornal britânico Financial Times. A banqueirada
que aposta todas as fichas nele deve ter ficado magoada com ele, por ter dito
que “o caminho alternativo tomado pelo Brasil conduz a um Estado de rentistas,
caracterizado pela corrupção”.
Paulo Guedes foi certeiro: "Somos uma democracia perneta. O sistema
é corrupto. Por que outro motivo Lula, o político mais popular do Brasil, seria
condenado a 13 anos de prisão por acusações de corrupção?". Guedes
advertiu: "Se os modos de Bolsonaro são bruscos, isso é só aparência. Ele
vai ser duro com os bandidos".
O Superministro da Economia do Presidente Bolsonaro sentenciou: "A
ideologia é o verdadeiro inimigo". E acrescentou: “As pessoas da esquerda
têm cabeças moles e bom coração. As pessoas da direita têm cabeças duras, e... Corações
não tão bons". Ele ponderou: "Quando os liberais chegam ao poder,
isso é boa notícia, não má notícia".
Paulo Guedes prometeu que o trabalho de sua equipe terá sucesso: "Sim,
a economia vai crescer mais rápido. Mas não podemos ser ingênuos. Há muitos
danos a consertar". O remédio apontado por Guedes é "uma economia
propelida pelo mercado e não a economia dirigista fracassada que corrompeu a
ordem política".
O superministro da Economia reclamou: "O Brasil é a oitava maior
economia do planeta, mas está em 130º lugar em grau de abertura, perto do
Sudão. Também está em 128º lugar em termos de facilidade de fazer negócios.
Quero dizer... Jesus Cristo!".
Paulo Guedes falou e disse. A solução menos traumática para o Brasil é
investir o que puder na construção da uma Democracia Liberal para derrubar
nosso modelo que ele bem definiu como “Democracia Perneta”. O atalho para isso é
o diálogo aberto, intenso e verdadeiro.
Em vez da guerra de todos contra todos os poderes, é fundamental uma
união mínima das pessoas de bem, compromissadas com as mudanças estruturais que
serão atingidas se conseguirmos promover algumas reformas essenciais.
Paulo Guedes não declarou aos britânicos, mas ele sabe muito bem que tudo
só vai dar certo no Brasil se o Congresso Nacional reassumir suas responsabilidades
e se o sistema judiciário cumprir seu dever básico de investigar, processar,
julgar e punir ou absolver.
O superministro tem a convicção de que
só haverá investimentos por aqui com segurança jurídica, política, econômica e
institucional. Guedes também sabe que temos de romper com as ditaduras das
ideologias, do rentismo (improdutivo) e do Crime – três males que operam,
combinados, no Brasil.
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