terça-feira, 11 de dezembro de 2018
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil
Devidamente
diplomados e prontos para tomar posse dia 1º de janeiro, Jair Bolsonaro e Antônio
Mourão têm, a partir de agora, uma missão imediata: a definição de duas Agendas.
Uma, tática e operacional, para ser amplamente divulgada na cerimônia de posse.
Outra, estratégica, para ser conhecida pelos mais fundamentais dos 22
ministros, que não deve ser alardeada publicamente e, muito menos, vazada, para
ser colocada em prática pelos integrantes do Governo.
A Agenda
pública tem de conter as ações imediatas que o eleitorado definiu como um
ultimato: medidas imediatas para a segurança pública; ataque à Corrupção; e
melhoria econômica. Um milhão de perdões aos tecnocratas, mas a reforma da
previdência não foi uma prioridade definida pelos eleitores. Ignorar isto será
um erro imperdoável de comunicação: falar de um tema espinhoso, na hora errada.
A burrada foi cometida nesta transição governamental...
Na hora
certa, a reforma previdenciária deve ser debatida abertamente, porque mexe com
o futuro das pessoas. Porém, Bolsonaro e Mourão não podem criar e muito menos
cair na armadilha da marketagem errada. Presidente e Vice não podem permitir
que burocratas abram espaço para um assunto que só gera desgastes, para alegria
da mídia inimiga e que só é prioritário, de verdade, para os banqueiros
interessados em lucrar com a capitalização.
A dupla
Bolsonaro/Mourão tem uma prioridade entre si: precisa demonstrar ao público que
prevalece um bom entrosamento e uma harmonia pessoal entre o Presidente e o
Vice. Também deveriam mandar a turma próxima parar de chamá-los de Capitão e de
General. Essa é outra armadilha que a mídia inimiga adora explorar, para
transmitir a falsa imagem de um “governo militarizado”, associado à também
falsa imagem consolidada de “ditadura” do passado.
O Palácio
do Planalto não é um quartel, por mais militares e ex-oficiais que abrigue. O
negócio agora é o presente e o futuro. Bolsonaro e Mourão já foram
“aposentados” da profissão militar: um foi reformado há muito tempo e o outro
foi para a reserva. Não são mais militares, apesar da origem. Jair e Antônio
viraram políticos. Já foram diplomados Presidente e Vice. Por delegação
constitucional, Jair será Comandante-em-chefe das Forças Armadas, sem
necessidade de vestir farda como já o fez, impropriamente, Nelson Jobim (que
nunca foi Presidente, mas que agora é um daqueles banqueiros interessadíssimos
na reforma previdenciária)...
Por falar
em Constituição, a Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, a supre
magistrada Rosa Weber, aproveitou muito bem seu longo e meio chato discurso na
diplomação de Bolsonaro e Mourão. Taticamente, Rosa usou como gancho os 70 anos
da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU para mandar um recado
subliminar à dupla que toma posse. O Judiciário exige que eles cumpram a
agendinha global das Nações Unidas – que é uma bandeira da esquerda derrotada
no voto, mas não na eficácia do discurso midiaticamente hegemônico.
Aquele papo
todo arrumadinho, em juridiquês, foi como se a Rosa dissesse para Bolsonaro e
Mourão para tomarem todo o cuidado na hora da repressão pesada contra o Crime –
desde o bem organizado entre os poderosos até às facções narcoguerrilheiras
(que têm enfoque comercial ilegal, mas, também, político ideológico). Rosa
sinalizou, simbolicamente, que a cúpula do Judiciário será um obstáculo, se os
tais direitos humanos não forem respeitados.
Voltando à
agenda, Bolsonaro tem de comparecer ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, nos Alpes
Suíços. Só precisa viajar com a clareza de que o evento anual, entre os dias 22
e 25 de janeiro, é um mero espetáculo para os controladores globalitários do
Planeta darem seu showzinho de vaidosa exibição de força e poderio.
Por isso, Bolsonaro
deve suportar o frio e cumprir dois objetivos básicos. Primeiro, mostrar aos
poderosos que um novo Brasil vem aí, equilibrando soberania com negócios na
medida certa. Segundo, deixar claro aos gringos que ele não é aquele “fascista”
que a oposição pintou lá fora...
Antes da
primeira viagem internacional, Bolsonaro precisa priorizar a saúde. Deve
marcar, para depois de Davos, a cirurgia para reconstrução da ligação
intestinal. Quinta-feira, Bolsonaro deve definir a parada com seu médico
Antônio Macedo, em reunião/consulta no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
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