Esposa de Beto Richa, Fernanda Richa, e Deonilson Roldo, que é ex-chefe de gabinete do ex-governador, também foram presos.
Por Diego Ribeiro e Thais Kaniak, RPC Curitiba e G1 PR
O ex-governador do Paraná Beto Richa, candidato ao Senado pelo PSDB,
foi preso na manhã desta terça-feira pelo Gaeco em Curitiba, no Paraná.
Beto Richa é alvo de duas operações: uma realizada pelo Ministério
Público do Paraná (MP-PR), pela qual foi preso, e outra da Polícia
Federal (PF), em uma nova fase da Lava Jato. Na 53ª etapa da Lava Jato, a
casa de Beto Richa é alvo de mandado de busca e apreensão.
A esposa de Beto Richa, Fernanda Richa, e Deonilson Roldo, que é
ex-chefe de gabinete do ex-governador, também foram presos pelo Grupo de
Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-PR. Além
disso, Deonilson Rodo tambem é alvo de prisão da PF.
Pepe Richa, irmão de Beto Richa e ex-secretario de Infraestrutura,
Ezequias Moreira, ex-secretário de cerimonial, e Luiz Abib Antoun,
parente do ex-governador, também foram presos pelo Gaeco.
As três prisões são temporárias, com validade de cinco dias. A investigação do Gaeco é sobre o programa Patrulha Rural.
A assessoria de imprensa de Beto Richa disse que os advogados devem se manifestar em breve. O G1 tenta contato com a defesa dos demais presos.
53ª fase da Lava Jato
Nesta manhã, também foi deflagrada a 53ª fase da Operação Lava Jato que
cumpre três mandados de prisão em Curitiba. Mas, até o momento, não se
sabe quais são todos os alvos.
Batizada de "Piloto", a 53ª etapa da Lava Jato cumpre 36 mandados
judiciais em Salvador (BA), São Paulo (SP), Lupionópolis (PR) Colombo
(PR) e Curitiba (PR).
O codinome "Piloto", de acordo com a força-tarefa da Lava Jato, se refere a Beto Richa na planilha da Odebrecht.
A investigação apura um suposto pagamento milionário de vantagem
indevida em 2014 pelo setor de propinas da Odebrecht em favor de agentes
públicos e privados no Paraná, em contrapartida ao possível
direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação,
manutenção e operação da PR-323.
Ainda segundo a PF, os crimes investigados na atual fase são corrupção
ativa e passiva, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário