terça-feira, 11 de setembro de 2018

Ex-governador do Paraná, Beto Richa é preso

Esposa de Beto Richa, Fernanda Richa, e Deonilson Roldo, que é ex-chefe de gabinete do ex-governador, também foram presos.

Por Diego Ribeiro e Thais Kaniak, RPC Curitiba e G1 PR
Beto Richa e Fernanda Richa foram presos pelo Gaeco no prédio onde moram, em Curitiba (Foto: Tarcisio Silveira/RPC)













O ex-governador do Paraná Beto Richa, candidato ao Senado pelo PSDB, foi preso na manhã desta terça-feira pelo Gaeco em Curitiba, no Paraná.
Beto Richa é alvo de duas operações: uma realizada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), pela qual foi preso, e outra da Polícia Federal (PF), em uma nova fase da Lava Jato. Na 53ª etapa da Lava Jato, a casa de Beto Richa é alvo de mandado de busca e apreensão.
A esposa de Beto Richa, Fernanda Richa, e Deonilson Roldo, que é ex-chefe de gabinete do ex-governador, também foram presos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-PR. Além disso, Deonilson Rodo tambem é alvo de prisão da PF.
Pepe Richa, irmão de Beto Richa e ex-secretario de Infraestrutura, Ezequias Moreira, ex-secretário de cerimonial, e Luiz Abib Antoun, parente do ex-governador, também foram presos pelo Gaeco.
As três prisões são temporárias, com validade de cinco dias. A investigação do Gaeco é sobre o programa Patrulha Rural.
A assessoria de imprensa de Beto Richa disse que os advogados devem se manifestar em breve. O G1 tenta contato com a defesa dos demais presos.
 
 Beto Richa foi preso nesta terça-feira (11) (Foto: Reprodução/RPC)

53ª fase da Lava Jato

Nesta manhã, também foi deflagrada a 53ª fase da Operação Lava Jato que cumpre três mandados de prisão em Curitiba. Mas, até o momento, não se sabe quais são todos os alvos. 

Batizada de "Piloto", a 53ª etapa da Lava Jato cumpre 36 mandados judiciais em Salvador (BA), São Paulo (SP), Lupionópolis (PR) Colombo (PR) e Curitiba (PR).
O codinome "Piloto", de acordo com a força-tarefa da Lava Jato, se refere a Beto Richa na planilha da Odebrecht.
A investigação apura um suposto pagamento milionário de vantagem indevida em 2014 pelo setor de propinas da Odebrecht em favor de agentes públicos e privados no Paraná, em contrapartida ao possível direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da PR-323.
Ainda segundo a PF, os crimes investigados na atual fase são corrupção ativa e passiva, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.

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