terça-feira, 7 de agosto de 2018

Uma saída para salvar a Lava Jato

terça-feira, 7 de agosto de 2018


2ª Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Até bebezinhos de colo sabem que o principal interesse escuso por trás da eleitoragem 2018 é formar uma base corrupta no Congresso para sabotar a Lava Jato e afins. A manutenção do sistema criminoso interessa à esquerda e aos craques do time do “Centrão”. Por isso, a chamada “República de Curitiba” não pode persistir na ingenuidade de apenas insistir em campanhas de marketing nas redes sociais.
O Ministério Público (principalmente o Federal) precisa ir muito além da mera propaganda... A Lava Jato só tem salvação e sobrevida se foram investigados, de verdade, os “crimes societários” cometidos pela organização criminosa que deitou, rolou e faturou alto nos negócios escusos na Petrobrás – e em outras “estatais” que sequer ainda foram alvo da Promotoria, apesar insistentes denúncias de servidores públicos e investidores.   
Tudo bem que a promotoria tem dificuldades teóricas e práticas para lidar com a bandidagem de mercado. Tudo bem que tais falcatruas envolvem estruturas endinheiradas e poderosas – envolvendo grandes bancos, corretoras e afins, em conluio com executivos e membros de conselhos das empresas de economia mista. Tudo bem que o Brasil opera sob regime Capimunista Rentista - poupando ou punindo as falcatruas nas empresas de economia mista, conforme os interesses econômicos e políticos de ocasião.
Não dá mais para ficar indiferente às picaretagens que geraram prejuízos bilionários, materiais e imateriais, em desfavor da sociedade brasileira. No entanto, o Mecanismo se reinventa para manter a hegemonia criminosa acima do interesse público. O negócio piora quando a máquina Judiciária (magistrados e promotores públicos) tomam decisões esdrúxulas que beneficiam os bandidos profissionais no comando e direção da administração pública direta e na indireta. Legitimar a roubalheira e a impunidade é um crime de lesa-Pátria muito comum em Bruzundanga.
O Supremo Tribunal Federal acaba de tomar uma daqueles decisões que envergonham os honestos. A maioria do STF decidiu que agente público não pode responder por improbidade cinco anos após descoberta de irregularidade. Pelo menos seis supremos magistrados proclamaram que o Estado só poderá entrar com ações para devolução de dinheiro público desviado dentro do prazo de 60 meses. Traduzindo: um processo só pode ser iniciado até cinco anos a partir da data em que foi descoberto e denunciado o fato apontado como irregular: a tal improbidade – que pode não ser, necessariamente, um crime...
Diante da Suprema decisão, o MPF não pode vacilar e correr para apurar os crimes societários que a Lava Jato ainda não denunciou... Se não partirem para cima dos peixes-grandes da economia, com gigantesca influência política, a República de Curitiba perecerá – para felicidade geral dos corruptos profissionais brasileiros...

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