quarta-feira, 8 de agosto de 2018
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Lei existe para ser cumprida... Lei que precisa de interpretação presta
um desserviço à Democracia (a plena segurança política, jurídica, institucional
e individual). O conjunto legal mal elaborado, que deixa dúvida sobre sua
aplicação pelo cidadão e pelos entes estatais, dificulta a prática do Estado
Democrático de Direito. Pior e mais grave ainda: facilita a ação dos agentes do
organizado Crime Institucionalizado e sua corrupção sistêmica.
Sempre que o regramento é excessivo e nem sempre claro, fica facilitada a
prática hedionda do rigor seletivo: impunidade quando interessa; e punição, quase
sempre na base da jagunçagem, quando convém. Eis a fonte originária do supremo
problema brasileiro: Ou não se cumpre a lei por consciência democrática, ou as
regras só são cumpridas por imposição, depois de passar por um filtro
interpretativo das “autoridades”, sobretudo as judiciárias.
Na verdade, o Brasil é uma ilegítima Ditadura do Crime Institucionalizado
que descobriu as facilidades de “judicializar tudo”. Mas será que a culpa é do
excesso de Legislação sem precisão? Ou o dolo é de um povo euroafroameríndio
mal educado, que elege idiotas ou canalhas para formular e reformular suas
leis? Para, pense e responda: dá para ignorar a responsabilidade de um povo
culturalmente viciado em dar seu “jeitinho” para “interpretar” e “cumprir” as
leis conforme interesses e conveniências – e não em função do espírito
democrático?
Agora, assolado pela violência, pela barbárie e pela insegurança pública,
pelo menos um terço deste mesmo povo ameaça se rebelar na eleição. Outro terço
pretende se omitir, nem indo votar ou teclando “branco” e “nulo” na urna
eletrônica. Outro terço do eleitorado não deseja mudanças estruturais. Omissão
somada com o desejo de continuísmo é fatal. Tem tudo para vencer a eleição. - um
golpe antecipado. Afinal, como confiar totalmente no resultado eletrônico, sem
direito a uma recontagem?
A responsabilidade é do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior
Eleitoral, cuja maioria de magistrados ordenou o descumprimento da Lei do Voto
Impresso pela urna eletrônica, para posterior recontagem completa ou por
amostragem. Judiciário que manda descumprir uma Lei é mais uma jabuticaba
tupiniquim... Não dá para entender por que os magistrados não querem eleições
totalmente limpas, insistindo no dogma de um modelo aqui e nas “demo-cracias”
da Venezuela e de Cuba...
A insegurança jurídica é tão deplorável que, na eleição presidencial de
2018, temos até um candidato fake, um “presidiário” tão poderoso que é
guardado não numa cela comum, mas numa sala especial na Superintendência da
Polícia Federal em Curitiba. Mesmo condenado por corrupção – que o torna
enquadrado na Lei da Ficha Limpa, o Judiciário ainda vai decidir se o cara pode
disputar a eleição... Se der mole, ainda libertam o cara...
É muito surrealismo... É assim que o Brasil vai para a urna (que também
se torna sinônimo de caixão da democracia)... É concreta a ameaça de escolha de
um Congresso com pouca renovação – e que pretende “mudar a Constituição”,
certamente para piorá-la... O futuro Presidente – seja quem for – terá de fazer
milagre para governar...
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