Com 85% dos votos, Henrique Meirelles obteve a confirmação
de sua candidatura presidencial na convenção do MDB. O êxito partidário
do ex-ministro de Michel Temer só foi possível graças ao
autofinanciamento. Milionário, Meirelles retira do próprio bolso o
sustento de sua ambição política. Se tivessem de repartir com o
candidato a verba do seu fundo eleitoral, os convencionais do MDB não
dariam a Meirelles nem bom dia, quanto mais votos.
Tomado pelos números da mais recente pesquisa do Datafolha, Meirelles-2018 é um empreendimento que foi à breca antes de nascer. O patrimônio político do candidato é ínfimo: 1% das intenções de voto. Ele entra no mercado eleitoral com um enorme passivo a descoberto: o apoio de Michel Temer. Nada menos que 82% dos brasileiros reprovam Temer; 92% informam que jamais votariam num candidato apoiado por ele; e 72% avaliam que a situação econômica piorou.
Meirelles acredita que seu primeiro desafio é tornar-se conhecido do eleitorado. Por isso, virou o candidato mais marquetado da campanha. O problema é que, quando Meirelles ficar mais conhecido, o eleitor desavisado ligará o nome à pessoa. Perceberá que, no governo do presidente reprovado por oito em cada dez patrícios, o candidato do MDB comandou a economia que piora. Até Meirelles explicar que a conjuntura se deteriorou à sua revelia, a campanha já terá passado.
O enorme patrimônio do MDB no horário eleitoral não cobre o déficit de explicações do seu candidato. Meirelles entra em cena com Temer sobre os ombros e as correntes dos indicadores econômicos no tornozelo. Segundo os números mais atualizados do IBGE, há na praça pelo menos 27,7 milhões de eleitores desempregados, subempregados, desalentados e desafortunados que não têm grandes estímulos para votar em alguém que fala sobre o futuro sem entregar no presente a prosperidade prometida num passado tão recente.
O autofinanciamento de Meirelles tornou-se uma modalidade nova de dinheiro jogado pela janela. Somando-se a impopularidade recorde de Temer com a insignificância eleitoral de Meirelles, falta matéria prima para a fabricação de um candidato viável.
Tomado pelos números da mais recente pesquisa do Datafolha, Meirelles-2018 é um empreendimento que foi à breca antes de nascer. O patrimônio político do candidato é ínfimo: 1% das intenções de voto. Ele entra no mercado eleitoral com um enorme passivo a descoberto: o apoio de Michel Temer. Nada menos que 82% dos brasileiros reprovam Temer; 92% informam que jamais votariam num candidato apoiado por ele; e 72% avaliam que a situação econômica piorou.
Meirelles acredita que seu primeiro desafio é tornar-se conhecido do eleitorado. Por isso, virou o candidato mais marquetado da campanha. O problema é que, quando Meirelles ficar mais conhecido, o eleitor desavisado ligará o nome à pessoa. Perceberá que, no governo do presidente reprovado por oito em cada dez patrícios, o candidato do MDB comandou a economia que piora. Até Meirelles explicar que a conjuntura se deteriorou à sua revelia, a campanha já terá passado.
O enorme patrimônio do MDB no horário eleitoral não cobre o déficit de explicações do seu candidato. Meirelles entra em cena com Temer sobre os ombros e as correntes dos indicadores econômicos no tornozelo. Segundo os números mais atualizados do IBGE, há na praça pelo menos 27,7 milhões de eleitores desempregados, subempregados, desalentados e desafortunados que não têm grandes estímulos para votar em alguém que fala sobre o futuro sem entregar no presente a prosperidade prometida num passado tão recente.
O autofinanciamento de Meirelles tornou-se uma modalidade nova de dinheiro jogado pela janela. Somando-se a impopularidade recorde de Temer com a insignificância eleitoral de Meirelles, falta matéria prima para a fabricação de um candidato viável.
Josias de Souza
Nenhum comentário:
Postar um comentário