DO MSN
O presidente Michel Temer visitou neste sábado (10) a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia.
O
encontro ocorreu na casa da ministra, em Brasília, e foi feito a pedido
do presidente, que telefonou para ela durante a semana para pedir a
reunião.
Na saída do encontro, Temer disse que ambos trataram
sobre segurança pública e sobre a intervenção no Rio de Janeiro. "A
ministra vai colaborar enormemente com essa questão em todo o país",
disse.
A visita faz parte de estratégia do presidente para que
seja reconsiderada a inclusão de seu nome em inquérito para apurar
repasses da Odebrecht ao MDB em 2014.
Segundo a reportagem apurou,
o presidente marcou o encontro com Cármen Lúcia com o objetivo de
apresentar argumentos contrários à investigação do seu nome.
Na saída do encontro, perguntado se trataram do assunto, ele negou. "Não foi tratado nada disso", disse.
O
argumento de Temer, que ficou irritado com a inclusão de seu nome, é de
que um presidente em exercício não pode ser investigado por
acontecimentos anteriores ao mandato.
A tese, contudo, foi
questionada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que pediu
a inclusão do emedebista na investigação. A solicitação foi acolhida
pelo ministro Edson Fachin, do STF.
Nesta semana, ele enviou carta
a Dodge, na qual apresenta tese do jurista Ives Gandra Martins sobre a
impossibilidade de investigação de fatos anteriores ao mandato.
A
ofensiva de Temer deve se estender a outros ministros do Supremo. O
assunto foi tratado na sexta-feira (9) pelo presidente com seu advogado,
o criminalista Antônio Mariz.
Nas últimas semanas, Temer tem
ensaiado uma reaproximação com Cármen Lúcia. Em evento de aniversário da
AGU (Advocacia-Geral da União), ele a chamou de "amiga" e se lembrou do
tempo em que foi seu professor de direito.
Ele também a convidou para partir de encontro com governadores do país, no Palácio do Planalto, para discutir segurança pública.
A
relação de ambos passa por idas e vindas desde o ano passado, e o
distanciamento se agravou após a ministra ter tomado decisões judiciais
contrárias ao Palácio do Planalto. Com informações da Folhapress.
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