PRESO PREVENTIVAMENTE EM outubro de 2016 e
condenado em março deste ano a 15 anos e 4 meses de prisão pelo juiz
Sérgio Moro por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, o
ex-deputado Eduardo Cunha teve sete emendas parlamentares pagas nos
últimos cinco meses pelo governo de Michel Temer.
Os valores que chamam mais atenção foram
desembolsados pela União no início de junho, já no meio da crise
política enfrentada pela gestão Temer após a divulgação da investigação
baseada nas delações dos executivos do Grupo JBS. Ao todo, foram três
emendas de Cunha neste período, que somaram R$ 1.671,5 milhão: no dia
1º, R$ 928,4 mil para Seropédica e, no dia 2, R$ 500 mil para Cachoeiras
de Macacu e R$ 243,1 mil para Engenheiro Paulo de Frontin, todas no Rio
de Janeiro, estado do ex-deputado. O dinheiro foi destinado à
“estruturação da rede de atenção básica de saúde” dos municípios.
As emendas de Cunha entraram no meio de um pacote de bondades que
aconteceu após a intensificação da crise política em Brasília. Ao todo,
em junho, foram desembolsados R$ 507,4 milhões de restos a pagar
pendentes dos anos anteriores para todos os deputados, pouco mais de um
terço dos R$ 1,5 bilhão que foram liberados também de restos a pagar nos
primeiros seis meses deste ano. Os dados foram dados levantados por The
Intercept Brasil no Portal Siga Brasil, de acompanhamento da execução
orçamentária. DO NBO
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