Este será o segundo interrogatório do ex-presidente em ação que tramita na Justiça Federal do Paraná; juiz Sérgio Moro recomendou que audiência seja por videoconferência para evitar gasto público.
O juiz Sérgio Moro marcou para 13 de setembro o interrogatório do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo da Operação Lava
Jato que analisa suspeitas em relação a um terreno e um apartamento em
São Bernardo do Campo (SP). Este processo tramita na Justiça Federal em
Curitiba, entretanto, o juiz recomendou que ocorra via videoconferência
com a Justiça Federal de São Paulo. A defesa do ex-presidente precisa se
manifestar em cinco dias.
Nesta ação penal, o Ministério Público Federal (MPF) acusa o
ex-presidente de receber como propina um terreno onde seria construída a
nova sede do Instituto Lula e um imóvel vizinho ao apartamento do
petista. De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, esses imóveis foram
comprados pela Odebrecht em troca de contratos adquiridos pela empresa
na Petrobras. O ex-presidente nega as acusações.
Este será o segundo interrogatório de Lula em ação da Lava Jato que
tramita no Paraná. No primeiro, referente ao triplex em Guarujá, ele foi
a Curitiba e mobilizou um amplo esquema de segurança na cidades. Desde a
chegada ao Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, até a saída
da Justiça Federal, após quase cinco horas de audiência.
A Polícia Militar (PM) informou que gastou R$ 110 mil no esquema de segurança. De acordo com o juiz Sérgio Moro, a recomendação para que o interrogatório seja feito a distância está atrelada a este gasto.
"Considerando o havido no interrogatório de Luiz Inácio Lula da Silva
na ação penal que acabou envolvendo gastos necessários, mas indesejáveis
de recursos públicos com medidas de segurança, diga a Defesa
respectiva, em cinco dias, se tem objeções à realização de novo
interrogatório do acusado em questão por videoconferência com a Justiça
Federal de São Paulo".DO G1 -PR
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