“O
momento exige que os homens de bem tenham a audácia dos canalhas”. (Disraeli –
1804/1881)
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
O intriguento Negão da Chatuba ficou
muito intrigado ao saber que o sorteio eletrônico do Supremo Tribunal Federal
indicou Gilmar Mendes como relator do inquérito contra Aécio Neves. Chatubão
endureceu o discurso e meteu o pau (ops): “Provas, provas e mais provas contra
tantos corruptos, e as togas superiores dão pinta de que podem aliviar a barra
ou salvar a bandidagem?! Isto me deixa cada vez mais pt da vida! O povo tem que
acordar”!.
Negão da Chatuba, no melhor estilo de
mendigo dos sociólogos, rapidamente se lembra de que faz parte do tal “povo” –
aquele ente poderoso que parece dormir, se omitir ou apenas fazer gritaria e
revolução, com dedadas virulentas, nas redes sociais. No entanto, a bronca
geral é tanta que o Presidente Michel Temer, ineditamente prestes e ser
denunciado por corrupção passiva, obstrução judicial e organização criminosa,
acaba de bater seu recorde de impopularidade, segundo o Datafolha: apenas 7 por
cento aprovam sua gestão (?). Só seu companheiro peemedebista José Sarney foi
tão pouco aprovado: 5%...
É por isso que Chatubão adverte: “A
hora de chutar o pau (ops) se aproxima”. O Negão acrescenta: “Tem que acertar
no saco de maldades”. O indignado personagem, à beira da revolta, acertou no
buraco do centro do problema. Mas o Brasil só vai mudar sua estrutura errada quando
os homens de bem demonstrarem a inteligência e coragem, no momento em que
perderem completamente a paciência. Nunca estivemos tão próximos desta “hora de
acertar contas com a História”.
A Revolução Brasileira está em
andamento, embora a maioria não consiga ainda perceber e muitos idiotas
profissionais insistam em ignorar. Azar deles e Sorte nossa... Não é à toa que
a mesma pesquisa Datafolha que constata a impopularidade de Temer revela que
47% sentem vergonha de ser brasileiro. O único fato ruim é que a insatisfação
se mistura com o desânimo e a desesperança – o que escancara o caminho para
falsas soluções propostas por eventuais “salvadores da pátria” na proximidade
de cada eleição. Paciência... Faz parte do jogo-jogado...
Não devemos nem podemos ser ingênuos
em acreditar que a próxima eleição representará o momento das “profundas
mudanças”. Tudo segue complicado com a estrutura política atual – na qual a
escolha dos representantes do povo ocorre por meio daquelas urnas eletrônicas
inconfiáveis. É imperdoável que a “Justiça Eleitoral” insista em sabotar para a
implantação do voto impresso destinado à conferência e recontagem. No entanto,
mesmo com a regra do jogo contra nós, uma decisão simples e eficaz só depende
do eleitor: Não reeleger ninguém!
O ato consciente de não votar em quem
está aí já ajudará, bastante, para que tenhamos a chance de uma “renovação”.
Tal decisão, combinada com o “voto de revolta”, terá duas conseqüências.
Primeiro, impedirá que muito canalha siga na ilegítima “profissão” de político.
Segundo, tornará viável a (pequena chance de) renovação política. Claro que a
segunda hipótese só ocorrerá, de verdade, com mudanças estruturais profundas.
No entanto, as pré-condições para a
transformação podem ser aceleradas com a entrada em cena de pessoas
comprometidas com o redesenho institucional do Brasil. Vale ponderar que o
fenômeno só pode ser atrasado e atrapalhado se os novos atores acabarem
corrompidos pelo sistema. Esta chance também é enorme, porque ainda somos
dependentes dos partidos – cartórios políticos – e não temos as candidaturas
independentes, no nada democrático esquema de “voto obrigatório”.
Além do risco de escolha de novos
canalhas, o que não pode ocorrer em 2018 é a aposta ingênua em “cavalos
paraguaios” – que não têm condição de vencer ou que, vencendo, apenas vão
colaborar com nossa derrota política no curto prazo. Não podemos nos comportar
como “torcedores fanáticos” na campanha e na eleição. O lamentável é que este é
o nosso mais grave risco em 2018. O eleitor ainda foca muito nas pessoas, e
quase nada na proposta delas – quase nunca consistentes. O fato positivo é que
a maioria deseja mudanças. Só é preciso entendê-las e escolhê-las corretamente.
Missão nada fácil em nosso oceano de ignorância e analfabetismo político.
O Brasil só tem jeito de verdade com
mudanças estruturais. O País tem de ser reinventado. Temos de implantar a
República com Federalismo, voto distrital, confiável (passivo de recontagem) e
livre (sem depender de partidos). Temos também de romper com o corrupto
Capimunismo Rentista. É fundamental redefinir o modelo estatal: reduzir o
tamanho da máquina, seus custos, enxugando a quantidade de tributos até
implantar o “imposto Justo”. Apenas estas medidas básicas matam a corrupção em
sua essência.
Por isso, para começar as mudanças
sejamos pragmáticos: Em 2018, vamos reeleger ninguém. Não votaremos em quem já
está aí. Temos a oportunidade de dar um susto na politicagem. Enquanto isso,
vamos nos preparar para as mudanças efetivas, que ocorrerão inevitavelmente. O
Brasil caminha para a Intervenção Institucional. Quem não surfar nesta onda vai
acabar afogado. O que a gente não agüenta mais é Estado Corrupto, com
governantes e políticos canalhas.
Conforme prega o Negão da Chatuba: “Pau
neles!”... Resumindo: #reelejaninguém!
Releia o artigo de sábado: “Nana, Ladrão, que a Lava Jato vem te pegar... Papai foi pra Papuda e mamãe foi delatar”
Presidente miniatura
Extasiados
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