Juiz aceitou o pedido por entender que o empreiteiro pretende "colaborar com a Justiça". Na primeira audiência, ele permaneceu em silêncio
O ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, pediu ao juiz federal Sergio Moro para ser novamente interrogado na ação penal em que responde por corrupção e lavagem de dinheiro num esquema de desvios no Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro — na primeira audiência, ele recorreu ao direito de permanecer em silêncio. Agora, mudou de ideia e quer “colaborar com a Justiça, independentemente da formalização de acordo de colaboração”, escreveu Moro no despacho. O magistrado aceitou o pedido nesta quarta-feira e marcou os depoimentos para o dia 21 de junho. Além dele, também falará o ex-diretor internacional da OAS Agenor Franklin.O processo, oriundo da 31ª fase da Operação Lava Jato, a Abismo, já estava na fase de alegações finais. Com as duas novas audiências, no entanto, o seu desfecho será alongado para depois de junho.”Afinal, se acusado no processo penal deseja ser submetido a novo interrogatório e aponta motivo relevante, não há como o juiz indeferir tal requerimento sob pena de vulnerar a ampla defesa”, afirmou Moro.
Em outra ação penal da Lava Jato, que trata especificamente do tríplex do Guarujá (SP), Léo Pinheiro também resolveu abrir a boca e afirmou que o apartamento pertencia ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que o imóvel foi reformado com dinheiro de propina de contratos da Petrobras. Na ocasião, ele contou que o petista lhe pediu para destruir provas que o ligassem ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Lula nega as acusações, dizendo que o empreiteiro mentiu para conseguir fechar delação premiada.
O empreiteiro já teve uma proposta de acordo rejeitada e, nos últimos meses, voltou a negociá-lo com a força-tarefa da Lava Jato DA VEJA.COM
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