Ao menos 35 mil pessoas estão na manifestação; vítima foi socorrida e levada ao hospital por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
O confronto entre policiais militares e manifestantes na tarde desta quarta-feira (24/5) deixa rastros de violência e destruição na Esplanada dos Ministérios. Segundo boletim mais recente divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, uma pessoa - de identidade ainda não revelada - foi baleada e socorrida ao hospital por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)
O protesto ainda não terminou e há registro de fogo e quebra-quebra em ministérios. Cerca de 35 mil manifestantes estão na Esplanada, em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência, e pedindo, ainda, a renúncia do presidente Michel Temer. Na Alameda das Bandeiras, próximo ao Palácio da Justiça, segundo a SSP, manifestantes tentaram invadir o perímetro de segurança, mas foram impedidos pela PM.
Até o momento, quatro pessoas foram detidas, três por porte de drogas e arma branca. Todos foram encaminhados ao Departamento de Polícia Especializada (DPE).
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Um dos manifestantes teve a mão dilacerada por um rojão e foi
socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel Urbano (Samu). Segundo um
segurança da Câmara dos Deputados, o rapaz teria pego o artefato e
tentado lançá-lo contra policiais militares que atuam na região, no
momento da explosão. Levado ao Hospital de Base de Brasília (HBB), o
jovem, teria sido identificado como Vitor Rodrigues Fregulia, de 21
anos, perdeu três dedos. Ele é estudante de física na Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC).
Confusão
O tumulto começou quando
manifestantes que estavam próximos à Alameda dos Estados, em frente ao
gramado do Congresso Nacional, derrubaram grades que isolavam o local. A
polícia então respondeu lançando bombas de efeito moral e gás de
pimenta no grupo. Em seguida, os participantes do protesto passaram a
lançar pedaços de madeira, pedras, garrafas e outros objetos contra a
polícia. Eles também gritaram palavras de ordem contra a PM.
O
clima no local ficou bastante tenso. O Batalhão de Policiamento de
Choque (BPChoque) e a cavalaria da PM agiram. Os manifestantes
derrubaram alguns banheiros químicos e se protegeram atrás deles.
Mesmo
com toda a situação, os organizadores da marcha, em um carro de som,
pediam para que as pessoas continuassem no local e gritavam que a "PM
não tem o direito de acabar com o protesto".
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