Léo Pinheiro prestou depoimento nesta quinta-feira (20) na Justiça Federal do Paraná.
José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, disse em
depoimento ao juiz Sérgio Moro, nesta quinta-feira (20), que foi
orientado pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva a
destruir provas que pudessem incriminá-lo na Operação Lava Jato.
Pinheiro é réu na ação penal que envolve um triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo, e que tem Lula como um dos réus.
"Eu tive um encontro com o ex-presidente, em junho, tenho isso anotado
na minha agenda, são vários encontros, onde o presidente textualmente me
fez a seguinte pergunta [Lula]: 'Léo, o senhor fez algum pagamento a
João Vaccari no exterior?' Eu [Léo] disse: ‘Não, presidente, nunca fiz
pagamento a essas contas que nós temos com Vaccari no exterior’. [Lula]:
‘Como você está procedendo os pagamentos para o PT?’. 'Através do João
Vaccari.
[Léo] Estou fazendo os pagamentos através de orientações do Vaccari de caixa 2, de doações diversas que nós fizemos a diretórios e tal'. [Lula]: 'Você tem algum registro de algum encontro de contas feitas com João Vaccari com vocês? Se tiver, destrua'”.
A denúncia
A denúncia foi aceita em setembro do ano passado e abrange três
contratos da OAS com a Petrobras. De acordo com a acusação, R$ 3,7
milhões em propinas foram pagos a Lula. Para os procuradores do
Ministério Público Federal (MPF), a propina se deu por meio da reserva e
reforma do apartamento triplex, em Guarujá, e do custeio do
armazenamento de seus bens.
Lula responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro nesta ação
penal. Ele também é réu em outro processo relacionado à Lava Jato na
Justiça Federal do Paraná, que envolve a compra de um terreno para a
construção da nova sede do Instituto Lula e um imóvel vizinho ao
apartamento do ex-presidente, em São Bernardo do Campo.DO G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário