segunda-feira, 6 de março de 2017

Ministério da Fazenda como centro da ‘propinocracia’ supera qualquer ficção


— Quem é o ‘Italiano’ referido no e-mail?, inquiriu Sergio Moro
— A gente sabia que o 'Italiano' era o Palocci, respondeu executivo da Odebrecht Fernando Sampaio Barbosa.
— A gente sabia quem?, insistiu Moro.
— Eu sabia. Eu tinha sido informado pelo Márcio Faria, acrescentou Fernando Sampaio, citando outro executivo da Odeebrecht.
Arrolado como testemunha de Marcelo Odebrecht, Fernando Sampaio prestou depoimento nesta segunda-feira. Foi a primeira vez que um operador da Odebrecht reconheceu em juízo que ‘Italiano’ é mesmo o apelido de Antonio Palocci nas planilhas do departamento de propinas da construtora. De acordo com os investigadores, Palocci atuou como coletor de pixulecos para o PT enquanto foi ministro da Fazenda de Lula. Beliscou pelo menos R$ 128 milhões. Foi sucedido no ministério e nas planilhas da Odebrecht por Guido Mantega, o ‘Pós-Italiano’.
Se a Era do PT no Poder fosse um filme de James Bond, o serviço secreto britânico descobiria uma caverna nos subterrâneos da pasta da Fazenda. Dentro dela, protegida por paredes de aço, um sofisticado centro tecnológico de gerenciamento de interesses espúrios e captação de verbas tóxicas. No comando, uma dupla de personagens satânicos de vida dupla. Nos porões, eram gênios do mal, dedicados a comprar o PMDB e assemelhados, para dominar o mundo. Na superfície, não passavam de ministros inocentes, empenhados em defender os cofres da República.
Por azar, a realidade brasileira superou qualquer ficção. Faltou à nação petista um 007 capaz de explodir com uma caneta a laser a caverna instalada sob a Fazenda antes que os vilões transformassem o sistema político nacional numa propinocracia pós-ideológica. Num filme, Bond exterminaria os vilões e livraria a humanidade de suas ameaças. No Brasil real, o PMDB cavalga a Presidência de Michel Temer como se não tivesse nada a ver com o governo comprado pela Odebrecht. E Lula é candidato a um terceiro mandato. Talvez um quarto. Quem sabe um quinto… O que diferencia o Brasil da ficção é que a ameaça dura muito mais do que o intervalo de um filme. DO J.DESOUZA

Lula perde processo que moveu contra jornalista

A jornalista Joice Hasselman foi absolvida no processo movido pelo ex-presidente Lula, que a acusou dos crimes de calúnia, injúria e difamação em razão de comentários feitos em seu blog.
Para o advogado Adib Abdouni, que defendeu Hasselman, a sentença preserva o direito à liberdade de expressão. 
A decisão foi proferida na sexta-feira (3) pelo juiz José Zoéga Coelho, da Vara do Juizado Especial Criminal, do Foro Central Criminal da Barra Funda, em São Paulo. Ainda cabe recurso ao TJ-SP. DO R.ONLINE
 

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