quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

#SanatórioGeral: Caju em pânico e Juca não admite ficar fora da suruba

“Está parecendo que vivemos o período da inquisição ou da Revolução Francesa. Estão querendo pregar em todos nós a cruz de Israel no peito, como os nazistas pregaram nos judeus que viviam na Alemanha. No passado, a turba fazia linchamentos. A gente viu muito isso ao longo da história do mundo. Hoje, quem tenta fazer linchamentos não é a turba, é a imprensa e setores da sociedade”. (Romero Jucá, líder do governo no Congresso, ao confundir a Lava Jato com a Revolução Francesa, a estrela de Davi com uma cruz de Israel e a imprensa com a Ku Klux Klan, mostrando como fica a cabeça de quem pressente que o camburão está virando a esquina) DO A.NUNES

Jucá não admite ficar fora da suruba

Assustado com a ameaça de perder o foro privilegiado, Romero Jucá agitou a segunda-feira com uma comparação audaciosa: “Se acabar o foro, é para todo mundo. Suruba é suruba. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba selecionada”. As três frases insinuaram que, para o líder do governo no Congresso, há mais semelhanças que diferenças entre a Praça dos Três Poderes e um bordel de luxo frequentado exclusivamente por pais da pátria.
Hoje cedo, acuado por protestos de deputados e senadores, mudou de ideia ─ e tratou de excluir o Parlamento dessa ilustre zona do meretrício. “Eu tinha citado uma música dos Mamonas e isso não foi colocado”, recitou. “Mas, se alguém se sentiu ofendido, peço desculpas”. Em menos de 24 horas, o vigarista na mira da Lava Jato passou a ver um templo das vestais onde havia enxergado uma casa de tolerância.
A retirada de Romero Jucá confirma: medo de cadeia afeta o juízo. E pode desandar em perigosos surtos de sinceridade. DOA.NUNES

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