terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Congresso reestreia a peça do Brasil alternativo


O Congresso reestreia nesta quarta-feira um espetáculo manjado. A coisa se passa numa nação alternativa. Fora do prédio de Niemeyer, há um Brasil em pânico. Dentro, há um país fictício. Fora, quando alguém fala em corrupção numa roda, é impossível mudar de assunto. Pode-se, no máximo, mudar de corrupto. Dentro, pulsa um país sem culpados nem inocentes. Um Brasil 100% feito de cúmplices. Uma nação onde nada aconteceu.
Os congressistas propuseram e aceitaram a tese segundo a qual nenhum deles deve nada. Muito menos explicações. Há os delatados, os investigados, os denunciados, os réus… E há a banda muda, que silencia diante da promiscuidade. É nesta ficção que nenhum roteirista de teatro assinaria, para não passar por inverossímil, que o Congresso reabre suas cortinas depois do recesso. Deputados e senadores tropeçam nos corredores com o maior escândalo de corrupção da história. Mas fingem que ele não está ali.
Nos últimos dois anos, uma Lava Jato inexplicada no meio do Salão Verde da Câmara e do Salão Azul do Senado se transformou em muitas coisas. Começou como um embaraço. Evoluiu para um hábito. De repente, à medida que aumentava o número de ecrencados, tornou-se parâmetro.
Há dois anos, os deputados elegeram Eduardo Cunha para presidir a Câmara. E os senadores reelegeram Renan Calheiros. O primeiro está preso. O segundo é réu numa ação penal e protagoniza 12 inquéritos.
Hoje, os favoritos ao comando das duas Casas do Legislativo são alvos da megadelação da Odebrecht. Mas isso não é assunto que mereça a perda de tempo de uma reflexão no Brasil alternativo que está novamente em cartaz no Congresso.
Fora das cuias de Niemeyer —a da Câmara virada para cima, a do Senado emborcada para baixo—, a democracia representativa está jurada de morte. Dentro, ela se comporta como se estivesse cheia de vida. DO J.DESOUZA

Se o Carnaval gera riqueza, por que tanta controvérsia?

Post de Ricardo Bordin, no blog Por Um Brasil sem Populismo, levanta boas questões sobre o Carnaval, supostamente um acontecimento nacional. Como a festança não consegue se sustentar sobre as próprias perna
Em meio ao cenário de recessão que assola o Brasil desde que o “dique” que segurava a catástrofe financeira engendrada pelo PT em seus 13 anos de Planalto¹ (leia-se: logo após garantir a reeleição de Dilma), as prefeituras de mais de 70 cidades do Brasil já avisaram que não irão destinar dinheiro do pagador de impostos para a realização dos desfiles de carnaval. Não chega a parecer sandice: se eu estou passando por um período de vacas magras, natural é ficar um tempo sem frequentar festas, certo? A irresponsabilidade fiscal, ao fim e ao cabo, cobra seu preço, e supérfluos acabam entrando na lista de cortes a serem efetuados nas despesas.
Não foi bem assim, todavia, que reagiu determinada parcela de nossa população. Em meio aos muxoxos produzidos aqui e acolá, foi possível captar três principais motivos para o azedume. Vejamos, pois, se procede a choradeira:
1) A festa pagã mais tradicional do país gera empregos:
Segundo consta dos arrazoados, o dinheiro proveniente dos cofres públicos investido na folia de momo retorna na forma de oportunidades para os envolvidos com os preparativos e a produção do evento. De fato, não há como negar o que se vê.
São criadas vagas diretas no mercado de trabalho quando a administração local repassa dinheiro para as escolas e blocos, e estas, então, compram material para a confecção de fantasias e demais adereços, adquirem instrumentos musicais e promovem gastos afins. A “indústria do carnaval”, ademais, pode ter a capacidade de gerar empregos de forma indireta, estimulando os setores hoteleiro e alimentício, por exemplo, fomentados pelos gastos dos foliões.
Mas o perrengue reside no que não se vê. Se este mesmo prefeito direcionar estes recursos para Educação e Saúde (e eu duvido que alguém de mente sana discorde deste remanejamento), outras atividades econômicas relacionadas a estes setores, da mesma forma, serão impulsionadas e poderão, então, contratar mais pessoal. E se os cidadãos não poderão gastar seus caraminguás durante os dias de apresentações – fazendo o “dinheiro circular”, o sonho dos Keynesianos² (e pesadelo de quem fica pra ver o resultado), fique tranquilo: eles acharão alguma outra coisa para gastar. E possivelmente seja mais útil, sinceramente.
Ah, mas e se a festa atrai pessoas de outros rincões? Passemos, então, ao item 2.
2) Se há demanda, então deve haver interesse publicitário:
Carnavais como o do Rio de Janeiro dispensam comentários: são espetáculos que trazem turistas de todas as partes do globo, empilhando dólares e euros nas caixas registradoras dos empreendedores locais, desde o vendedor de chá na praia até o proprietário do Copacabana Palace.
Mas é de se indagar: se este show possui um potencial de marketing tão notável, como ele não consegue se auto-sustentar? Por que as agremiações precisam de subvenção do Estado? Um evento transmitido para diversos países não tem como captar recursos por conta própria?
A resposta, ao que parece, pode ser encontrada no regulamento da liga das escolas de samba do RJ – e que costuma ser emulado, em grande parte, por outras associações do gênero Brasil afora:
regulamento
Ora, se as escolas de samba são tolhidas por suas próprias entidades representativas da ferramenta mais eficiente que poderiam utilizar para obter recursos – isto é, o merchandising – fica fácil crer porque todo ano seus diretores precisam ir com o pires na mão mendigar para o prefeito e o governador.
Não que seja o caso de fazer um carro alegórico em forma de garrafa de Coca-Cola, ou a porta-bandeira tremular um símbolo do Mcdonalds, mas ostentar marcas, de forma discreta, poderia representar a independência dos desfiles de carnaval que rendem Ibope em relação ao governo.
Eu também não gosto muito de ver anúncios na camisa do meu time, mas eu entendo que é necessário para a subsistência dele. Só fica esquisito quando há anunciantes demais. É a diferença entre aquele carro antigo colorido (de tantas marcas) da equipe March de F-1, e a eternizada em nossa memória McLaren de Ayrton Sena ostentando o Malboro no aerofólio.
Ou seja, sequer estamos diante de um caso similar aos financiamentos da Lei Rouanet, nos quais são contemplados certos artistas que jamais sobreviveriam no livre mercado – e outros muito ricos –, pelo simples fato de que os consumidores, cuja vontade é soberana, não os elegeram para brilhar nas telas ou palcos. Ao contrário: os organizadores do carnaval são capazes de gerar muita receita, mas eles não conseguem canalizá-la para seus cofres porque se recusam a fazer propaganda. Aí só resta resmungar mesmo.
3) Se não houver dinheiro público envolvido, não haverá desfiles nem nosso “sagrado” carnaval: será?
Este argumento lembra-me do início do governo Temer: “se não houver Ministério da Cultura, não haverá cultura”, diziam os incautos e os argutos. Quer dizer que as pessoas ficarão trancafiadas em casa na última semana de fevereiro, se não rolar patrocínio estatal? Não haverá samba nos morros e nas periferias? Não sairão às ruas os blocos e muambas? Não se reunirão às pessoas nas praias, nos botecos e até mesmo em suas casas para fazer uma bagunça?
Além disso, se fazem questão de desfilar, que tal um financiamento coletivo (crowdfunding), como bem ensinou o pessoal do “Libera Que Eu Conservo”³?
Conclusão: não procede a lamúria, meritíssimo. Segue o baile – seja de carnaval ou não.
³http://rodrigoconstantino.com/artigos/bloco-de-carnaval-libera-que-eu-conservo-mostra-que-direita-cai-finalmente-no-samba DO O.TAMBOSI

Em reunião tensa, petistas enquadram Lindbergh e Gleisi

Transcorreu em altíssima temperatura uma reunião da bancada do PT do Senado, na casa de Jorge Viana, em Brasília.
Humberto Costa e Jorge Viana, defensores do apoio à candidatura de Eunício Oliveira à presidência da Casa, espinafraram Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann, ferrenhos críticos da possível aliança.
A dupla deixou claríssima a irritação com a postura de Gleisi e Lindbergh e os acusaram de incitarem a militância contra quem está favorável ao plano de o partido fechar com Eunício.
Costa e Viana disseram que, como se não bastassem os recorrentes episódios de ataques a políticos, agora seus correligionários (Gleisi e, principalmente, Lindbergh) passaram a agir como adversários, sobretudo na forma como vêm se posicionando.
Em dado momento, os presentes lembraram que ninguém levantou a palavra quando o PT negociou com o PMDB o fatiamento do processo de impeachment de Dilma Rousseff, justamente no dia em que ocorreu o que eles chamam de golpe, e, por isso, atirar pedras contra a eventual aliança com Eunício seria patético.

Pezão cairá se Alerj barrar empréstimo ao Rio, diz Picciani

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, levará à votação na próxima terça-feira o empréstimo do governo federal prometido ao estado e a proposta de privatização da Cedae.
Mas até as pedras portuguesas de Copacabana sabem que Luiz Fernando Pezão não tem maioria na Casa. Então, o que ocorrerá se os deputados não se sensibilizarem a com a dramática situação econômica do estado e votarem contra as medidas?
Picciani já não esconde sua avaliação. Para ele, nesse cenário, o governador cairá.
“Não dá nem para pensar nisso. Se o empréstimo não for aprovado, (o impeachment) será uma questão de meses, algo inevitável”. DO R.ONLINE

Confissões da Odebrecht: pânico em Salvador, capital da colonização escravocrata.

O clã Odebrecht
José Casado observa, em texto publicado no Globo: é na Bahia que se espraiam os efeitos mais corrosivos das confissões da Odebrecht, homologadas ontem pela presidência do STF:
É na Bahia onde se espraiam os efeitos mais corrosivos das confissões da Odebrecht, validadas ontem pelo Supremo — consequência natural da identidade baiana construída há nove décadas pela família controladora do grupo.
Salvador, capital da colonização escravocrata, concentra ansiedade pública pelas revelações dos Odebrecht e seus executivos sobre corrupção. Prevalece a convicção de que devem se refletir em mudança de rumos da política e dos negócios no estado.
O clima é similar ao observado em Brasília. Com agravantes derivados da atenção pública aos ruídos de embates familiares, entre eles, os do patriarca Emílio, herdeiros e o filho Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba.
Repete-se no condomínio praiano de Interlagos, onde partilham a beira-mar o ex-diretor da Odebrecht em Brasília, Cláudio Melo Filho, o ex-ministro do governo Temer Geddel Vieira Lima e os publicitários das campanhas de Lula e Dilma, João Santana e Mônica Moura.
A relação Cláudio e Geddel, contou o executivo à Justiça, “era muito forte”, bem além da simples vizinhança: “Geddel recebia pagamentos qualificados, e fazia isso oferecendo contrapartidas claras.” Conversavam bastante — contaram-se 117 ligações num único ano. Geddel era “Babel” na planilha de pagamentos.
Vizinhos deles na praia, os publicitários João e Mônica também compartilhavam a folha Odebrecht. Receberam US$ 24 milhões nas campanhas de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014), confessou Vinícius Borin, responsável pelos repasses no Meinl Bank, em Antígua.
O casal foi recompensado com outros US$ 5 milhões por Eike Batista, preso no Rio. Eike pagou-os pela conta panamenha da Golden Rock, que também usou para repassar US$ 16,5 milhões ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral.
Nesse circuito sobressaem expoentes de uma elite republicana moldada em vícios típicos do Brasil colonial, descrito pelo poeta Boca do Inferno, o advogado Gregório de Matos, na Salvador onde tudo se permitia aos amigos do rei:
“Furte, coma, beba e tenha amiga,
Por que o nome d’El Rei dá para tudo
A todos que El-Rei trazem na barriga.”
Desde então, sob o manto do foro nobre, multiplicam-se histórias de impunidade. Nele pouparam-se, entre outros, fidalgos como Fernão Cabral, que lançou viva na fornalha de seu engenho uma escrava grávida do “gentio do Brasil”, conta o historiador Ronaldo Vainfas.
O resguardo em foro especial, atenuante na Justiça e na Igreja da Colônia, prossegue. Ano passado, Dilma aplicou-o a Lula, levando-o à Casa Civil, no lugar de Jaques Wagner.
Ex-governador da Bahia, Wagner seria “Polo” na folha da Odebrecht, com US$ 11 milhões recebidos. Do total, US$ 8 milhões sustentariam a eleição do sucessor, o governador Rui Costa, segundo Melo Filho. Em troca, “Polo” pagou à empresa uma fatura pendente de US$ 85 milhões, valor sete vezes maior.
Na sexta-feira 20 de janeiro, o governador Costa fez Wagner secretário de Desenvolvimento. No mesmo pacote nomeou o engenheiro Abal Magalhães para a Companhia de Desenvolvimento Urbano. Precisou demitir Magalhães 24 horas depois. Descobriu que ele militava em redes sociais qualificando Wagner como integrante de “quadrilha” do PT financiada pela Odebrecht. E repetia: “#lulanacadeia”, “#dilmanacadeia” . DO O.TAMBOSI

TRUMP DEMITE PROCURADORA-GERAL QUE SE RECUSOU A DEFENDER SUA ORDEM EXECUTIVA QUE RESTRINGE IMIGRAÇÃO.


Ferro na boneca: O presidente Trump demitiu a Procuradora-Geral Sally Yates, por "traição". Ela recusou-se a cumprir a ordem presidencial. 
O presidente Donald Trump demitiu a procuradora-geral Sally Yates, depois que ela se recusou a defender sua ordem executiva de restringir a imigração e os refugiados de seis países de alto risco no Oriente Médio. 
O secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, emitiu uma declaração dizendo que Sally Yates, nomeada pelo governo Obama, havia "traído o Departamento de Justiça" recusando-se a impor a ordem de Trump.
Sally Yates, a demitida.
"A Senhora Yates foi nomeada pela administração de Obama que é fraco nas fronteiras e muito fraco na imigração ilegal",  diz a Nota lida por Spicer.
Trump substituiu Yates por Dana Boente, a atual advogada dos EUA para o Distrito Leste da Virgínia, até que o senador Jeff Sessions, já designado por Trump, seja confirmado pelo Senado.
"É hora de levar a sério a proteção do nosso país", afirmou Spicer. "Chamar para uma análise mais rigorosa indivíduos que viajam de sete lugares perigosos não é extremo. É razoável e necessário proteger nosso país.” Do site Breitbart - Click here to read in English - DO A.AMORIM

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Eike volta ao Brasil encurralado pela aplicação firme da lei

Eike Batista decidiu voltar ao país para “passar as coisas a limpo”. A decisão dele é reflexo de uma transformação grande do Brasil. O empresário teve que retornar ao país porque a aplicação da lei por aqui ganhou força. Eike ficaria encurralado se continuasse com a tentativa de se esconder.
Os americanos usam a expressão "enforcement" para explicar a disposição de uma sociedade impor a todos o cumprimento da lei. É o que o Brasil está vendo agora. Eike, que estava foragido no exterior, tinha recursos, contatos e um passaporte alemão. Mas resolveu embarcar de volta e prestar contas. Os envolvidos em crimes estão dispostos a entregar informações porque entenderam que o país está sob império da lei.
O Brasil passa por um processo de transformação. A Operação Eficiência, que decretou a prisão de Eike, contou com a delação de dois doleiros de Sérgio Cabral. Eles falaram sobre o repasse de US$ 16,5 milhões feito pelo empresário ao ex-governador do Rio. Os irmãos Renato e Marcelo Chebar passaram 13 anos ajudando o político a esconder e a lavar cerca de US$ 100 milhões em recursos ilícitos, e decidiram agora contar o que conhecem. Eles sempre souberam que o que faziam era errado. A novidade é que eles se sentem encurralados.
Essa mudança institucional não é trabalho de um homem só nem está restrita à Curitiba, a origem da Operação Lava-Jato. O mandado contra Eike veio de um juiz federal do Rio, o Marcelo Bretas. Ele se baseia em apurações do MPF, Receita Federal e a PF que atuam no Rio. Brasília está acompanhando esse trabalho.
É importante que o país se dê conta desse avanço. As descobertas feitas sobre a corrupção escandalizam, mas sempre é melhor saber como a relação entre governos e empresas estava sendo feita no Brasil.  por Míriam Leitão
 

Cármen Lúcia tomou decisão que a crise exigia


Franzina e baixinha, Cármen Lúcia tomou nesta segunda-feira uma decisão à altura da crise moral que o país atravessa. Educada em colégio de freiras, formada em universidade católica, a presidente do Supremo Tribunal Federal poderia ter confiado à providência divina o futuro da Lava Jato. Mas preferiu não dar sorte ao azar. Ao homologar as 77 delações da Odebrecht, a ministra manteve o ritmo da Lava Jato. Retirou do substituto de Teori Zavascki, ainda a ser sorteado, a chance de pisar no freio.
Cármen Lúcia contrariou interesses e opiniões dentro e fora do Supremo. No Planalto e no Congresso, políticos encrencados nas investigações apostavam que a morte do relator Teori lhes proporcionaria o refrigério de um atraso de pelo menos três meses na tramitação do processo. Na Suprema Corte, parte dos ministros era contra a urgência. Alegava-se que a homologação a toque de caixa era descecessária e até desrespeitosa com o futuro relator, posto sob suspeição antes mesmo de ser escolhido. Não restou aos contrariados senão dizer “amém” à homologação. A presidente do Supremo cercou-se de todos os cuidados técnicos.
De plantão no Supremo durante as férias dos colegas, cabe a Cármen Lúcia decidir sozinha as pendências urgentes. Ela conversou com os juízes que trabalhavam com Teori. Soube que o relator da Lava Jato havia se equipado para homologar no início de fevereiro os acordos de colaboração da Odebrecht. Só faltava ouvir os delatores, para saber se suaram o dedo espontaneamente. Convidou o procurador-geral Rodrigo Janot para uma conversa. Acertou com o chefe do Ministério Público Federal o envio de uma petição requerendo a urgência nas homologações.
Munida da requisição de Janot, Cármen Lúcia autorizou a equipe de Teori a tocar as inquirições dos delatores. O trabalho foi concluído na última sexta-feira. Simultaneamente, a ministra realizou consultas aos colegas. Avaliou que as opiniões contrárias à homologação eram minoritárias. E escorou-se no regimento do Supremo para deliberar sozinha sobre a matéria, tratando-a com a urgência que a conjuntura requer. Fez isso um dia antes do encerramento do recesso do Judiciário. As férias terminam nesta terça-feira (31). Tomou um cuidado adicional: manteve o sigilo das delações.
A preservação do segredo, recebida com alívio no Planalto e no Congresso, pode ser inócua. Logo começarão os vazamentos dos trechos que ainda não chegaram ao noticiário. Mas Cármen Lúcia livrou-se de críticas, porque manteve o formato das decisões tomadas anteriormente pelo próprio Teori. O antigo relator só levantava o sigilo dos acordos de colaboração depois que a Procuradoria da República requisitava a abertura de inquéritos na Suprema Corte.
Com o aval de Cármen Lúcia, o Ministério Público pode dar sequência às investigações, equipando-se para processar e punir os envolvidos. Parte do material será enviada para Curitiba, onde são moídos os investigados que não dispõem do foro privilegiado do Supremo. A conjuntura intimava Cármen Lúcia a agir com destemor. E a ministra preferiu não trasnferir a tarefa para Deus. DO J.DESOUZA

Cármen Lúcia ligou para informar Janot sobre homologações

Ministra entrou em contato com o PGR assim que formalizou sua decisão

Cármen Lúcia, como sugere a liturgia e os códigos de boa convivência, fez questão de que Rodrigo Janot não soubesse pela imprensa que ela havia homologado as delações da Odebrecht.
Ao lançar sua decisão no sistema do Supremo, a ministra ligou para informar Janot sobre a validação dos depoimentos e adiantou que iria encaminhar a papelada à PGR ainda hoje.

Seguranças de Eike e Thor eram da Polícia Federal

Questão está sob investigação

O relacionamento entre Eike Batista e a Polícia Federal é antigo, o que reforça a hipótese de vazamento sobre sua prisão.
Isso porque os seguranças que cuidavam do empresário e de seus filhos até 2014 pertencem à corporação.
Uma das equipes, inclusive, acompanhava Thor, o filho mais velho de Eike, desde que ele tinha cinco anos.

Na própria PF é fortíssima a ideia de que alguém avisou a Eike. Resta saber quem foi.

‘Grupo X não era a Odebrecht’

Ex-diretores do Grupo X estão com medo do Eike Batista vai contar à justiça. Eles querem que fique bem claro que o outrora império empresarial não era uma Odebrecht.
Em outras palavras, afirmam que não havia uma distribuição institucionalizada de propinas como foi feito pela empreiteira.
Afirmam que, se algo de errado acontecia, era por iniciativa pessoal de Eike e Flávio Godinho, ex-todo poderoso da EBX e vice-presidente do Flamengo. DO RADARONLINE

Ministra Carmen Lúcia homologa as 77 delações da Odebrecht

Foto: André Dusek|Estadão
Ministra Cármen Lúcia
A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia
BRASÍLIA - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, homologou as delações dos executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht na Operação Lava Jato. Ela, no entanto, decidiu manter o sigilo do processo e o conteúdo dos depoimentos ainda não pode ser tornado público.
Conforme publicado pelo Estado no sábado, 28, a expectativa no Supremo e no Palácio do Planalto era de que as delações fossem homologadas pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, entre esta segunda-feira, 30, e terça-feira, 31, já que os juízes auxiliares da equipe do ministro Teori Zavascki, morto no dia 19, encerraram na sexta-feira, 27, as audiências com os 77 delatores da empreiteira. Esse é o último passo antes da confirmação dos acordos firmados por executivos e ex-executivos com o Ministério Público Federal. 
A decisão de Cármen põe fim a uma série de especulações sobre a velocidade da continuidade da tramitação da Lava Jato, geradas com a morte de Teori. A presidente do STF homologou as delações uma semana após autorizar a equipe de juízes auxiliares de Teoria Zavascki a continuar as audiências necessárias para a confirmação de cada um dos 77 acordos.
Cármen esteve no final de semana trabalhando no STF em contato com o juiz Márcio Schiefler, braço direito de Teori na condução da Lava Jato na Corte.
Para que o conteúdo das delações seja tornado público, é preciso um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Eike chega ao Rio e é preso pela Polícia Federal

Foto: Fábio Motta/AE
Eike Batista
O empresário Eike Batista
RIO - O avião que trouxe de volta ao Brasil o empresário Eike Batista pousou na manhã desta segunda-feira, 30, no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão.  A aeronave, que veio de Nova York, tocou o solo brasileiro às 9h54. O empresário foi escoltado por policias federais logo que desembarcou na pista do aeroporto. Eike não estava algemado, carregava apenas uma mala de mão.
O empresário é escoltado pela Polícia Federal para o Instituto Médico Legal, no Centro do Rio, onde fará exame de corpo de delito. O ex-bilionário será conduzido em seguida para o Presídio Ary Franco, em Água Santa, segundo disse á reportagem uma pessoa ligada à investigação. O empresário deve prestar depoimento à Polícia Federal na terça-feira, 31
Eike estava foragido desde quinta-feira,26, quando a Polícia Federal tentou cumprir um mandado de prisão preventiva contra ele, como parte da Operação Eficiência, que investiga um esquema de corrupção montado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral. O empresário é investigado por um suposto repasse de US$ 16,5 milhões em propina a Cabral.
O ex-bilionário deixou o Brasil dois dias antes da operação da PF, no dia 24. A prisão dele estava decretada pela Justiça do Rio desde 13 de janeiro.
'À disposição'.  No domingo, enquanto esperava o embarque para o Rio de Janeiro no aeroporto JFK, em Nova York, o empresário afirmou em entrevista à TV Globo que volta ao País para responder à Justiça.  "Eu estou voltando para responder à Justiça, como é meu dever. Está na hora de ajudar a passar as coisas a limpo”, disse. “Estou à disposição da Justiça”, completou.
Eike Batista negou a intenção de ir para a Alemanha, país do qual é cidadão. “Não. Eu venho sempre a Nova York, a trabalho”, afirmou.
O advogado de Eike Batista, Fernando Martins, disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que a estratégia de defesa do empresário ainda está indefinida, inclusive uma possível delação premiada. “Ele estava em uma viagem a negócios. Só combinamos a sua volta e amanhã vamos conversar sobre a estratégia. Após a chegada dele é que vamos definir os procedimentos”, disse, ao ser questionado sobre um pedido de habeas corpus ou de uma possível colaboração premiada.
De acordo com Martins, não houve negociação com a Polícia Federal ou o Ministério Público Federal na busca de melhores condições para o ex-bilionário. Eike Batista não tem o ensino superior completo, por isso poderá ficar em um presídio comum. “Não houve negociação nenhuma. Isso (o presídio) fica a cargo das autoridades. Ele vai se apresentar e a Polícía Federal vai definir (se destino)”, disse Martins. DO ESTADÃO

domingo, 29 de janeiro de 2017

Lava Jato pode consagrar ou arruinar Supremo


Confrontados com o descalabro exposto nos depoimentos dos 77 delatores da Odebrecht, os ministros do Supremo Tribunal Federal deveriam esquecer a Constituição e o Código Penal por um instante, para se concentrar num conto de Ernest Hemingway. Chama-se ‘As Neves do Kilimanjaro’. Começa com um esclarecimento:
“Kilimanjaro é uma montanha coberta de neve, a 6 mil metros de altitude, e diz-se que é a montanha mais alta da África”, anotou Hemingway. “O seu pico ocidental chama-se ‘Ngàge Ngài’, a Casa de Deus. Junto a este pico encontra-se a carcaça de um leopardo. Ninguém ainda conseguiu explicar o que procurava o leopardo naquela altitude.”
O leopardo do conto serve de metáfora para muita coisa. Tanto pode simbolizar a busca romântica pelo inalcansável como pode representar o espírito de aventura levado às fronteiras do paroxismo.
O Supremo, como se sabe, é o cume da Justiça brasileira. Seus ministros acham que estão sentados à mão direita de Deus. Num instante em que a deduragem dos corruptores confessos da Odebrecht empurra mais de uma centena de encrencados na Lava Jato para dentro dos escaninhos da Suprema Corte, cabe aos ministros interrogar os seus botões: o que fazem tantos gatunos da política no ponto mais alto do Poder Judiciário?
Num país marcado pela corrupção desenfreada, os gatunos da Lava Jato beneficados com o chamado foro privilegiado simbolizam o sentimento de impunidade cultivado pela oligarquia política. Que pode virar instituto suicida se o Supremo for capaz de dar uma resposta à altura do desafio.
Um bom começo seria a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo, homologar até terça-feira (31) todos os acordos de delação. Isso liberaria a força-tarefa da Lava Jato para abrir os inquéritos que transformarão indícios em provas.
De resto, será necessário que o ministro sorteado para substituir Teori Zavascki na relatoria da Lava Jato se convença da importância do seu papel. Seja o seco Celso de Mello, o melífluo Ricardo Lewandowski ou qualquer outro, o novo relator precisa entender que a conjuntura cobra do STF um rigor compatível com a desfaçatez.
No futuro, quando os arqueólogos forem escavar esse pedaço da história nacional, encontrarão sob os escombros de um Brasil remoto carcaças que serão tão inexplicáveis quanto a do leopardo de Hemingway. Resta saber se serão as carcaças de gatunos suicidas ou de magistrados que não se deram ao respeito. A Lava Jato pode consagrar ou arruinar o Supremo.DO J.DESOUZA

A ÉTICA DA BANDIDAGEM

Por Maria Lucia Victor Barbosa (*)

1 de janeiro de 2017. Em penitenciárias de Manaus (AM) a Família do Norte (FDN), facção que comanda o tráfico de drogas na fronteira com a Bolívia e é ligada ao Comando Vermelho (CV), esquartejou, decapitou, arrancou corações e vísceras de 60 homens, a maioria ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Tudo foi devidamente filmado e enviado para redes sociais, cujos frequentadores consumiram avidamente a selvageria digna do Estado Islâmico.
Houve mais mortes e fugas em outros Estados, além de uma carta do PCC. Alguns trechos foram publicados na Folha de S. Paulo, de 6 de janeiro, e curiosamente neles os bandidos se referiam ao seu “código de ética” rompido, pois “a meta sempre foi lutar contra o Estado corrupto e não contra nossos irmãos mesmo que de outras organizações fossem”.
A carta terminava com o lema da poderosa organização criminosa: “paz, justiça e liberdade”, algo de tom ideológico e cínico tratando-se de degoladores, daqueles que desgraçam famílias, dos que são fonte da violência que infelicita e aterroriza cidadãos honestos.
O gigantismo dos lucros e a organização impecável do PCC e do CV são também a prova mais cabal do fracasso do Estado. Onde estavam o Executivo, o Legislativo, o Judiciário enquanto as organizações criminosas se expandiam?
Com relação ao Executivo cito excelente artigo do professor Ricardo Vélez Rodríguez, publicado no O Estado de S. Paulo de 22/10/2016. No texto Rodríguez relembra que “o empurrão inicial dado pelo brizolismo ao narcotráfico veio a ser potencializado, em nível nacional, pelos 13 anos do populismo lulopetista que simplesmente abriram as portas para o mercado de tóxicos no Brasil”.
O professor também recorda “foto de Lula, no palanque em Santa Cruz de La Sierra, com Evo Morales, ambos ostentando no peito colares feitos de folhas de coca”. A imagem simbolizou um “liberou geral” para a produção e distribuição das drogas. “Rapidamente o Brasil viu aumentar de forma fantástica a entrada da pasta-base da coca boliviana”.
Após as chacinas, demonstração de quem de fato comanda o sistema prisional, busca-se o que fazer. Algumas soluções raiam à imbecilidade como o direito de fuga e a soltura de presos. Também, para palpiteiros inconsequentes não se deve prender os que cometeram crimes menores (o que seriam crimes menores?), liberar as drogas e não construir mais prisões.
Ninguém sugeriu ao Judiciário o julgamento dos 40% dos detentos em prisão provisória. Parcerias público-privadas, diferentes de terceirizações, nas quais, a iniciativa privada constrói as prisões e administra de acordo com parâmetros estabelecidos em contrato com o poder público. Reforço considerável das Forças Armadas nas fronteiras para impedir a entrada de drogas e armas, lembrando que o papel do Exército não é o de fazer revista em presídios.
Enquanto o crime lucra e domina o país temos assistido a espetáculos dignos de uma republiqueta das bananas. Citando pouquíssimos exemplos para não alongar o artigo recordemos a cena de Renan Calheiros, então presidente do Senado e do Congresso, ao lado do na época presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, ambos rasgando a Constituição ao manter os direitos políticos de Dilma Rousseff mesmo depois desta ter recebido o impeachment.
Calheiros, que tem processos adormecidos no STF desde 2007, recentemente foi denunciado ao Supremo por Rodrigo Janot, procurador-geral da República, pelos crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mas o senador zombou da Justiça ao se recusar a sair do cargo por ser réu. Lá permaneceu salvo por uma gambiarra jurídica feita pelo próprio STF. Seu sonho ainda deve ser a aprovação da Lei de abuso de autoridade, que o livraria junto com quase 100 políticos envolvidos na Lava Jato.  Se duvidar, Renan vira ministro da Justiça.
Na verdade, há um temor infundado dos que possuem foro privilegiado, porque enquanto o juiz Sérgio Moro, brilhante e rara exceção no mundo jurídico, tem cumprido a lei e mandado para a cadeia um número impressionante de figurões, o Supremo até agora não julgou ninguém da quase centena de políticos envolvidos na Lava Jato. E não se sabe quando isso acontecerá dada a morosidade da Justiça brasileira. Pode levar os anos suficientes para a prescrição dos crimes.
Com a morte em acidente de avião do ministro Teori Zavascki não se sabe o que acontecerá com as 77 delações premiadas da Odebrecht. Zavascki, com todo respeito pelo luto da família, não foi um herói, mas um ativista político como seus demais pares do Supremo. Por essa característica ele podia demorar anos a fio para homologar as delações, mas agora a situação está mais turva na medida em que tem que ser definido seu sucessor. Seguiremos com nossa tradicional insegurança jurídica? Nesse caso prevalecerá a ética da bandidagem.
(*) Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga, professora, autora entre outros livros do Voto da Pobreza e a Pobreza do Voto – a ética da malandragem e América Latina – em busca do paraíso perdido. DO A,AMORIM

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

O novo Brasil vai atropelar quem obstruir o caminho da Lava Jato

Ai do ministro que ceder à tentação de barrar o avanço da ofensiva contra a corrupção


Pouco importa o nome do próximo relator dos casos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, cujas atribuições incluem a homologação dos acordos de delação premiada. A ofensiva contra a corrupção sempre esteve acima dos humores e opiniões de Teori Zavascki. Da mesma forma, não estará subordinada aos impulsos e vontades da toga encarregada de substituir o ministro morto.
A operação que ontem decretou a prisão de Eike Batista e outros vigaristas sempre dependeu do apoio militante dos milhões de brasileiros decentes, todos fartos de ladroagem, cinismo e impunidade. Ai do ministro que ceder à tentação de obstruir a dedetização dos porões do país. Será varrido pela nação do país decidido a castigar exemplarmente a trupe de farsantes liderada por Lula.
Ninguém mais segura a Lava Jato. Palavra do novo Brasil. DO A.NUNES

Lula é Eike Batista amanhã

O ex-presidente e o empresário falastrão nasceram um para o outro: ambos são vendedores de nuvens

eike-lula
 Lula é o Eike Batista da política e Eike é o Lula do empresariado, constatou na primeira linha o texto que evocou, em outubro de 2013, um punhado de semelhanças entre os dois destaques do elenco da Ópera dos Vigaristas. Um era o inventor do Brasil Maravilha, que só existe na papelada registrada em cartório. Outro era o fundador do Império X ─ no caso, X é igual a nada.
O pernambucano gabola que inaugurava uma proeza por dia se elogiava de meia em meia hora por ter feito o que não fez. O mineiro mitômano que ganhava uma tonelada de dólares por minuto se cumprimentava o tempo todo pelo que disse que faria e não fez.
O presidente onisciente, onipresente e onipotente, entre outros colossos, prometeu inaugurar em 2010 a transposição das águas do São Francisco. O rio permanece no mesmo leito. O empreendedor milagreiro driblava o tempo com gerúndios e verbos no futuro vivia fazendo superportos e plataformas marítimas de assustar engenheiro inglês. Não saiu da maquete sequer a reforma do Hotel Glória.
Lula se intitulou o maior dos governantes desde Tomé de Souza sem ter produzido uma única obra física visível a olho nu. Eike entrou e saiu do ranking dos bilionários da revista Forbes sem que alguém conseguisse enxergar a cor do dinheiro.
Lula berrava em 2007 que a Petrobras tornara autossuficiente em petróleo o país que, graças às jazidas do pré-sal, logo estaria dando as cartas na OPEP. A estatal foi destruída pelo maior esquema corrupto do mundo e o Brasil importa combustível. Eike não parava de encher barris com o produto de jazidas que continuram intocadas nas funduras do oceano. Os lucros que extraiu vieram dos cofres assaltados pelo bando do Petrolão.
Político de nascença, Lula enriqueceu como camelô de empreiteiros. Filho de um empresário muito competente, Eike adiou a falência graças a empréstimos fabulosos do BNDES (com juros de mãe extremosa e prestações a perder de vista), parcerias com estatais (sempre prontas para financiar aliados do PT com o dinheiro dos pagadores de impostos) e adjutórios obscenos do governo federal.
Lula só poderia chegar ao coração do poder num lugar onde tanta gente confia em eikes batistas. Eike só poderia ter posado de gênio dos negócios num país que acredita em lulas.
É natural que tenham viajado tantas vezes no mesmo jatinho. É natural que se tenham entendido tão bem. Nasceram um para o outro. Os dois são vendedores de nuvens. Mentem mais que espião de cinema. Enquanto festejavam a fortuna da Petrobras guardada no fundo do mar, saquearam a empresa em terra firme. Era previsível que tivessem o mesmo destino.
Nesta quinta-feira, o Brasil soube que o empresário apresentado pelo ex-presidente como exemplo para o país vai purgar na cadeia seus incontáveis pecados. O ex-presidente promovido pelo empresário a estadista do século logo percorrerá o caminho que passa por um tribunal e termina numa cela. Lula é Eike amanhã. DO A.NUNES

Não há mais como frear delações da Odebrecht

Com a confirmação dos termos do depoimento de Marcelo Odebrecht, reinquirido em Curitiba, as atenções se voltam para a ministra Cármen Lúcia. A plateia fica na expectativa para saber se a presidente do Supremo Tribunal Federal vai homologar, ela própria, esse acordo de colaboração do ex-presidente e herdeiro da Odebrecht e também os outros 76 acordos de executivos da empreiteira.
Se quiser, a ministra pode se escorar num pedido de urgência do procurador-geral da República Rodrigo Janot e liberar os acordos até terça-feira, quando termina o recesso do Judiciário. Se preferir, Cármen Lúcia pode transferir a batata quente para o próximo relator da Lava Jato, a ser escolhido na semana que vem.
A essa altura não há mais espaço para deixar de homologar as delações da Odebrecht. O que se discute é se isso vai ser feito imediatamente ou em fevereiro. O substituto de Teori Zavascki na relatoria da Lava Jato será escolhido por sorteio. Seja quem for, não ousará brecar delações feitas espontaneamente, que se revelaram importantes para as investigações.
Os olhos estão voltados para o Supremo. Mas é na primeira instância que a homologação das delações é aguardada com mais ansiedade. A Lava Jato vai mudar de patamar. Como disse o procurador Deltan Dellagnol em entrevista, a operação vai dobrar de tamanho e dará à luz novos filhos ao redor do Brasil.
Houve espanto no Planalto com essa declaração. Em Brasília, há uma torcida para que a Lava Jato tenha um fim. Não acabará tão cedo. A amplitude das investigações causa um certo desespero. Mas o desespero pode ser útil. Antigamente, o brasileiro se perguntava: onde é que nós vamos parar. Hoje, autoridades e políticos é que se perguntam: quando vão nos deter? DO J.DESOUZA

A essa altura, delação de Cabral seria zombaria


Preso desde novembro, Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, tornou-se um frequês da Lava Jato. Ignorando seus desmentidos, os investigadores levaram à vitrine um esquema que lavou, engomou e enviou para fora do país pelo menos US$ 100 milhões desviados do erário fluminense. Um dos comparsas de Cabral, o ex-bilionário Eike Batista, é considerado foragido. Com o teto do seu bunker de fantasias a desabar-lhe sobre a cabeça, Cabral sinaliza a intenção de tornar-se um delator. Em troca, quer deixar o ambiente inóspito da hospedaria de Bangu's Inn.
A delação tem mais lógica quando o peixe miúdo entrega os tubarões. Adepto do estilo ‘propina-ostentação’, Cabral não é propriamente uma sardinha. Tratá-lo como um personagem menor, a essa altura, seria como tentar acomodar uma baleia dentro de uma banheira jacuzi. Conceder-lhe benefícios judiciais num instante em que o governo do Rio, quebrado, reivindica socorro da União seria uma zombaria com a sociedade fluminense, com a populacão brasileira e com a própria lógica. Alguém tem que ser punido exemplarmente. DO J.DESOUZA

"TV - O Império da Mentira"

Por Ipojuca Pontes
O Grande Inquisidor - personagem de Dostoiévski que condenou Jesus Cristo à fogueira quando do seu retorno ao mundo, na Idade Média - proclamou o Milagre, o Mistério e a Autoridade como elementos fundamentais para subjugação da consciência humana. Cardeal de Sevilha, na qualidade de jesuíta, considerava o conceito de liberdade disseminado por Cristo uma carga por demais pesada a ser suportada pelos seres humanos. No entender do jesuíta, os homens seriam felizes se conduzidos como rebanho, longe do ônus do livre arbítrio que traria consigo sofrimento e dor.
Bem observado, a exploração da tríade evocada pelo Grande Inquisidor se encaixa à perfeição como lei básica a reger a televisão, em nossos dias o mais formidável instrumento de lavagem cerebral criado para domesticar os indivíduos. A rigor, há décadas a TV vem avassalando as massas.
De fato, tal qual um vírus letal, tanto nas chamadas democracias liberais quanto nos regimes totalitários, a onipresente TV se infiltrou no âmago humano e se impôs, em tom de farsa, como pretenso Portal da Verdade.
Na dura realidade, gerações inteiras só tomam conhecimento dos fatos manipulados pela ótica da TV, outrora considerada uma "máquina de fazer doido", sem perceber que ela estabeleceu, em escala planetária, o Império da Mentira.
Voltemos ao Cardeal de Sevilha e o Milagre na TV?
Antes de tudo, é preciso admitir que ela mesma é um prodígio de transmissão (em som e imagem) amoldado à existência humana. No figurino de um eletrodoméstico, a TV vive de prometer milagres que nunca se cumprem, deixando o pobre mortal à mercê de maravilhas que ninguém sabe quando virão.
Exemplos? Há mais de quatro décadas, o "Fantástico" da Rede Globo anuncia tratamentos miraculosos contra o infarto, o câncer ou a doença do Alzheimer, sempre acalentando a perspectiva de que mais dia menos dia a cura de cada um desses males estará ao alcance de todos.
Há casos mais ostensivos: no Brasil (como, de resto, mundo afora), milhares de pastores mostram na TV aberta paralíticos que passam a andar, uma vez livres dos demônios, como modelos numa passarela.
Em outras ocasiões, ao vivo, depois de abençoados, dezenas de ex-miseráveis anunciam que se tornaram milionários da noite para o dia. Ou vemos/ouvimos relatos de casais, anteriormente infelizes que, por artes divinais, passaram a viver em um mar de rosas. É a TV a serviço do miraculoso.
(Já foi dito que a televisão é um circo infestado de palhaços, programas de auditório com bailarinas e roqueiros em desbunde, atores, novelas que se repetem infindavelmente, animadores, pilantras et cetera - em suma, um show em ato contínuo exibindo corridas de auto, lutas de MMA, partidas de futebol e mil peripécias imprevisíveis, tudo, afinal, para nos livrar do "tedium vitae".
No seu lado tido como "sério", para sacolejar as consciências anestesiadas e preencher o vazio das almas, a TV se esmera em explorar, exaustivamente, nos seus noticiários, desastres pavorosos, atentados terroristas, hecatombes, estupros, sequestros e fatalidades as mais escabrosas, transformando a tragédia humana em horrendo espetáculo tinto de sangue.
(Mas circula na praça versão da teoria compensatória segundo a qual, com a transmissão de desgraças, a "máquina de fazer doido", de forma subliminar, procura demonstrar que a vida do espectador, por infeliz que seja, é mais tolerável do que a das vítimas expostas na telinha. Sem esquecer, é claro, que manter a boa audiência significa a alegria do departamento comercial).
E o Mistério? Na TV, o mistério parece impenetrável à razão humana, quem sabe um enigma obscuro só decifrável por poucos iniciados que, às escondidas, manipulam a engrenagem. Para uns, trata-se de mistério maior que o da Santíssima Trindade, que envolve Pai, Filho e Espírito Santo numa só pessoa.
Certa vez, um executivo do ramo revelou que o segredo enigmático da TV é que ela, nivelando tudo por baixo, descobriu a "igualdade", eterna aspiração de espíritos acadêmicos. Pelo "tubo mágico", dizia ele, todos seriam transformados em "escravos da igualdade". Por ironia, em paralelo, um destrutivo escritor americano, Norman Mailer, declarou que o mistério da TV é ela manter audiência "apresentando tão baixo nível de qualidade". O paradoxo de Mailer decifrou, na bucha, o Mistério nada misterioso da TV - uma descoberta mantida em sigilo sepulcral pelos seus mentores.
De todo modo, na sua homilia o Grande Inquisidor jamais tornou claro o papel desempenhado pelo Mistério na busca da felicidade terrena, salvo considerá-lo fundamental para subjugação da consciência humana.
Já o papel da Autoridade, para ele, era tudo. Segundo pontificou, a autoridade deveria se impor pela força legal (no seu caso, o castigo da fogueira na Santa Inquisição), ou na maciota, pelo poder da palavra, da dissuasão e do engodo. Esta, tudo indica, tem sido a estratégia adotada pela gente da TV, especialmente na área do jornalismo (onde despontam, em circuito interno, figuras como Bonner e William Waack), assunto que abordaremos no próximo artigo.
Ipojuca Pontes cineasta, jornalista, e autor de livros como 'A Era Lula', 'Cultura e Desenvolvimento' e 'Politicamente Corretíssimos', é um dos mais antigos colunistas do Mídia Sem Máscara. Também é conferencista e foi secretário Nacional da Cultura. DO DEMAIS

Juízes do gabinete de Teori concluem audiências com delatores da Odebrecht


Os juízes auxiliares do Supremo Tribunal Federal (STF) concluíram nesta sexta-feira (27) as audiências com os 77 executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht que fecharam acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.
Esses juízes atuam no gabinete de Teori Zavascki. Ministro da Corte desde 2012, Teori morreu na semana passada, após queda de avião em Paraty (RJ). Ele era o relator dos processos da Lava Jato no Supremo.
Nas audiências com os executivos e ex-executivos da Odebrecht, os juízes perguntaram aos delatores se as informações foram prestadas nos depoimentos de livre e espontânea vontade, sem coação por parte dos investigadores.
Concluída esta fase, a expectativa agora se volta para a homologação dos acordos, o que dá validade jurídica às colaborações e permite ao Ministério Público pedir investigações sobre políticos e operadores citados.
Um dos últimos delatores ouvidos no trabalho de checagem das delações foi o ex-presidente e principal herdeiro do grupo, Marcelo Odebrecht, que participou da audiência no presídio onde está, em Curitiba (PR

Audiências com os delatores

As audiências, de cerca de 30 minutos, foram feitas pela equipe de Teori Zavascki. Os assessores do gabinete receberam os delatores no STF ou viajaram até as cidades onde eles moram ou estão presos.
O trabalho começou nesta semana, após a presidente da Corte, Cármen Lúcia, autorizar as audiências.
A ministra tomou a decisão após se reunir com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu agilidade ao caso.
A homologação poderá ser feita pela própria presidente do STF de forma fatiada ou deixada para o novo relator dos processos, ainda a ser definido (entenda o que diz o regimento do Supremo sobre a relatoria).DO G1

Lava Jato deve explicação sobre viagem de Eike


Agentes da Polícia Federal deixam a mansão de Eike Batista sem o prisioneiro
A ordem de prisão de Eike Batista consta de um despacho assinado pelo juiz federal Marcelo Bretas em 13 de janeiro de 2017. Mas só nesta quinta-feira (26), 13 dias depois da expedição do mandado judicial, os agentes federais foram à mansão do ex-bilionário, no Rio. Não o encontraram. Informou-se que decolara para Nova York dois dias antes, na noite de terça-feira.
Tacio Muzzi, delegado da Polícia Federal, saiu-se com uma explicação singela: “Em relação à viagem do senhor Eike Batista, não havia prévio conhecimento. Estava-se acompanhando a movimentação dos investigados e, na madrugada de hoje (26), chegou ao conhecimento que poderia ter saído para fora do país na data do dia 24, na parte da noite.” Hummmm.
A fala do doutor contém um paradoxo que resulta num déficit de explicação. Ora, se “estava acompanhando a movimentação dos investigados”, por que a Polícia Federal não teve “prévio conhecimento” do deslocamento do investigado-mor? Por que a força policial precisou de quase duas semanas para executar a ordem que os investigadores requisitaram ao juiz?
Advogado de Eike, Fernando Teixeira Martins, que trabalhou como agente da Polícia Federal de 2004 a 2015, acompanhou a batida de busca e apreensão na mansão do seu cliente. Disse que ele deseja retornar ao Brasil “o mais rápido possível” e tem a disposição de colaborar. Pode ser. Entretanto, se não for alcançado pelo Interpol, Eike só retorna se quiser. Leva no bolso um passaporte alemão. E não lhe faltam recursos.
A exemplo da Polícia Fderal, também a Procuradoria renderia homenagens aos controibuintes se dissesse meia dúzia de palavras sobre a mobilidade de Eike. Afinal, o juiz Marcelo Bretas anotou em seu despacho: “Caberá ao MPF [Ministério Público Federal] as providências devidas à execução das medidas.” Entre elas a prisão de Eike Batista.

Reprodução

Polícia Federal demorou 13 dias para procurar Eike Batista em sua mansão no Rio! Por quê?

Ex-vice de Cabral, Pezão é outro que não sabia!

Há no noticiário desta quinta-feira dois fatos relacionados ao Rio de Janeiro. Um é consequência direta do outro. Luiz Fernando de Souza, o Pezão, reuniu-se em Brasília com Michel Temer e o ministro Henrique Meirelles, da Fazenda. Trataram do socorro financeiro da União ao Estado do Rio.
No mesmo dia, a Polícia Federal foi às ruas para cumprir os mandados de prisão do empresário Eike Batista, que não foi encontrado, e outras pessoas acusadas de integrar uma quadrilha que desviou dos cofres do Rio pelo menos 100 milhões de dólares na gestão de Sérgio Cabral, que está preso.
Esse pedaço do escândalo da Lava Jato é 100% feito de PMDB. Sérgio Cabal é um dos símbolos do apodrecimento do partido de Michel Temer. Ele chegou a se oferecer como vice de Dilma Rousseff. Chegou mesmo a acalentar o sonho de se candidatar à Presidência da República. Para sorte do eleitor brasileiro, o sonho de Cabral encontra-se trancafiado no complexo penitenciário de Bangu.
No despacho em que autorizou as novas ações policiais, o juiz federal Marcelo Bretas disse que o Orçamento do Rio foi desvirtuado por um “custo-corrupção”. Para o magistrado, a roubalheira é uma das causas da ruína financeira do Rio. Pezão, o atual governador, era vice-governador de Sérgio Cabral.
Uma alma mal intencionada poderia dizer que, ao socorrer o correligionário Pezão, Michel Temer oferece diálogo a quem talvez mereça interrogatório. Maldade. Pezão, assim como tantos outros políticos brasileiros, certamente não sabia de nada.DO J.DESOUZA

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Rio divide ‘custo-corrupção’ com o resto do país


O Rio de Janeiro derrete num caldeirão em que se misturam a inepcia e a roubalheira. Com o passado atrás das grades, o governo fluminense negocia seu futuro com a União. Se tudo corer como planejado, o governador Luiz Fernando de Souza, o Pezão, arrancará de Michel Temer uma moratória de três anos para a dívida do Rio com o Tesouro Nacional. Serão R$ 27 bilhões que a União deixará de arrecadar entre 2017 e 2019.
O sucesso desse golpe de barriga que o Rio tenta aplicar no Tesouro será o fracasso do país. Na prática, os brasileiros de outros Estados pagarão uma parte da conta que resultou da incompetência e bancou os confortos aéticos de Sérgio Cabral e sua quadrilha.
No despacho em que autorizou a deflagração da Operação Eficiência, que apura a remessa para o exterior de US$ 100 milhões roubados pela organização criminosa (parte já recuperada), o juiz federal Marcelo Bretas fez menção ao que chamou de “custo-corrupção”. Anotou que o assalto aos cofres públicos foi uma das causas da ruína fiscal que levou o governo do Rio a decretar estado de calamidade pública, uma pré-condição para pedir o socorro federal.
O magistrado comparou a corrupção que roeu as finança do Estado aos crimes violentos que inquietam a sociedade do Rio. Para o doutor, o roubo ao erário é mais grave, porque atinge “um número infinitamente maior de pessoas”. O juiz escreveu: “Basta considerar que os recursos públicos que são desviados por práticas corruptas deixam de ser utilizados em serviços públicos essenciais, como saúde e segurança públicas.”
Por mal dos pecados, no mesmo dia em que a Polícia Federal foi às ruas para cumprir mais um lote de mandados judiciais, o governador Pezão foi a Brasília para fechar com Temer e com o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) a negociação que cancela por três anos o pagamento das parcelas mensais da dívida pública do Rio, transferindo parte do custo do descalabro do Rio para os contribuintes das outras 26 unidades da federação. É a socialização da corrupção. DO J.DESOUZA

DOW JONES VAI ÀS NUVENS! EM MENOS DE UMA SEMANA NO PODER, DONALD TRUMP FAZ MAIS DO QUE 8 ANOS DO ESQUERDISTA OBAMA

DONALD TRUMP NO DEPARTAMENT OF HOMELAND SECURITY
Como o noticiário nacional continua ancorado numa ilha de fofocas e a grande mídia brazuca adora o jornalismo de notinhas cheias de mistério ou então resvala para o picaresco, como é do feitio da Folha de S. Paulo, nem estômago de avestruz resiste. Sem falar na Fake News e seus correspondentes em New York.
Nesse mar de mesmice e atraso a terrível moléstia que acometeu D. Marisa Letícia, a esposa de Lula, tem sido o destaque principalmente naquelas colunas de fofocas. Nesse marasmo sob o modorrento calor do verão qualquer traque ouvido dentro do hospital Sírio Libanês vira notícia.
Depois da vitória de Donald Trump, como podem reparar, o mundo não é mais o mesmo de algumas horas antes do Inauguration Day. O que interessa de verdade é o que rola a partir do Salão Oval da Casa Branca. Entretanto, os veículos de mídia continuam mergulhados na idiotice esquerdista politicamente correta tentando de alguma forma encontrar chifres em cabeça de burro, ou seja, achar alguma coisa para desancar Donald Trump que continua mandando ver. Os semoventes que cobrem a Casa Branca, estão tendo chiliques variados. Estavam mal acostumados com o modus operandi de Obama e agora têm de enfrentar Sean Spice, o Secretário de Imprensa de Donald Trump. Nesta quarta-feira foi a vez da Associated Press dançar miudinho, conforme relatou o site Breitbart.

Sean Spice, o Secretário de Imprensa do Presidente Donald Trump, apascentando os andróides da grande mídia. Foto: Breitbart
O homem de topete fez mais uma vez barba e bigode. Decidiu despachar não na Casa Branca, mas no importante Departament of Homeland Security (Departamento Interno de Segurança dos Estados Unidos) cujo staff e funcionários formaram uma platéia ovacionando o Presidente Donald Trump (Vejam o vídeo que ilustra este post), e foi lá que ele anunciou que irá de fato construir um muro na fronteira com o México, locus por excelência de invasão de imigrantes ilegais, bandoleiros e porteira aberta para o tráfico de drogas e até mesmo de armas.
Além dessa decisão, outras ordens executivas foram assinadas por Trump que envolvem incentivos para turbinar a economia americana há 8 anos paralisada pelo desgoverno esquerdista-globalista de Hussein Obama.
Esse ato realizado na sede do Homeland Security foi o suficiente para quebrar o clima modorrento que atrasou os Estados Unidos nos últimos 8 anos da desastrada administração dos Democratas. Tanto é que imediatamente Dow Jones, a bolsa de valores, ultrapassou os 20.000 pontos, num recorde histórico espalhando seu efeito benéfico em nível global, ao influir no desempenho dos principais mercados mundo a fora.
E os alegres rapazes e raparigas da grande mídia tiveram que engolir em seco. As aborteiras sumiram das ruas, bem como os black blocs que estão em cana, ao mesmo tempo em que Dow Jones bombava pra valer, a mostrar que o bom e velho capitalismo continua sendo o único meio de turbinar a economia, criar empregos, melhorar a vida das pessoas e estabelecer a paz e a ordem. Portanto não há segredo. O sabor de inovação só comprova a deletéria dominação do neocomunismo edulcorado pela engenharia social ativada por meio do pensamento politicamente correto.
CUMPRINDO AS PROMESSAS
Como tenho assinalado aqui neste blog, sou velho de guerra do jornalismo. Comecei lá anos anos 70 do século passado e não me lembro de nada parecido com o que vem acontecendo depois da posse de Donald Trump. Haja vista que sempre foi regra geral o fato de que passada a refrega eleitoral o vitorioso assumia e já mudava o discurso de campanha sinalizado um retrocesso. Com Trump se dá ao contrário. Pelo menos até agora, desde que passou a despachar na Casa Branca, Trump não arredou um milímetro de suas promessas de campanha.
Muitas dessas promessas já se tornaram realidade pela emissão de inúmeras ordens executivas. A primeira delas foi aniquilar o típico "acordo caracu" que pôs a funcionar o tal TTP. Nesta quarta-feira, foi a vez da ordem executiva para projetar o muro que funcionará como um poderoso anteparo à invasão do país pela vagabundagem planetária a soldo do deletéria máquina de destruição do Mundo Ocidental manejada pela ONU, União Europeia e por uma miríade de ONGs sustentadas por vilões como George Soros.
Não tem preço ver a rapaziada das redações da grande mídia dançando miudinho. Tiveram que engolir em seco o estrondo de Dow Jones. Mas foram discretos ao dar a boa nova. Fosse o efeito de alguma medida de um governo esquerdista os andróides dsa redações da grande mídia teriam feito um escarcéu.
Enfim, a ascensão de Donald Trump ao governo da maior potência do Ocidente extrapola do ambiente doméstico americano. Já é um divisor de águas. É um novo marco que tem tudo para reorientar o curso dos acontecimentos em nível global. O tempo dirá. Mas Trump nos devolve agora, pelo menos, a esperança de salvar a nossa Civilização Ocidental.
O mundo dá muitas voltas. Os Estados Unidos já nos salvaram do nazismo, do fascismo e do comunismo que, afinal, são verso e anverso da mesma medalha. Mas neste século XXI a maldição do totalitarismo novamente se assanhou a ponto de subjugar 28 países da Europa, hoje todos nas mãos dos burocratas da União Europeia, comandados por gente como Angela Merkel e François Hollande. Afinal, Alemanha tem na sua história os fornos para cremar judeus; a França tem a guilhotinha e a morte de milhões de franceses por conta de sua dita revolução.
Que Donald Trump cumpra rigorosamente todas as suas propostas de campanha. Já estará de ótimo tamanho. Go Mr. #Trump! #Maga DO A.AMORIM

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

TRUMP, TPP E PROTECIONISMO: TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA NÃO SER MANIPULADO PELOS VELHACOS DA GRANDE MÍDIA.


Uma das notícias que tem servido para apimentar o indecente bacanal midiático é o fato de que o Presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu retirar os Estados Unidos da dita “Parceria Transpacífica”, mais conhecida como TTP, agasalhada pelo ex-Obama à revelia dos interesses do povo americano. Mas não é apenas isso. O que se deve levar em conta é o aspecto da geopolítica dita “globalista”, voltada a consumar talvez já na primeira metade da próxima década um governo mundial. O início desse esquema começa com o estabelecimento de “blocos econômicos”, que anulariam mais adiante independência dos Estados-Nação consumando um governo global.
Em linhas gerais é isso mais ou menos que está acontecendo a partir do fim da dita “guerra fria”, o desmonte da URSS e a queda do Muro de Berlim. Velho de guerra, Donald Trump sentiu o cheiro de carne queimada há muito tempo e prometeu durante sua campanha eleitoral retirar os Estados Unidos dessa encrenca. Em outras palavras, romper com os grilhões do globalismo significa salvar a nossa Civilização Ocidental, que mais não é que salvar o nosso bem mais precioso que é a liberdade! E já começou retirando os EUA dessa estrovenga neocomunista denominada TTP.
Sobre esse assunto a grande mída, sobretudo a pervertida e mentirosa Globo News e seus “universitários” convidados, vem distorcendo e mentindo sem qualquer cerimônia. Há algum tempo eles poderiam conseguir o intento de formar sozinhos a opinião pública. Mas com a internet, as redes sociais e os blogs e sites independentes é com a maior facilidade que podemos detonar William Wacca e aqueles tribufus que vociferam sem qualquer cerimônia uma torrente diária de mentiras.
O vídeo acima é um antídoto poderoso contra esses velhacos travestidos de jornalistas. O Alexandre Borges, publicitário, escritor e analista político decidiu levar ao ar este hangout com um expert em comércio exterior, Filipe Martins, com ampla atividade nessa área que é complexa.
Ouvir este bate-papo é fundamental para saber o que de fato está rolando e, por que, os alegres rapazes e raparigas (agora não tão alegres pela porrada recebida com ascensão de Trump) estão devotados a mentir sem qualquer cerimônia, tergiversar, iludir em proveito da maior jogada de poder absoluto sobre tudo e sobre todos pelo movimento globalista. Dia desses aquele orelhudo do Manhattan Conection, abriu aquela bocarra para fazer piada sobre o assunto, ou seja, fez gozação sobre o conceito de "globalismo". Já seu chefete, o Lucas Mendes, ficou tão alucinado com a vitória de Trump que dançou o minueto da derrota, a mostrar que a velhice não confere sabedoria para ninguém quando a burrice é congênita.
Portanto, recomendo que vejam o bate-papo neste vídeo para começar a entender por exemplo o que é o verdadeiro “livre comércio” sem as amarras das tais “regulações”, via de regra invocadas a todo momento pelos esquerdistas e praticadas pelos burocratas das deletérias União Europeia, ONU e demais organizações congêneres.
A verdade é que Donald Trump começou muito bem. Começou metendo o dedo na ferida aberta pelos burocratas e tecnocratas encastelados nos palácios instalados nos mais de 90 prédios que a União Européia possui em Bruxelas e que tinham em Obama e os Clintons os chefes da camorra decidida a apunhalar Tio Sam e mais adiante degolar os que ousam lhes dar combate. Não foi de graça que há algum tempo a mídia divulgou diariamente o terror islâmico degolando ocidentais.
Por isso essa canalhada midiática e o establishment estão desesperados. Quem sabe os caraminguás estão terminando...? De graça é que não é. DO A.AMORIM

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Janot dá o passe para Cármen Lúcia fazer o gol

Sérgio Lima/Folha
O procurador-geral da República Rodrigo Janot protocolou no Supremo Tribunal Federal um pedido de urgência na análise da delação coletiva de 77 ex-executivos da Odebrecht. Fez isso menos de 24 horas depois de se reunir com a ministra Cármen Lúcia. Na prática, o chefe do Ministério Público Federal ofereceu à presidente da Suprema Corte argumentos técnico-jurídicos para que ela, se quiser, homologue o pacote de delações até 31 de janeiro, quando termina o recesso do Judiciário.
Cármen Lúcia comanda o plantão do Supremo durante as férias dos ministros. Nesse período, cabe a ela tomar as decisões emergenciais. Com o pedido de Janot, a ministra fica mais à vontade para decidir sobre a conveniência de homologar as delações antes da escolha do substituto de Teori Zavascki na relatoria dos processos da Lava Jato. Parte dos ministros do Supremo entende que a homologação deve ser feita pelo futuro relator, não pela presidente do tribunal.
Antes mesmo da formalização do pedido do procurador-geral, Cármen Lúcia havia autorizado juízes auxiliares lotados no gabinete de Teori Zavascki a realizar a oitiva dos delatores, para checar a espontaneidade dos depoimentos prestados à força-tarefa da Lava Jato. Espera-se que o trabalho seja concluído até o final desta semana ou início da próxima.
A ministra e o procurador jogam em parceria. Ambos tentam evitar que a morte de Teori Zavascki resulte em atrasos injustificáveis à Lava Jato. Cármen Lúcia pediu a preferência. Janot ajeitou a bola. Cabe agora a presidente do Supremo driblar as resistências internas e decidir se chuta a gol. Na pior das hipóteses, a ministra entregará ao próximo relator uma bola redonda, pronta para o arremate. DO J.DESOUZA

Janot pede urgência em homologação das delações da Odebrecht

Em pedido encaminhado ao STF, procurador-geral convoca a ministra Cármen Lúcia a se manifestar sobre a condução da Lava Jato
Por Da redação
  Globo.com
Procurador-geral da República, Rodrigo Janot
(José Cruz/Agência Brasil)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, formalizou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de urgência na análise e homologação das delações da Odebrecht, colhidas no âmbito da Operação Lava Jato. Nesta segunda-feira, o procurador esteve reunido com a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia. Oficialmente, o encontro foi para que Janot prestasse condolências pela morte do ministro Teori Zavascki.
Janot tem demonstrado preocupação, nos bastidores, com o futuro da operação no tribunal após a morte do ministro Teori, com quem mantinha boa relação. Caberá a Cármen Lúcia decidir qual critério será utilizado para a redistribuição dos casos relativos à operação e, portanto, definir quem será o novo magistrado responsável por cuidar da Lava Jato no STF.
Na segunda, a presidente autorizou o andamento da análise da delação de 77 executivos e funcionários da Odebrecht pela equipe de juízes auxiliares de Teori. Com isso, serão realizadas as audiências com os executivos da empreiteira para confirmar se os delatores prestaram depoimento de forma espontânea. Antes de tomar a decisão, Cármen ouviu a opinião de colegas da corte, que a apoiaram.
Na prática, o pedido de Janot provoca a presidente do STF a se manifestar sobre a condução da Lava Jato. Isso porque a avaliação de ministros ouvidos reservadamente é que Cármen Lúcia pode dar andamento a trâmites que já vinham sendo feitos por Teori, mas caberá ao novo relator a homologação dos acordos.
Mesmo com a morte do ministro, os magistrados auxiliares seguem no gabinete até que o sucessor de Teori assuma e decida se vai manter a equipe. De acordo com o cronograma anterior que vinha sendo cumprido pelo gabinete, os juízes devem viajar para capitais onde irão ouvir os colaboradores.
(Com Estadão Conteúdo) 24 de janeiro de 2017 DO R.DEMOCRATICA