Governo quer pôr fim à farra dos petistas em emissora de televisão que ninguém vê, mas que paga salários milionários para petistas
Vamos aplaudir o presidente Michel Temer de pé! A Folha informa
nesta sexta que ele pretende pôr fim a uma das maiores sinecuras que há
no país: a TV Brasil, também chamada de TV Traço e TV Lula. É um dos
negócios que integram a EBC, a Empresa Brasileira de Comunicação, criada
em 2007. Alguns números falam por si.
Em 2008, o
Tesouro meteu R$ 123,3 milhões na EBC. No ano passado, R$ 496,1
milhões; neste ano, estão previstos R$ 535 milhões. Desde a sua criação,
já foram consumidos R$ 2,6 bilhões. A EBC tinha 1.462 funcionários;
hoje, está com 2.564. Seus custos de produção saltaram de R$ 61 milhões
para R$ 236,5 milhões.
A EBC é
formada por TV Brasil, Rádio, TV NBR, TB Brasil Internacional, Internet,
monitoramento de mídia e agência. O grande sumidouro de dinheiro é
mesmo a TV, que nunca conseguiu se encontrar com o telespectador. Entre
seus contratados, a peso de ouro, estão alguns dos nomes conhecidos do
jornalismo petista — essa contradição em termos —, com o Luiz Nassif,
Paulo Moreira Leite e Sidney Rezende.
Criada sob
o argumento de que seria apartidária e de que não serviria aos
interesses ideológicos do governo, a EBC — e particularmente a TV Brasil
— virou um cabide de empregos do petismo. Não! Ninguém vê os programas
de Nassif e afins. O que conta é o trabalho que esses contratados fazem
na Internet em defesa do PT, no ataque a seus adversários, na difamação
de figuras consideradas incômodas do Judiciário e na agressão permanente
à imprensa independente.
Em tese, a
EBC seguiria os passos da BBC, mas nunca conseguiu ser mais do que
bisonha. Os programas de TV no mais das vezes são risíveis, tal o
primarismo da linguagem e a sabujice a que se dedicam.
Segundo
informa a Folha, o governo vai mudar a lei que regula a EBC, o que vai
permitir o fim do conselho curador — um grupo formado de 22 integrantes,
com mandato de dois anos — que tomam as decisões mais importantes na
EBC. Isso vai permitir a demissão de Ricardo Melo, nomeado por Dilma no
apagar das luzes do seu governo. Ele já havia sido demitido, mas
conseguiu uma liminar no Supremo para voltar ao cargo.
Um país
que vai fabricar um déficit de R$ 170,5 bilhões não pode se permitir
manter uma maquina de empregar companheiros que consome mais de meio
bilhão de reais por ano. E para nada. Metade dessa dinheirama vai
justamente para a TV Brasil, a emissora que ninguém vê.
Reitero:
não se trata aqui de criticar a suposta eficiência do trabalho
ideológico da TV Brasil na defesa do petismo. Isso e bobagem.
Reitere-se: a emissora é ignorada. Ela só é usada como cabide de
empregos para alguns espertalhões que fazem o trabalho sujo do petismo
em outras plataformas.
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