Leiam trecho:
Sérgio Machado me parece o mais despudorado de todos os que fizeramdelação premiada.
Seja ou não verdade tudo o que diz, nota-se a sua disposição de
arrastar, e com certo prazer perverso, companheiros de viagem para a
lama na qual chafurdou e se refestelou sem quaisquer limites. Que tipo
de gente converte a própria família numa organização criminosa?
Ele é
também chegado a uma metáfora bastante crítica sobre o padrão de
governança no Brasil. Olha o próprio país com esgar de desprezo em razão
dos maus costumes de sua elite dirigente. Machado é certamente do tipo
que aprecia a honestidade e a rigidez de alguns governos europeus. Mas
deve considerar que isso não é pra nós.
Em solo
pátrio, ele prefere ser agente da bandalheira. Exportou um braço do clã,
um filho, para fazer safadeza lá fora. Roubava para partidos e roubava
para si mesmo. Consta que vai devolver R$ 75 milhões.
Uma de
suas expressões despertou em mim certo fascínio enojado, mas que dá o
que pensar. O homem afirmou que a Petrobras é “a madame mais honesta dos
cabarés do Brasil”. Bem, a minha primeira tentação é pedir que Machado
tenha mais respeito com os cabarés. Quando se trata de metaforizar, as
mulheres dedicadas a divertir os outros por dinheiro não merecem ser
associadas a boa parte dos políticos. Até porque têm o direito de fazer
as próprias regras para o seu corpo. A canalha que tomou conta do Estado
é que não tem o direito de usar o Brasil como propriedade privada.
(…)
Íntegra aqui
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Íntegra aqui
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