A divulgação de uma pesquisa do Ibope
feita entre 17 e 21 de outubro trouxe ótimas notícias, além da mais
falada de todas: a rejeição de 55% de Lula. É reconfortante notar que
Alckmin e Serra estão pagando o preço da desonra por terem misturado
oposição frouxa e até puxação de saco diante do governo Dilma. Veja mais:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece numericamente na frente, com 55% de rejeição (não votaria “de jeito nenhum”) entre os prováveis candidatos ao Planalto. Estão empatados tecnicamente com ele –a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais– José Serra (PSDB), com 54%, Geraldo Alckmin (PSDB), com 52%, e Ciro Gomes (PDT), com 52%.Além dos quatro, o Ibope mediu a rejeição a uma eventual candidatura de Aécio Neves (PSDB) e de Marina Silva (Rede). Marina é rejeitada por 50% dos entrevistados, e Aécio, por 47%.Lula fica à frente quando os entrevistados são perguntados em quem votariam “com certeza”: 23% apontaram o ex-presidente, ante 15% de Aécio e 11% de Marina. Serra tem 8%, Alckmin tem 7%, Ciro, 4%.A pesquisa mostra ainda um crescimento na rejeição de Lula, Aécio e Marina, nomes para os quais há dados comparativos de pesquisas feitas no ano passado. Em maio de 2014, apenas 33% não votariam em Lula “de jeito nenhum”. Aécio era apontado com 37% de rejeição e Marina, com 36%, em pesquisa de abril.A preferência por Lula também diminuiu no último ano. Em maio de 2014, 33% votariam no ex-presidente, dez pontos a mais que na pesquisa divulgada nesta segunda. Os índices de Aécio (13%) e Marina (9%) apareciam dois pontos abaixo do atual, portanto dentro da margem de erro.
Para entender este fenômeno, tente se
imaginar sendo escravizado a partir da decisão de uma pessoa que
resolveu te aprisionar em troca de R$ 10.000,00. Agora tente se imaginar
na mesma situação, mas pense que a pessoa que te aprisionou e te vendeu
como escravo não recebeu R$ 10.000,00, mas apenas um bilhete para um
sorteio (do qual participariam cerca de 50 pessoas), onde o prêmio fosse
este valor. Com certeza sua revolta aumentaria ao notar que sua
liberdade foi vendida por muito pouco. Não que a situação inicial fosse
mais moral, mas no segundo caso a desonra de seu algoz conseguiu a
proeza de se multiplicar.
É exatamente isso que o Sr. Alckmin tem
feito, juntamente com o Sr. Serra. Em nome de uma minúscula chance de
concorrer em 2018, abraçaram táticas para derrubar o impeachment. Ambos
sabiam que assim ajudariam a construir nossa escravidão – da qual nós
estamos tentando fugir, mas sem contar com a duplinha -, em troca de uma
verdadeira miséria. Se ainda falassem de chances reais a coisa seria
diferente. Mas ambos disputaram com Lula e Dilma e só revolveram fazer
discurso frouxo. Pelo menos nesse ponto, Aécio até que tentou um
pouquinho.
A pergunta é: que tipo de sensação
pessoas como Alckmin e Serra, que escolheram tentar sacrificar nossa
liberdade em nome de tão pouco, queriam evocar? Só é possível ter nojo
de atitudes como as que tomaram. Que isto sirva como lição, e que a
rejeição de ambos aumente ainda mais. Até o momento em que escolherem o
lado da liberdade, na luta contra o totalitarismo petista. DO CETICISMOPOLITICO
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