- Carlos Newton
Tribuna da Internet
Espera-se
que a TV Justiça transmita hoje a sensacional sessão do Tribunal
Superior Eleitoral, a primeira depois que o procurador-geral da Rodrigo
Janot apresentou seu parecer tentando arquivar a investigação dos
crimes eleitorais cometidos pelo PT na campanha eleitoral que elegeu
Dilma Rousseff e seu vice Michel Temer.
O
responsável pela prestação de contas chama-se Edson Antonio Edinho da
Silva, que é seguidor de Lula e incorporou o apelido ao nome. Como
prêmio pelos inestimáveis serviços prestados na campanha, ganhou uma
licença remunerada para que se submetesse a um radical implante de
cabelos e pudesse aparecer meses depois com novo visual, ao ser
agraciado com um cargo de ministro.
Edinho
Silva é o homem que sabia demais, igual ao filme de Hitchcock. Todas as
homenagens são devidas a ele pelo partido, e cargo de ministro é até
pouca coisa, digamos assim.
Na
aparência, o trabalho eleitoral de Edinho Silva parecia ter sido
perfeito e chegou até a ser aceito pela Justiça Eleitoral, mas a
aprovação foi com ressalvas, porque o relator, ministro Gilmar Mendes,
percebeu que o exame dos auditores do TSE fora superficial e merecia ser
refeito.
Agora,
a situação está de tal modo que já se vê a hora de Edinho Silva se
desesperar e arrancar os novos cabelos dos quais tanto se orgulha. O
fato é que adiantou a boa vontade de Rodrigo Janot, novo
engavetador-geral da República, que gentilmente tentou forçar o
arquivamento da ação criminal do PSDB contra a eleição de Dilma. O
Tribunal Superior Eleitoral simplesmente desconheceu este arroubo de
servilismo de Janot e vai tocar a ação para frente.
E
a primeira decisão do TSE será unificar as quatro ações, que ficarão
com o ministro Gilmar Mendes na relatoria, por ser do Supremo e ter
preferência.
Não
importa o pense ou tente o engavetador-geral Janot, a investigação será
retomada pelo Ministério Público de São Paulo, pela Polícia Federal e
pela própria Procuradoria. Entre seus pares, que apoiaram sua
recondução, pegou muito mal a decisão de atuar como advogado de Dilma
Rousseff, ao invés de se comportar com a isenção que se espera de um
procurador-geral da República.
Só
falta agora Janot inocentar o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), para
exibir in totum (como dizem os advogados) o acordo celebrado por
representantes dos três poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para
garantir a impunidade da presidente Dilma Rousseff.
Hoje,
o engavetador-geral Janot não vai comparecer ao TSE, onde será o prato
do dila. Mesmo sem o principal coadjuvante, a sessão de hoje é aguardada
com invulgar ansiedade. E se for adiada, não haverá problema, porque o
show recomeça na quinta-feira e a gente não pode perder, não é mesmo?
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