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A máquina de moer carne nazicomunopetralha ameaça vazar
para a mídia aliada que a tia da mulher de uma poderosíssima figura da
República também teria recebido muitas encomendas do dellivery do doleiro
Alberto Youssef, delator-premiado da Lava Jato. Este risco de chantagem vem
sendo usado, no submundo da política em Brasília, como força de convencimento
definitiva para que a cúpula do PMDB desista de apoiar, abertamente ou por
debaixo dos panos, a candidatura de Eduardo Cunha à presidência da Câmara dos
Deputados.
O movimento pode desestabilizar, ainda mais, a Presidenta Dilma
Rousseff - inimiga pessoal de Cunha (e vice-versa). O problema é que os gênios
do Palhaço do Planalto apostam, piamente, que o suposto envolvimento de Cunha
no esquema de corrupção da Petrobras e uma investigação rigorosa pelo
Ministério Público e pela Polícia Federal seria a única forma de impedir a
eleição dele para presidir a Câmara, no dia 1º de fevereiro. Nos bastidores, já
se dava como certo que o troco vingativo de Cunha contra o governo será ainda
maior.
Em diversas postagens em seu twitter, Eduardo Cunha reagiu
ao que classificou de armação: "No momento em que defendo a Câmara
independente, aparecem aqueles patrocinados não sei por quem a divulgar
parcialmente fatos inexistentes. Se a pólvora da bomba deles é dessa qualidade,
será tiro de festim na água. É lamentável que oponentes meus usem desse
expediente baixo tentando me desqualificar. Isso é uma tentativa política de
atacar a minha candidatura que não admitirei".
Eduardo Cunha ficou pt da vida com a reportagem do jornal
Folha de S. Paulo, revelando que o Ministério Público Federal vai pedir aval ao
Supremo Tribunal Federal para investigá-lo. O nome do deputado foi citado no
depoimento do policial federal Jayme de Oliveira Filho, que fazia entregas de
dinheiro em nome do doleiro Alberto Youssef. O policial afirmou que teria
levado valores ao parlamentar em sua casa no Rio de Janeiro. Eduardo Cunha
rebateu: "Repito, não conheço o cidadão, não fui acusado de nada e meu
endereço é outro completamente diferente”.
Eduardo Cunha tem apoio majoritário dos partidos na disputa contra
Arlindo Chinaglia (PT-SP). Quem corre por fora na disputa é Júlio Delgado
(PSB-MG), que recebeu o apoio do PSDB como candidato de oposição. A eleição de
Cunha é estratégica para o PMDB, na disputa interna de poder com os petistas.
Se Cunha ganhar, quem fica mais forte é o vice-presidente Michel Temer, mesmo
que o maçom inglês não o apóie abertamente. Se Cunha for derrotado, Temer terá
tudo a temer. Será o próximo a terminar triturado pelo moedor de reputações
nazicomunopetralha.
Além da guerra com o PMDB pela conquista da hegemonia
político, a cúpula próxima a Dilma precisa cuidar do flanco intestino no PT. Já
se avalia que terá elevado custo o desgaste que se amplia, silenciosamente,
entre Dilma e o Presidentro Lula da Silva. Entre adversários irônicos, já tem
quem chame tal confronto da luta entre "Debi" e "Lóide" -
dois personagens humorísticos de Hollywood.
Os grupos e tendências dentro do PT acirram seu
tradicional processo de autofagia. O resultado tende a ser monumentalmente
escatológico. Ainda mais se a crise econômica sair de controle, e a Lava Jato
provocar o efeito destrutivo a partir de fevereiro, quando tende a ser
denunciado o núcleo político da quadrilha que assaltava bilhões da Petrobras.
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