O jornal britânico Financial Times publica reportagem nesta
quinta-feira com crítica ao debate político na reta final das eleições
presidenciais no Brasil. Ao citar os ataques contra Marina Silva (PSB), o
jornal destaca a acusação de que o PT usou "táticas de difamação"
contra opositores.
O FT diz que a ex-ministra do Meio Ambiente acusa a campanha
de Dilma Rousseff (PT) de "espalhar mentiras". Entre as acusações que
teriam sido feitas contra Marina no 1º turno das eleições, estão a de
que a candidata era homofóbica. "Marina Silva acusa o PT de Dilma
Rousseff de usar servidores públicos para espalhar mentiras pelas redes
sociais e contatos comunitários, como o alerta de que a candidata que é
evangélica iria proibir videogames", diz o texto.
Em afirmação citada pelo jornal britânico, Marina diz que "uma coisa
terrível que eles (PT) disseram era que eu sou homofóbica e que uma
pessoa gay tentou se aproximar de mim e meus seguranças bateram com
tanta força que ele morreu". "Você não tem ideia do que essas pessoas
fizeram", completou a ex-ministra.
No segundo turno, a bateria volta-se contra o candidato Aécio Neves (PSDB) e o FT cita
a afirmação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou o
tucano a um nazista. "O tom negativo da campanha tem frustrado muitos
membros da crescente classe média baixa do Brasil que estão desesperados
para que os políticos debatam as questões críticas para o bem-estar,
como a melhora da saúde pública, transporte e segurança", diz o jornal.
A reportagem trata, também, de respostas de apoiadores do tucano que
comparam "a abordagem de Dilma Rousseff na economia com a de Cristina
Kirchner na Argentina, cujos métodos intervencionistas a fizeram
impopular com os mercados financeiros", diz o texto (VEJA)
DO CELEAKS-COTURNONOTURNO
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