Do outro lado estava Aécio Neves demonstrando leveza, bom humor entremeando suas assertivas com firmeza mas também sorrindo ironicamente quando o assunto assim demandava. Demonstrou o tempo todo descontração e segurança, mesmo quando a Dilma tentou esfolá-lo vivo. Não deu certo. Aécio manteve do começo ao fim do debate uma postura que tipifica o estadista: equilíbrio, ao contrário da Dilma, insegura e socorrida a todo o momento por um verdadeiro batalhão de assessores, como prova a foto que ilustra este post.
Todavia tem-se a lamentar o fato de que um país do tamanho e da complexidade do Brasil possa se reduzir na cabeça da Dilma e seus sequazes, a um programa assistêncial. O mérito de Fernando Henrique Cardoso não foi ter criado esses programas sociais como o bolsa família, mas o fato de jamais ter utilizado esses benefícios emergenciais (é assim que teriam de ser encarados) como um sistema de voto de cabresto.
OPRIMINDO OS OPRIMIDOS
Entretanto, a primeira coisa que o PT fez foi jogar na lata do lixo o seu tal projeto "Fome Zero" e transformar uma legião sofrida do povo brasileiro em viciados na ajuda estatal das bolsas, o que é por si só um crime de uma sordidez jamais vista. A cada campanha eleitoral, Lula reúne seus sequazes e parte pra cima daquele povo com ameaças as mais terríveis, brandindo a foice da morte pela suposta inanição que sofrerão num eventual governo do PSDB.
Na verdade, o PT subjuga boa parte do povo nordestino, tira dele a liberdade de votar livremente no candidato que desejar. Lula, Dilma e seus sequazes praticam literalmente a tortura contra esse povo pois deseja que eles permaneçam na penúria e tenha de ouvir a cada dois anos a ladainha da ameaça da fome, da desgraça e da morte.
O que acabo de sintetizar é a verdade mais evidente. O PT fala de liberdade da boca para fora, já que a sonega de uma imensa parcela de brasileiros, que ficaram conhecidos nos governos do PT como os "bolsas família", eternos dependentes de uma ajuda financeira que jamais irá tirá-los da miséria, a persistir a formatação que lhe foi conferida pelo PT.
Mas como não poderia deixar de ser esse foi o assunto repetido ad nauseam pela Dilma. É só isso que ela sabe fazer e dizer. Enquanto isso, Aécio Neves teve que se vacinar bem antes do pleito ao propor um projeto que transforma essa bolsa família em lei. Acrescenta, todavia, mecanismos voltados a tirar do estado miserável essas famílias de sorte a inseri-las na dinâmica da economia, fazendo de seus beneficiários verdadeiros cidadãos.
Mas isso não foi suficiente. Dia desses estava para ser votado esse projeto de Aécio mas pasmem, foram os petistas a ausentar-se do plenário para negar quorum, impedindo que fosse apreciado. Esse é o viés moral e ético do PT.
Assim como este e os outros debates havidos no primeiro turno e os próximos que virão por aí teremos que ver mais do mesmo, ou seja, a Dilma mais uma vez ameaçando os pobres e o Aécio Neves tendo de repetir à exaustão que não irá banir os tais programas sociais. E não vai mesmo, é claro.
OBSESSÃO PELO PODER
Então os grandes problemas nacionais passam longe dos debates. Aliás, Lula, Dilma, Mercadante, Mantega et caterva, na realidade não irão passar disso. Não têm condições de abordar os grandes problemas nacionais. Eles permanecem concentrados noite e dia desde que Lula subiu a rampa do Planalto com uma obsessão: não sair nunca mais do poder! O resultado dessa loucura se espelha na economia com a volta da inflação que tende a tornar-se galopante logo adiante. É assim que sempre acontece. Basta ver a Venezuela, que detém a maior jazida de petróleo do planeta, amargando uma inflação que bate nos 60% ao ano. O primeiro resultado dessa psicopatia bolivariana da qual faz parte do PT, foi gerar uma escassez de alimentos brutal naquele país outrora próspero.
O que está em jogo para o Brasil neste momento não é 'bolsa família" é a segurança dos cidadãos berasileiros no que concerne à economia, principalmente. E coube a Aécio Neves fazer este contraponto, advertir, meter o dedo na ferida. Ao mesmo tempo, pode sinalizar com absoluta clareza quem será o seu ministro da Fazenda. E aí Aécio não perdeu a oportunidade de ironizar: Dilma está no governo há quatro anos, demitiu seu ministro da Fazenda e até agora ninguém sabe quem será o eventual substituto. Isso quer dizer, ninguém sabe o que acontecerá.
É A ECONOMIA, ESTÚPIDO!
Prova disso é o comportamento da bolsa. O mercado não dorme de touca. Qualquer sinal de progresso de Aécio nas pesquisas indica para os investidores a possibilidade da segurança. Afinal, só o PT acredita que o mercado é uma jogatina, embora se saiba que dinheiro não dá em árvore. É a segurança jurídica, o comedimento dos gastos públicos e o fim da corrupção que robustecem a moeda e criam o ambiente de progresso que vai valorizar as ações das empresas. Jogatina uma ova. O mercado reflete a realidade da economia!
Para não me alongar afirmo que mais uma vez Aécio Neves foi o vencedor do debate. Mostrou-se seguro, claro, conciso, com excelente discurso e demonstrando um formidável conhecimento que vem acumulando durante pelo menos 30 anos de carreira política. Começou jovem, ao lado do saudoso Tancredo Neves, seu avô. E, como Tancredo, Aécio cultiva a educação e a calma ainda que o momento exija todo o rigor. Já disse em outra análise que formulei aqui no blog que este é um atributo muito importante de um estadista. Aécio tem de sobra o equilíbrio que Dilma nunca teve e jamais terá.
E para finalizar: ouvir Dilma falar em combater a corrupção é uma piada grotesca. Aécio tem sangue frio, manteve-se calmo o tempo todo e não fugiu de nenhuma pergunta, enquanto Dilma tergiversou o tempo todo.
Bom, depois de tudo que o Brasil tem passado sob os governos do PT, não é de admirar o franco favoritismo de Aécio Neves que, face a mais este debate, deve ter arrebanhado muito mais votos. DO ALUIZIOAMORIM
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