Renata Mariz
Publicação: 07/09/2014 08:00 Atualização:
Recém-divulgado pelo governo federal, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para o ensino médio, que permaneceu em 3,7 pontos — numa escala de 0 a 10 — entre 2011 e 2013, sintetiza bem a estagnação dessa etapa escolar no país, mas não revela com clareza consequências ainda piores da má qualidade dos colégios. Pouco atraídos pelo aprendizado, um em cada dez estudantes do antigo segundo grau abandona as salas de aula antes do término do ano letivo. Além disso, 12% reprovam e 30% dos matriculados estão com atraso de mais de dois anos no fluxo regular.
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Os dados do Ministério da Educação (MEC) desenham o cenário assustador do ensino médio no Brasil, sobretudo porque o público a que se destina, adolescentes e jovens, está naturalmente mais propenso a trocar o estudo pelo trabalho ou a simplesmente não buscar nem um nem outro — a chamada geração “nem-nem”, estimada em um a cada cinco brasileiros de 15 a 29 anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Especialistas em educação chamam atenção para a urgência de uma reforma no sistema de ensino, sob pena de um retrocesso em conquistas sociais recentes.
Para a professora Mônica Cavalcanti, que leciona na rede pública do Distrito Federal e é doutoranda em educação pela Universidade de Brasília, o colapso atual do ensino médio é um acúmulo de práticas inadequadas desde os primeiros anos do ensino fundamental, a exemplo do afrouxamento na avaliação dos alunos.
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DO CORREIOBRASILIENSE
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