Por Gabriel Castro, na VEJA.com:
A oposição quer que Meire Poza, a contadora de Alberto Yousseff, compareça à CPMI da Petrobras e à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara para falar sobre as engrenagens da quadrilha que girava em torno do doleiro pego na Operação Lava Jato da Polícia Federal. Meire revela detalhes do esquema de propina em reportagem publicada por VEJA nesta semana. A contadora confirma que parlamentares como o deputado André Vargas (PT-PR) e o senador Fernando Collor (PTB-AL) se aliaram ao doleiro em um esquema de lavagem de dinheiro que tinha prefeituras petistas como uma de suas principais fontes de recursos. Ela também relatou como empreiteiras que mantém contrato com estatais e órgãos públicos repassavam dinheiro para o esquema.
A oposição quer que Meire Poza, a contadora de Alberto Yousseff, compareça à CPMI da Petrobras e à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara para falar sobre as engrenagens da quadrilha que girava em torno do doleiro pego na Operação Lava Jato da Polícia Federal. Meire revela detalhes do esquema de propina em reportagem publicada por VEJA nesta semana. A contadora confirma que parlamentares como o deputado André Vargas (PT-PR) e o senador Fernando Collor (PTB-AL) se aliaram ao doleiro em um esquema de lavagem de dinheiro que tinha prefeituras petistas como uma de suas principais fontes de recursos. Ela também relatou como empreiteiras que mantém contrato com estatais e órgãos públicos repassavam dinheiro para o esquema.
O líder do
DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), diz que o partido vai apresentar os
requerimentos na próxima semana, em conjunto com os outros partidos da
oposição. O partido promete tratar o tema como prioridade. “É uma
testemunha-bomba que atesta todas as evidências, muito claras, do
envolvimento de Youssef com a Petrobras, parlamentares e personagens
importantes do governo federal”, diz Mendonça Filho. O PPS também cobra
que a contadora seja ouvida pelo Congresso. “Esta mulher conheceu, como
poucos, a arquitetura e a operação do sofisticado esquema de lavagem de
dinheiro que atingiu 10 bilhões de reais”, diz o líder do partido na
Câmara, Rubens Bueno (PR), que também integra a CPMI.
A Câmara
dos Deputados faz um esforço concentrado na primeira semana de setembro,
quando os parlamentares poderiam tomar o depoimento da contadora na
Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Já a CPMI da Petrobras
não teve os trabalhos interrompidos durante o período eleitoral e, em
tese, poderia ouvir Meire Poza antes disso. O presidente do colegiado,
senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), calcula que a contadora pode ser ouvida
daqui a três semanas: “Temos depoimentos marcados para as duas próximas
semanas. Se o requerimento for apresentado, será votado como qualquer
outro”, afirma.
Tanto na
Comissão de Fiscalização Financeira quanto na CPMI da Petrobras, Meire
não seria obrigada a comparecer porque não ocupa cargo público. Ela iria
ao Congresso na condição de convidada. O doleiro Alberto Youssef foi
preso na operação Lava Jato, da Polícia Federal. Ele era figura central
em um esquema bilionário de lavagem de dinheiro abastecido com recursos
públicos desviados.
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