A
presidente Dilma Rousseff comemorou nesta terça-feira, 1° de julho, ter
atingido a marca de 2,5 milhões de seguidores no Twitter. A notícia foi
comemorada por partidários da presidente e ganhou espaço na imprensa
nacional. Mas, tudo indica que enorme parcela dessa suposta popularidade
pode ser fruto de falsificação.
Mensagem publicada no perfil da presidente no Twitter.
Uma pesquisa realizada através do aplicativo Status People, ferramenta de análise de dados em redes sociais, revelou que do total de seguidores da conta da presidente no Twitter (@dilmabr), 1,56 milhões (62%) são falsos – ou seja, não correspondem a pessoas reais – e outros 678 mil (27%) são usuários inativos, que pararam de acessar suas contas no Twitter. Portanto, dos 2,51 milhões de seguidores da presidente, 2,24 milhões (89%) são falsos ou inativos, segundo o aplicativo.
Relatório gerado pelo aplicativo Status People, em 03/07/2014.
Outro dado curioso apontado pela
pesquisa diz respeito ao idioma dos seguidores: 2,05 milhões (81,6%)
utilizam outros idiomas que não o português – embora a presidente Dilma
somente envie mensagens em português. A maior parcela dos seguidores é
de língua inglesa (46,6%), seguido por portuguesa (18,4%), espanhola
(12,1%), turca (4,3%) e francesa (3,9%). Seguidores de língua indonésia,
árabe, russa e japonesa somam 10,1%, ou 254 mil seguidores.
O Status People é um aplicativo
utilizado por “marketeiros” virtuais como ferramenta de suporte ao
gerenciamento de contas e campanhas de marketing no Twitter.
Segundo o site da empresa, o aplicativo analisa uma amostra dos
seguidores da conta no Twitter, comparando o perfil e as atividades
desses seguidores com critérios que indicam usuários falsos, como por
exemplo, não ter seguidores e não enviar mensagens.
Em setembro de 2013 o jornal britânico Daily Mail utilizou essa mesma ferramenta
para avaliar o número de seguidores falsos em perfis de políticos
americanos no Twitter. Na ocasião, o presidente americano Barack Hussein
Obama
liderava a lista, com 53% de seguidores falsos em seu perfil. Ao menos
nesse quisito, a presidente Dilma Rousseff ganhou dos políticos
americanos de lavada.
Comércio de seguidores falsos
Existem empresas na internet especializadas em vender seguidores falsos para usuários no Twitter e outras redes sociais. Um exemplo é a FastFollowerz, onde 100 seguidores custam U$9. Mas o que leva um usuário a pagar por esse serviço?
O motivo está diretamente relacionado ao
comportamento psicológico dos usuários do Twitter, que tendem a seguir e
a confiar mais em pessoas cujos perfis possuem muitos seguidores. Isso
torna as publicações dessas pessoas mais relevantes aos olhos dos seus
seguidores reais. Em poucas palavras: comprar seguidores falsos é uma
maneira de tentar comprar legitimidade para influenciar pessoas na
internet.
Não é possível afirmar que os
administradores da conta da presidente Dilma Rousseff estejam usando
esse recurso – embora existam indícios, como por exemplo a quantidade de
seguidores de línguas estrangeiras. Tão pouco pode-se concluir que,
caso estejam contratando tal serviço, o fazem com uso de dinheiro
público. Mas essas questões tornam-se secundárias diante dos últimos
acontecimentos políticos do país. Estes sim provocam questionamentos
mais urgentes.
Quanto tempo passará até que esses
falsos seguidores de Dilma Rousseff na internet ganhem vida, milagrosa e
oportunamente, incitando e legitimando a implantação de políticas que,
embora contrárias aos anseios dos brasileiros reais, fazem parte da
agenda oculta – ou nem tanto – do PT e de organismos supranacionais
esquerdistas, como o Foro de São Paulo?
As tais “vozes das ruas” – seja lá o que
isso signifique – serviram para justificar a assinatura de um decreto
nos moldes totalitários bolivarianos – Decreto 8243/14 -, que submete o
país às vontades de conselhos populares controlados por minorias a mando
do próprio governo. Resta saber que futuro desagradável nos reservam
essas falsas “vozes da internet”.
E, aproveitando a deixa: siga nosso perfil no Twitter. Pode ficar tranquilo, nós somos de verdade.
DO OBSERVATORIO CONSERVADOR
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