segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

“Assassinato de Reputações — Um Crime de Estado”

 QUEM FOI QUE MENTIU? Fotos provam que o delegado Tuma Junior, autor do livro-bomba de denúncias contra o lulalato, foi, sim, agente do DOPS

Num dos trechos da entrevista a VEJA, o repórter Robson Bonin lembra ao ex-secretário nacional de Justiça durante três anos no governo Lula, Romeu Tuma Junior, que, no livro Assassinato de Reputações, o delegado afirma que o ex-presidente Lula foi informante da ditadura. “É uma acusação muito grave”, ressalva o entrevistador. Segue-se a resposta:
– Não considero uma acusação. Quero deixar isso bem claro. O que conto no livro é o que vivi no DOPS. Eu era investigador subordinado ao meu pai [delegado Romeu Tuma, futuro chefe da Polícia Federal e, depois, senador da República, morto em 2010] e vivi tudo isso. Eu e o Lula vivemos juntos esse momento. Ninguém me contou. Eu vi o Lula dormir no sofá da sala do meu pai, presenciei tudo. Conto esses fatos agora até para demonstrar que a confiança que o presidente tinha em mim no governo, quando me nomeou secretário nacional de Justiça, não vinha do nada. Era muito tempo. O Lula era informante do meu pai no Dops.
Publicada a entrevista, blogueiros alinhados com o lulopetismo começaram a ironizar e desmentir a declaração, alegando que supostamente Tuma Junior não tinha, em 1980, idade para ser agente do DOPS, a extinta polícia política de São Paulo.
Como este blog publicou esse trecho da entrevista, alguns leitores, por meio de comentários profundamente desrespeitosos e ofensivos — e que, portanto, foram deletados — também zombaram do colunista, alegando que um jovem de “dezesseis anos e meio” não poderia trabalhar na polícia em 1980.
Nesta segunda-feira, Reinaldo Azevedo informou que Tuminha nasceu em 1960, não em 1963.
As fotos abaixo mostram quem tinha razão — e quem mentiu.
Caderno fotos 01-3
Tuma Junior, de bigode e camisa branca, à direita, acompanha o casal Lula da Silva na porta do DOPS, como agente que era. A pedido do pai, ele serviu como guarda-costas do mais ilustre hóspede que por ali passou. São Paulo, maio de 1980 (Foto: arquivo pessoal)
Tuma Junior de bigode, terno claro e gravata preta, com o presidente João Baptista Figueiredo, na antiga Ala Oficial do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em 1981 (Foto: arquivo pessoal)
 Caderno fotos 01-4
Em operação do DOPS, no início da década de 1980 (Tuma Junior está à direita, em primeiro plano, de blusa xadrez escura). Ao fundo, veem-se os dois agentes que, por ordem do delegado Romeu Tuma, acompanharam Lula em sua visita secreta à mãe, Dona Lindu: Armando está à esquerda e Oswaldo à direita, ambos com bigode (Foto: arquivo pessoal)
REV VEJA-10-12-2013

A república do despudor



Por Estadão

Hábito ancestral e nefasto que só piora com os exemplos que vêm de cima, o despudor das autoridades brasileiras no trato da coisa pública afronta diariamente uma sociedade que só não reage com a indignação cabível porque — é a triste realidade — de algum modo ela se mostra desgastada pela deterioração dos valores morais e éticos que devem presidir a convivência social civilizada.
Só isso pode explicar o fato de o presidente do Senado e do Congresso Nacional, o notório Renan Calheiros, permanecer no comando de um dos Poderes da República depois de ter convocado cadeia nacional de rádio e televisão, no último dia 23, para, entre outros floreios, vangloriar-se de austeridade nos gastos públicos, poucas horas após ter reincidido na requisição irregular de um jato da FAB, desta vez para viajar de Brasília ao Recife a fim de se submeter a urgentíssimo implante capilar.
Tanto com a intervenção cirúrgica a que se submeteu quanto com o teor do pronunciamento que fez poucas horas depois à Nação, o senador alagoano revela-se extremamente fiel a um princípio que orienta a carreira dos políticos bem-sucedidos “da hora”: salvar sempre as aparências.

Mal o verdadeiro objetivo da viagem “oficial” do presidente do Senado ao Recife veio a público, o próprio apressou-se em anunciar que consultaria a FAB para saber se podia ou não ter requisitado o avião e que, se fosse o caso, faria o devido reembolso aos cofres públicos.
Por inverossímil e absurdo que pareça, é isso mesmo: o chefe de um dos Poderes da República, reincidente específico em casos dessa natureza, que certamente dispõe de especialistas em qualquer assunto legal nos quadros de sua ampla assessoria, achou que precisava perguntar à Aeronáutica se podia ou não podia ter usado uma aeronave oficial para melhorar sua aparência, inclusive com um retoque nas pálpebras ligeiramente caídas. Seria uma piada de mau gosto, se não fosse um escárnio à Nação que paga impostos e respeita as leis.
Renan Calheiros tem um retrospecto de conflito com o artigo 37 da Constituição, segundo o qual a administração pública “obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”. Em julho último, já tinha ido de jatinho da FAB a Trancoso, na Bahia, para a festa de casamento da filha de um colega do PMDB.
Quando a imprensa denunciou o abuso, mais do que depressa Calheiros reembolsou a FAB em R$ 32 mil, antes mesmo de qualquer manifestação das autoridades aeronáuticas. Mas parece não ter aprendido muito com a experiência.
Muito pior do que essas lambanças aéreas, no entanto, foi o senador alagoano ter sido forçado, em 2007, a renunciar à mesma presidência do Senado que hoje ocupa, por causa das várias denúncias de corrupção de que era alvo e que resultaram na apresentação, por seus pares, de seis representações ao Conselho de Ética da Casa pedindo a cassação de seu mandato.
Renunciando à presidência da Casa, mas não ao mandato de senador, Calheiros acabou sendo absolvido por seus pares de todas as acusações que lhe eram feitas, inclusive a de que uma empreiteira pagava polpuda pensão para o sustento de filho havido fora do matrimônio.
Mas, como já dissemos, o despudor é generalizado nos quadros da administração pública e o exemplo vem de cima. Quando a presidente Dilma Rousseff, movida pela ambição de permanecer no cargo e pela enorme pressão de Lula e do PT, abandona a rotina de uma governança que não tem enfrentado poucos problemas para atropelar o calendário e se concentrar numa intensa agenda estritamente eleitoral, não só dá um péssimo exemplo, como sinaliza que não há limites – nem os da lei eleitoral – para os detentores do poder.
O argumento para justificar a multiplicação das viagens presidenciais por todo o país, com objetivos inegavelmente eleitorais, foi dado recentemente pela ministra-chefe da Casa Civil da Presidência, Gleisi Hoffmann: depois de quase três anos de operosa gestão, chegou a hora de o governo “entregar” suas realizações à população. O despudor, como se vê, não é monopólio de Renan Calheiros.
29/12/2013

LIVRO TUMA


DA SÉRIE "COISAS QUE NÃO CONSIGO ENTENDER"
Percival Puggina

Estou lendo o livro de Romeu Tuma Junior, "Assassinato de Reputações", que apenas anteontem consegui receber da Saraiva. Do pouco que já li não entendo como Lula, até agora, se manteve calado como se o livro não existisse.


Não imagino que alguém no Brasil, qualquer que seja seu nível de formação e informação, ainda tenha ilusões sobre o caráter de Lula. Mas o livro conta que a nação vem sendo iludida e que o país acabou presidido por um perfeito canalha. Canalha desde sempre, desde moço, para quem o passar dos anos não fez mais do que alargar os círculos nos quais aplica, com destreza, o conjunto de seus defeitos morais.

Um livro desses, cem anos atrás, acabaria em duelo. Hoje, não tem como não acabar em indignada entrevista (à imprensa) ou em demolidora audiência (na Justiça). O silêncio de Lula quando flagrado em suas estripulias é costumeiro. Que o digam Rose e Maria Letícia. Mas o silêncio de Lula, também perante o livro do Tuminha, precisa ser gritado à nação. Talvez com força suficiente para despertá-la.

DO LILICARABINA

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Pedido para criação da CPI da Copa é protocolado no Congresso

 Com o apoio de partidos governistas, a oposição protocolou nesta quarta-feira pedido para a criação da CPI da Copa do Mundo no Congresso. Os deputados e senadores querem investigar indícios de superfaturamento em obras da Copa, especialmente na construção de estádios.
Os oposicionistas conseguiram o apoio de 192 deputados e 28 senadores para a criação da comissão parlamentar de inquérito --21 assinaturas a mais que o mínimo na Câmara, e uma a mais no Senado. Até a leitura do pedido em sessão do Congresso Nacional, o que vai ocorrer somente em agosto, os congressistas podem retirar ou acrescentar assinaturas.
Se houver a retirada de assinaturas do pedido de criação da CPI, a comissão também pode não ser instalada. O mínimo previsto pelas regras do Congresso é de 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores.
A leitura do pedido tem que ocorrer em sessão do Congresso, por isso depende da vontade política do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) --que é aliado do governo federal. Como os deputados e senadores entram em "recesso branco" a partir de amanhã, em férias de 15 dias, a leitura vai ocorrer somente no segundo semestre.
O Palácio do Planalto trabalha, nos bastidores, para convencer aliados da presidente Dilma Rousseff a não apoiarem a criação da CPI. O governo quer evitar desgastes à imagem da Copa de 2014, já que a CPI tem o prazo previsto de funcionamento de 180 dias (seis meses), prorrogáveis por igual período --o que pode manter a comissão funcionando até o início do mundial de futebol.
"Existe um fato, provas, indícios que justifiquem uma investigação feita pelo parlamento? A avaliação no PT é que não foram apresentados fatos concretos, como manda a Constituição", disse o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI).
Idealizador da CPI, o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) disse estar otimista para a instalação da comissão depois dos protestos populares que mobilizaram o país. "Os indícios de superfaturamento são muito fortes. A pressão para se investigar está acontecendo há muito tempo. As redes sociais têm nos ajudado muito, vamos fazer pressão para que não tenha a retirada de assinaturas", afirmou.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que a instalação da CPI será um "teste" para o Congresso após as manifestações populares. "O escandaloso superfaturamento das obras exige uma investigação para a punição dos envolvidos. Há superfaturamento, isso é fato. O importante é se identificar os responsáveis."
CRÍTICAS
No pedido de criação da CPI, a oposição questiona afirmações da presidente Dilma Rousseff e do ministro Aldo Rebelo (Esportes) de que não houve uso de recursos do Orçamento da União nas obras dos estádios.
"O governo federal usou em obras da Copa dinheiro público que poderia, sim, ser usado na educação e na saúde. A afirmação de que não há recursos do Orçamento pretende desviar a atenção da opinião pública, fazendo crer que não há emprego de recursos públicos em geral, e isso é falso", diz o documento.
Os oposicionistas também afirmam que o governo se omitiu na prestação de contas dos recursos usados na construção de estádios porque parte deles "teriam sido apropriados por entidades privadas".

"Recursos que deveriam estar sendo destinados à educação, saúde, mobilidade urbana e à segurança pública podem estar sendo empregados para irrigar empreendimentos privados", diz a oposição no pedido de criação da CPI. GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA DA FOLHA...

terça-feira, 16 de julho de 2013

No vídeo em que tratou pela primeira vez da patifaria com o Bolsa Família, Dilma qualificou de criminosos os companheiros da Caixa Econômica que já começou a absolver


Em 20 de maio, no comício em Pernambuco que precedeu o primeiro banho de mar do navio petroleiro Zumbi dos Palmares, a presidente da República abriu uma clareira na floresta de menções amalucadas ao personagem que batizou a embarcação, frases sem pé nem cabeça sobre a seca do Nordeste e meia dúzia de pitos na inflação. Dilma Rousseff achou indispensável tratar também do crime hediondo praticado dois dias antes contra os beneficiários do maior programa oficial de compra de votos do mundo ─ e, por consequência, contra o governo que dele se beneficia. O vídeo de 1:36 eternizou a mistura de precipitação, oportunismo eleitoreiro, pilantragem irresponsável e pontapés na língua portuguesa:
“Pois muito bem, o que aconteceu no Brasil sábado?”, pergunta Dilma Rousseff, que já tem a resposta pronta na cabeça habitada por um neurônio só: “Espalhou-se um boato falso, negativo, um boato que leva intranquilidade às famílias mais pobres deste país, que são aquelas que recebem o Bolsa Família. Qual era o boato? O boato era que o governo federal não ia pagar o Bolsa Família. É algo absurdamente desumano o autor desse boato. Por isso, além de ser desumano, ele é criminoso, por isso nós colocamos a Polícia Federal para descobrir a origem de um boato que tinha por objetivo levar a intranquilidade aos milhões de brasileiros que nos últimos dez anos estão saindo da pobreza extrema. ”Eu queria deixar, e aproveitar aqui a imprensa e deixar claro: o compromisso do meu governo com o Bolsa Família é um compromisso forte, profundo e definitivo”. 
Imediatamente, como recorda o editorial do Estadão desta terça-feira, começou o desfile dos áulicos. No mesmo dia 20, Maria do Rosário, que se apresenta como ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, fantasiou-se de detetive para, simultaneamente, espancar o idioma, agradar à comandante e garantir o emprego com a elucidação do crime pelo Twitter: “Boatos sobre fim do bolsa família deve (sic) ser da central de notícias da oposição. Revela posição ou desejo de quem nunca valorizou a política”.
Animado com a pilantragem eleitoreira que resultaria em mais um tiro no pé, José Eduardo Cardozo passou a tarde e a noite decorando advérbios antes de entrar em cena na manhã seguinte: “Evidentemente houve uma ação de muita sintonia em vários pontos do território nacional, o que pode ensejar a avaliação de que alguém quis fazer isso deliberadamente, planejadamente, articuladamente”, caprichou o ministro da Justiça com que sonham todos os fora-da-lei.
Na muda desde a descoberta do escândalo em que se meteu ao lado da segunda-dama Rose Noronha, Lula recuperou a voz uma semana mais tarde para emitir seu parecer: “O que mais falar com um ato de vandalismo desse?”, miou o ex-presidente em 27 de maio. ” Ou seja, eu só espero que se descubra quem fez isso, porque brincar com as pessoas mais pobres desse país é, eu diria, uma ofensa”.
Na primeira semana de apurações, soube-se que mais de 600 mil famílias recebiam a mesada em dobro. Menos de dois meses depois da denúncia registrada no vídeo, a Polícia Federal concluiu as investigações com a constatação que um sherloque boliviano poderia ter feito sem sequer dar as caras no Brasil: os culpados foram os companheiros da Caixa Econômica Federal que resolveram antecipar o pagamento do Bolsa Família e depositaram o dinheiro mais cedo. Que punições serão aplicadas ao bando formado por incompetentes e espertalhões, uns e outros desprovidos do sentimento da vergonha?
Nenhuma, avisa o comportamento dos declarantes desde que a PF confirmou que a bandidagem está logo ao lado. Dilma emudeceu. Nesta terça-feira, falou por ela o ministro Cardozo: “Havia depoimento que dizia que uma empresa de telemarketing havia informado que o Bolsa Família estava acabando e, com base nisso, a PF atuou na perspectiva de descobrir que empresa seria essa, pedindo inclusive a quebra do sigilo telefônico da pessoa que declarou ter recebido a ligação”, desandou em dilmês de porta de cadeia. “Só que, por uma série de contingências, não se chegou ao resultado se esta empresa teria encaminhado ou não. Há um conjunto de situações que talvez tenham concorrido para isso”.

Tradução: como os delinquentes são gente nossa, ocorreu aquele tipo de crime em que só há inocentes entre os culpados. Os comparsas já começaram a absolvê-los. Assim será até que as multidões indignadas voltem à rua para demolir de vez  a usina de monumentos à impunidade
DO AUGUSTO NUNES-REV VEJA

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Desespero da presidenta


The New York Times faz análise das atitudes de Dilma diante de protestos
#vemprarua
The New York Times
Artigo diz que ao pedir conselhos para Lula, a presidenta passa por marionete do mentor
A inabilidade política da presidenta Dilma foi tema de um artigo do The New York Times, escrito pelo desafeto de Lula, Larry Rohter. Aquele do visto suspenso, etc. Em seu artigo, Rohter faz uma análise das decisões da presidenta, desde o início dos protestos, e praticamente todas se voltaram contra ela.
Constituinte, plebiscito e até o dinheiro dos royalties para a educação e saúde, segundo Rohter, são ideias jogadas ao vento e sem nenhum efeito prático. As manifestações continuaram e a presidenta ficou sem saber o que fazer.
“Um mês após surgirem manifestações contra a corrupção oficial, superfaturamento das obras de infraestrutura e dos estádios da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, brutalidade policial e inúmeros outros assuntos, uma nuvem de desespero aparece no governo dela”, diz o artigo.
O jornalista ainda lembra as vaias que tem atormentado a presidenta, inclusive quanto às recebidas pelos prefeitos, logo após anunciar a liberação de R$ 3 bilhões para a Saúde nos municípios. Greves e fogo amigo tem atormentado Dilma como se não fosse sobrar ninguém para estender-lhe a mão.
O analista político Bolívar Lamounier, ouvido por Rohter, foi taxativo. “O que estamos vendo agora era óbvio durante a campanha: Ela não tem tino para a coisa, não tem jogo de cintura”.
De acordo com o texto, é visível que Dilma não sabe o que fazer, muito menos, como se portar em um cargo eletivo.
Tanto que no momento em que decidiu se aconselhar com o seu padrinho político, Lula, ela, a presidenta da República Federativa do Brasil, se deslocou para vê-lo.
Não falou ao telefone, não o convocou para um encontro na capital, ela foi ao encontro do mentor.
Isso teria deixado claro para a população que ela não está no comando e era apenas uma marionete nas mãos de Lula.
 14 de julho de 2013 
DO R.DEMOCRATICA 

sábado, 13 de julho de 2013


Governo Dilma
Nenhum governo pode funcionar de forma adequada com 39 ministros
Além da economia de recursos, uma redução nesse número serviria como um sinal de que a presidente se preocupa com a eficiência da gestão
Gabriel Castro
 de Brasília

Veja.com

Reunião ministerial de janeiro de 2012: o retrato da paralisia
(Roberto Stuckert Filho)
Se a presidente Dilma Rousseff decidir realizar reuniões semanais com seus ministros, ouvindo um por semana a partir de 1º de janeiro do ano que vem, a tarefa estará concluída apenas em 24 de setembro.
Nunca houve tantos nomes no primeiro escalão do governo brasileiro: 39. Em seu pior momento desde que assumiu o cargo, com popularidade em queda livre, Dilma enfrenta pressões para enxugar a máquina, mas esbarra no dilema de ter de desalojar aliados importantes na sua engenharia para tentar a reeleição.

A visão equivocada de que o governo deve regular cada aspecto da vida dos cidadãos e as alianças fisiológicas, em que os cargos são moeda corrente, são os dois pilares da estrutura paquidérmica do Executivo federal.
Há décadas, os dezenove prédios alocados por Lúcio Costa na Esplanada dos Ministérios são insuficientes para abrigar adequadamente o primeiro escalão do governo - muitas pastas funcionam hoje em salas improvisadas. O presidente Fernando Collor tinha doze ministros. Fernando Henrique Cardoso elevou o número para 21.
Lula deixou o cargo com 35 ministros. Dilma já criou quatro pastas. A última delas, da Micro e Pequena Empresa, foi inaugurada de forma indisfarçada, somente para acomodar o PSD, partido criado para arrebanhar oposicionistas que queriam mudar de lado.

"Esses 39 ministérios são um sinal evidente de que o governo brasileiro caminha na contramão da história, na direção do patrimonialismo", diz o professor José Matias-Pereira, do Departamento de Administração da Universidade de Brasília (UnB).
"Essa quantidade enorme de ministros provoca um campo de conflito", afirma.

Os exemplos são muitos. O Brasil possui, ao mesmo tempo, um ministério da Agricultura e um do Desenvolvimento Agrário. Acontece que, para tomar a decisão sobre uma desapropriação de terra, por exemplo, o segundo depende de informações que estão em poder do primeiro.
Um proprietário rural que mantenha um tanque de criação de peixes também precisará lidar com o Ministério da Pesca e Aquicultura. E todos os produtores dependem de licenças do Ministério do Meio Ambiente. A ampliação das equipes, em vez de ajudar a fluidez do trabalho, atrapalha porque fragmenta as decisões.

"Se você pegar esses quatro ministérios e construir um único, estratégico, economizará recursos e ganhará eficiência", diz José Eustáquio Ribeiro, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que estudou o impacto da fragmentação administrativa sobre o agronegócio.
A (des)articulação política
Apesar de ter uma equipe gigantesca, a presidente Dilma Rousseff não consegue resolver o problema da articulação política com o Congresso. Ao assumir o cargo, em 2011, ela nomeou o deputado petista Luiz Sérgio (RJ) para a Secretaria de Relações Institucionais.
Desautorizado pela própria Dilma e desrespeitado pelos parlamentares, ele fracassou. No lugar de Luiz Sérgio, assumiu a senadora Ideli Salvatti, também do PT.
Com mais autonomia do que o antecessor, ela angariou fama de má negociadora, e nunca encantou os deputados de partidos aliados, o que rende dores de cabeça ao governo.

Agora, em meio a uma crise com sua base no Legislativo, Dilma recorreu ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para tentar colocar ordem na casa.
O improviso revelada a falta de planejamento do Executivo. E a articulação política continua frouxa: na prática, é o vice-presidente, Michel Temer, quem sempre é chamado para acalmar o Congresso.

A Secretaria de Assuntos Estratégicos, criada por Luiz Inácio Lula da Silva para pensar ações a longo prazo, serve apenas para mostrar como o governo é incapaz de pensar a longo prazo: em seis anos de funcionamento, a pasta teve uma participação nula na formulação de políticas de governo.
A presidente Dilma Rousseff não ouve o ministro Marcelo Néri para programar suas ações de governo.

Até 2003, quando Lula criou o Ministério do Turismo para abrigar aliados, a pasta funcionava juntamente com o Ministério do Esporte. Desde então, o avanço no número de turistas no país foi pequeno. Profícua, por sua vez, foi a produção de escândalos: o Turismo, que tem um orçamento de 3,4 bilhões de reais para 2013, foi alvo de sucessivas investigações por causa de desvios em emendas parlamentares.
A função primordial do ministério pode ser exercida pela Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), cujo orçamento é de 207 milhões de reais.

Confusão - A falta de clareza nos níveis de hierarquia é outro entrave no funcionamento da máquina. Um mau hábito do governo é a concessão de status de ministro a quem não comanda um ministério. Nessa conta estão, por exemplo, o chefe da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, e da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, dispõe do mesmo cacife por uma razão nada nobre: em 2004, para permitir que Henrique Meirelles tivesse foro privilegiado e escapasse de um processo judicial, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou ministro o então presidente do Banco Central.
Os sucessores no comando do BC continuam dispondo da prerrogativa. Com isso, cria-se a situação absurda de um ministro (Tombini) hierarquicamente inferior a outro ministro (o da Fazenda, Guido Mantega).

A chegada do PT ao poder também levou à criação de duas secretarias com status de ministério para lidar com as chamadas minorias: uma protege as mulheres; a outra, os negros. Antes disso, Fernando Henrique Cardoso já havia criado a Secretaria de Direitos Humanos.
As três pastas funcionariam de forma adequada se fossem integradas ao Ministério da Justiça, que tem poder efetivo para planejar políticas que protejam os direitos dos cidadãos, independentemente da cor ou do sexo.

A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, na falta de ocupações mais nobres, se notabilizou por iniciativas quixotescas, como a tentativa de retirar do ar um perigosíssimo comercial em que a modelo Gisele Bündchen tratava do "charme da mulher brasileira".
Em outro episódio, a então ministra Iriny Lopes quis interferir no roteiro da novela Fina Estampa para divulgar um serviço governamental de combate à violência doméstica.

Exterior - A irracionalidade do modelo brasileiro torna-se mais evidente quando os números são comparados com os de outros países. O governo americano funciona com quinze ministérios - até a Segunda Guerra Mundial, eram apenas sete. Portugal tem doze.
A Alemanha, quatorze. A Itália, vinte e um. Argentina e Chile também. Londres, Roma e Paris estão entre as cidades que mais recebem turistas no mundo. Ainda assim, Inglaterra, Itália e França não possuem um Ministério do Turismo.

A pesca é um dos pilares da economia japonesa, mas o tema é tratado por um subdepartamento do Ministério de Agricultura Japonês. A Holanda, que tem boa parte de seu território banhada pelo mar, abriga o maior porto da Europa, o de Roterdã. Mas nem por isso o país tem um ministro de Portos, como o Brasil.
A opção por um governo grande, que se desdobra em tentáculos cada vez mais numerosos e cada vez mais difíceis de serem fiscalizados, revela uma visão capenga dos governantes. Um estudo publicado em 2008 na Áustria analisou o tamanho da máquina administrativa em 197 países e concluiu que equipes grandes são sinais de ineficiência de gestão.
Pode-se especular sobre qual dos dois fatores é a causa e qual é o efeito. Mas é fato que a relação existe. Os pesquisadores apontaram até mesmo um "coeficiente de eficiência" que identifica como ideal um número em torno de vinte pastas.

Há mais de uma razão para o corte no número de ministérios. A economia com funcionários comissionados, passagens áreas, combustível, aluguel de imóveis não seria desprezível.
"A redução tem de vir acompanhada de um novo modelo de gestão pública. É preciso refundar a administração pública em parâmetros racionais, para produzir serviços de boa qualidade para a população. É isso que as ruas estão pedindo", diz o professor José Matias-Pereira.
O inchaço da máquina pública no Brasil não é novidade.
Mas, nos últimos tempos, com as manifestações que tomaram as ruas do país, o coro pela redução no número de ministérios voltou a ganhar força. A rejeição ao modelo inchado chegou a tal ponto que até o PMDB, que nunca foi inimigo do fisiologismo, resolveu pedir a redução do número de ministérios.
O líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita a vinte o número de pastas a vinte.

O site de VEJA elaborou uma lista de quinze ministérios que poderiam ser cortados imediatamente. Segundo levantamento feito pela ONG Contas Abertas, o orçamento dessas pastas para 2013 soma 72 bilhões de reais.
O corte significaria economia de recursos e do tempo da presidente Dilma Rousseff - além de espaço: as duas primeiras reuniões ministeriais do mandato foram feitas no Palácio do Planalto.
A terceira, já depois da criação do 39º ministério (o da Micro e Pequena Empresa), teve de ser feita na Granja do Torto, a residência de campo da presidente.
Razão: a mesa da principal sala de reuniões do palácio suporta apenas 38 pessoas além da presidente.

A irrelevância das centrais


O Estado de S.Paulo
As centrais sindicais brasileiras só reúnem multidões no Primeiro de Maio - atraídas não exatamente pela data histórica, mas pelos shows e sorteios que promovem, por exemplo, na Praça Campo de Bagatelle, na zona norte de São Paulo.
Já anteontem, na Avenida Paulista, as entidades que organizaram o Dia Nacional de Lutas, tentando pegar carona nas jornadas espontâneas de protesto que tomaram conta do País em junho, não conseguiram reunir nem 10 mil pessoas.
Das nove associações que as arrebanharam, pelo menos duas, a Força Sindical e a União Geral dos Trabalhadores (UGT), contrataram "manifestantes" a R$ 50 e R$ 70 por cabeça.

Contrastando com a profusão de faixas, balões, bandeiras, camisetas, bonés e fitas, tudo confeccionado em escala industrial pelas centrais que devem a sua prosperidade exclusivamente à aberração do Imposto Sindical - o dia de salário por ano compulsoriamente recolhido de todos quantos tenham carteira assinada -, o clima era de apatia.
"Uma representante da CUT desfilou durante algum tempo diante do carro de som com um rolo de bandeiras debaixo do braço, procurando militantes para empunhá-las", relatou um repórter deste jornal. "Não encontrou."

O que era para ser uma quinta-feira difícil na maior metrópole brasileira acabou sendo um domingo extra. Inumeráveis empresas, temendo o pior, dispensaram seus empregados.
Ônibus e metrô circulavam com poucos passageiros. Na cidade conhecida mundo afora por seu trânsito engarrafado, o congestionamento mal passava dos 10 quilômetros.
Realizados em 68 cidades, incluindo todas as capitais e o Distrito Federal, os protestos foram maiores ali onde o transporte público deixou de funcionar, a exemplo de Belo Horizonte e Vitória. Mas, tudo somado, apenas umas 100 mil pessoas participaram das passeatas.

O Brasil dos carros de som, da discurseira sem fim da caciquia das centrais - essas "entidades burocratas", como bem as qualificou Mayara Vivian, uma das ativistas do Movimento Passe Livre (MPL) que entrou para a história por ter dado a partida às recentes megamanifestações - é um Brasil em marcha batida para a irrelevância.
A afiliação a sindicatos ainda é relativamente expressiva entre nós, mas a tendência é de declínio. Em 2011, último ano para o qual há dados disponíveis, a taxa de sindicalização era de 17,2% do total da população ocupada, ante 18,6% no ano de pico de 2006, a contar da década de 1990.
E isso considerando o aumento do nível de emprego regular, a expansão do setor de serviços e da sindicalização do funcionalismo.

O sindicalismo no Brasil - em especial o que se pode chamar "sindicalismo de rua", por sua capacidade de arregimentar - é uma caricatura do que foi outrora o poder sindical em países como França, Espanha, Itália, Grã-Bretanha e mesmo nos Estados Unidos (onde, de um recorde de 35% de sindicalizados nos anos 1950, o índice atual é 1/5 disso).
Na Europa, a CGT e seus similares, como o TUC britânico, mobilizavam legiões e influíam como nenhuma outra força nos partidos de esquerda.
Aqui, ao revés, as centrais ou são criaturas de agremiações políticas, como a CUT em relação ao PT, ou trampolim para carreiras políticas, como a do notório Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, ex-PTB, hoje no PDT e com planos de ter um partido para chamar de seu, o Solidariedade.

Do pelegato da era Vargas ao sindicalismo de resultados, aplica-se às organizações que falam em nome dos assalariados, de resto compelidos por lei a sustentá-las, o que o antropólogo Claude Lévi-Strauss dizia, em outro contexto, sobre a "obsolescência do inacabado".
Quando Lula, o metalúrgico, irrompeu na cena nacional, defendendo a formação de associações de classe que não fossem correias de transmissão dos governantes de turno, parecia que uma página verdadeiramente nova começava a ser escrita numa história pouco edificante.
Lula, o presidente, alojou na máquina estatal os condutores da máquina sindical ligada ao PT. O aparelhamento era o que faltava para envelhecer o sindicalismo brasileiro sem que tivesse passado pela maturidade.

A um oceano de distância dos idos de junho, o Dia Nacional de Lutas foi o retrato acabado desse definhamento.
13 de julho de 2013


 

CARTA À PRESIDENTE DILMA


Por MILTON SIMON PIRES

Excelentíssima Sra. Presidente da República Dilma Rousseff

Permita-me a apresentação: na minha opinião eu sou um médico; na sua um “trabalhador da saúde”. Na minha opinião,medicina é cuidar de pessoas doentes; na sua é fazer “transformação social”. Eu penso em salvar vidas; a senhora em ganhar votos. Como podemos ver, a senhora e eu eu, não temos muito em comum à primeira vista mas existem na minha vida alguns fatos que a senhora desconhece. Assim como a senhora,eu já fui marxista – e dos fanáticos! Brigava com colegas da faculdade no final dos 80 e inicio dos anos 90 para ver seu projeto de poder realizado. Caminhei ao lado daquele seu amigo que gosta de uma cachacinha e costuma ser fotografado com livros de cabeça para baixo..Conversei pessoalmente com o “poeta do sêmen derramado” que agora governa o Rio Grande do Sul..
Não tinha idéia correta daquilo que havia acontecido no Brasil entre 1964 e 1985. Imaginava, como a senhora quer fazer parecer até hoje, que tudo estava indo bem até que militares malvados que não tinham nada para fazer decidiram, com ajuda dos americanos, derrubar o governo brasileiro.
Eu só me dei conta, presidente, de quem Lula, a senhora e seu Partido-religião representavam quando comecei a trabalhar com a gente de vocês aqui em Porto Alegre a partir de 98. Duvido que eu estivesse mal-preparado, sabe? Eu já tinha feito 6 anos de faculdade, um ano de residência em Pediatria, um de Medicina Interna e dois de Cardiologia. Gostaria que a senhora visse em que lugar seus “cumpanheros” aqui dos pampas me colocaram para trabalhar...Imagino a senhora doente naquelas condições de segurança, higiene, espaço e administração que a ralé do PT do Rio Grande do Sul nos ofereceu. A senhora tem idéia de como deve se sentir um médico ao ter seu estágio probatório avaliado por técnicos de enfermagem? A senhora sabe o que é receber, depois de tudo que se estudou na vida, ordens de enfermeiras, presidente? Em nome de que? Em nome de um delírio chamado “democratização da gestão”? Em nome de um absurdo chamado “controle social”?? A senhora tem alguma noção de quantas pessoas eu vi morrerem depois que esse seu partido de assassinos e mensaleiros terminaram com o resto da rede hospitalar brasileira “aparelhando” a gestão dela com uma legião de analfabetos, recalcados, alcoólatras e incompetentes que por oferecer uma parte de seu salário ao PT passaram a dar ordens a homens e mulheres com capacidade de salvar vidas ???
Mas por favor, não fique ofendida comigo presidente, de certa forma essa carta é um agradecimento, sabe? Formado há quase 20 anos, eu nunca havia visto os médicos brasileiros tão unidos quanto agora. É mais um mérito seu e desse seu partido a promover a maior humilhação que os médicos de um país sofreram até hoje! A senhora não tem vergonha de apelar para uma ditadura bananeira, para um país que mata, tortura, prende e vigia seus próprios cidadãos para fornecer médicos para o SEU povo? A senhora é brasileira, ou não, presidente Dilma?? Se não tem vergonha da medicina do seu país, tenha pelo menos do seu povo! A senhora nasceu aqui e a primeira pessoa que lhe viu foi provavelmente um médico do Brasil. Provavelmente vai ser algum colega, intensivista como eu sou hoje, quem vai estar ao seu lado no último momento e mesmo assim a senhora quer chamar médicos cubanos para enganar nossa gente pobre e doente a ponto de garantir sua reeleição? Quem lhe deu esse conselho, presidente Dilma? Identifique por favor, um por um, os médicos que lhe cercam e sugeriram semelhante ideia! A senhora e eu já conhecemos alguns, né? Vamos apresentar os demais ao Conselho Federal de Medicina, ou não? Presidente Dilma, até bandidos e prostitutas se ofendem quando tem seu território e ganha pão ameaçados. Nós somos médicos, nós salvamos vidas e não vamos permitir que uma profissão cuja origem se perde no tempo seja levada ao fundo do poço por um partido como o da senhora com o argumento de que estamos sendo cor
porativistas e o Brasil está sem médicos.
Deus lhe proteja na batalha que vai enfrentar conosco, presidente. Se a senhora for ferida vai precisar ser atendida por um médico – e eu duvido muito que ele fale português..
Porto Alegre, 2 de julho de 2013

Milton Simon Pires – CREMERS 20958
DO R.DEMOCRATICA 

sexta-feira, 12 de julho de 2013

'Manifestantes' ganham até R$ 70 para ir a ato sindical na Paulista


País em protesto Numa rua atrás do Masp, um grupo de 80 pessoas com camisetas da UGT (União Geral dos Trabalhadores) espera em fila a vez de preencher um papel. Trata-se do recibo de que ganharão R$ 70 por terem participado, vestidos como militantes, do ato de ontem na avenida Paulista.
A Folha presenciou a entrega do recibo, que se deu por volta das 15h, quando a manifestação acabou.
Dar dinheiro foi 'humanitário', diz recrutador de manifestantes
Mulheres de 30 e 40 anos e rapazes com aparência de pós-adolescentes entregavam uma pulseira numerada que usaram na manifestação a um homem de agasalho, que perguntava o nome da pessoa, preenchia o recibo e o entregava aos presentes.
No documento, consta que o pagamento é uma ajuda de custo para alimentação e transporte. Na parte de cima do papel, há impressa a data e o nome da manifestação: "11 de julho - Dia de Luta".
Em duas ocasiões, pessoas que organizam o grupo abordaram a reportagem e pediram para que deixasse o local.
Na fila, as pessoas confirmaram que não tinham relação com sindicatos filiados à UGT e que foram ao ato apenas para receber os R$ 70. Com medo de represálias, não quiseram dar o nome.
A UGT é presidida por Ricardo Patah, sindicalista filiado ao PSD, partido do ex-prefeito Gilberto Kassab. Ele negou que a central tenha pago manifestantes.

Protestos em São Paulo

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Flavio Machado Ferreira/Folhapress
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Manifestantes do Black Bloc picham muro na região da Berrini
QUAL SINDICATO?
A UGT não foi a única central a ter pessoas que receberam dinheiro. A Folha falou com um rapaz e uma mulher com camisa da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros):
Folha - A que sindicato você pertence?
Rapaz - Ixi... Qual o nosso sindicato mesmo [pergunta para a mulher ao lado]?
Mulher - Este aqui, olha: CSB [e aponta para a camisa que vestia].
Folha - Mas o CSB é uma central sindical. Qual o sindicato específico?
Mulher - O dos trabalhadores... [Não existe um sindicato que represente genericamente "trabalhadores".]
Depois, ela declarou que foi à Paulista por R$ 50.
Em seu site, o CSB elenca como afiliados, por exemplo, o sindicato dos trabalhadores de processamento de dados do Estado, entre outros.
O dirigente da entidade presente à passeata negou pagamento aos militantes.
Tanto os manifestantes da UGT quanto os da CSB ficavam, com bandeiras e balões, diante do caminhão em que foram feitos os discursos.

Ao final do ato, militantes de outras centrais sindicais rumaram para a Consolação. Instados a continuar por pessoas com bandeira do PCO (Partido da Causa Operária) --de ideologia comunista trotskista--, os militantes da CSB e da UGT se recusaram: queriam ir embora.
 PAULO GAMA
RICARDO GALLO
FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO DA FOLHA

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Manifestações pelo país

  • 10h11   Manifestantes ocuparam a rodovia Dutra, em Guarulhos. O bloqueio acontece na pista local em direção à capital paulista. Um carro da Policia Rodoviária Federal escolta o grupo.
  • 10h08   O trem de passageiros da Vale, que diariamente faz a viagem Belo Horizonte-Vitória, não saiu na manhã desta quinta-feira.
  • 10h07   Em Belo Horizonte, manifestantes começam a chegar à praça Sete, no centro, para a concentração para a passeata que sairá no começo da tarde. Por isso, as duas pistas da avenida Afonso Pena, no cruzamento com a avenida Amazonas, já estão fechadas. Já há manifestantes no obelisco da praça.
  • 10h06   A Radial Leste, em São Paulo, foi totalmente liberada. Os manifestantes, agora, embarcam na estação Belém do metrô rumo à avenida Paulista, onde um ato vai ocorrer em frente ao Masp, às 12h.
  • 10h04   Cônego Domenico Rangoni volta a ser bloqueada no sentido Cubatão, na altura do km 270. Os manifestantes continuam ocupando a pista no sentido Guarujá, no km 268, também no município de Cubatão. Há tráfego represado do km 271 ao km 268 sentido Guarujá.
  • 10h03   Os manifestantes que protestam na avenida presidente Humberto de Alencar Castello Branco, em Guarulhos, partidos políticos como o PSTU fazem parte do ato. As reivindicações são variadas. Eles criticam "aumento" de IPTU abusivo, pedem mudanças na carga horária de trabalho, reforma tributária, além de transporte de qualidade.
  • 10h02   Em cima de um carro de som, manifestantes da Força Sindical fazem um protesto na avenida presidente Humberto de Alencar Castello Branco, região central de Guarulhos. Cerca de 200 pessoas acompanham o ato numa passeata. A manifestação deve seguir em direção à rodovia Dutra.
  • 10h00   Mesmo com diversos bloqueios em algumas avenidas de São Paulo, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrava 9 km de congestionamentos na capital por volta das 9h20 desta quinta-feira. Leia mais
  • 09h58   O presidente da Força Sindical em Pernambuco, Aldo Amaral, disse em entrevista na manhã desta quinta-feira (11) que o Complexo Portuário de Suape, no Grande Recife, um dos principais polos da economia de Pernambuco, está paralisado. Leia mais
  • 09h57   No Rio de Janeiro, cerca de 50 manifestantes e servidores da Empresa de Correios e Telégrafos bloqueiam desde as 4h a saída de caminhões do Centro de Operações Postais, principal unidade de distribuição da categoria na capital, na rua Leopoldo Bulhões, em Benfica, zona norte.
    • 09h57 No Rio de Janeiro, cerca de 50 manifestantes e servidores da Empresa de Correios e Telégrafos bloqueiam desde as 4h a saída de caminhões do Centro de Operações Postais, principal unidade de distribuição da categoria na capital, na rua Leopoldo Bulhões, em Benfica, zona norte. Leia mais
    • 09h55 Apesar da promessa dos sindicalistas de fechar todos os terminais de ônibus de São Paulo às 9h, o movimento nas plataformas é normal, segundo a SPTrans.
    • 09h52 Segundo estimativas dos sindicalistas, há 4 mil pessoas no protesto na pista sentido São Paulo da Anchieta. “Todo mundo excepcionalmente para a direita”, brinca o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, no momento em que a marcha pega o desvio à direita. Manifestantes seguem rumo ao km 18 da rodovia.
    • 09h48 Cerca de 200 funcionários de duas metalúrgicas bloqueiam a avenida doutor Francisco Mesquita, na zona leste de São Paulo, na altura da rua do Patriarca, no sentido São Caetano. A manifestação gera reflexo no tráfego do viaduto Grande São Paulo, para quem segue no sentido São Caetano. O ato começou por volta das 7h e deve acabar às 10h.
    • 09h47 No Paraná o tráfego na pista sentido Palhoça da BR-376/PR está liberado no km 625, na região de São José dos Pinhais. No local, houve uma manifestação que restringiu o tráfego. Não há mais interdições, mas o tráfego segue com retenção entre o km 620 e o km 625. Na pista sentido Curitiba, o tráfego segue sem problemas.
    • 09h46 Manifestantes voltam a fechar duas faixas da Radial Leste, no sentido centro. Trânsito flui por apenas uma faixa. No sentido bairro, o tráfego está tranquilo.
    • 09h43 Na Anchieta há bloqueio total em São Bernardo do Campo, na altura do km 21, em direção a São Paulo pela pista marginal, por conta de manifestação dos metalúrgicos. O tráfego flui normalmente pela pista central. No sentido litoral, os manifestantes estão na pista central, na altura do km 15. O tráfego está lento entre o km 14 e km 16.
    • 09h39 Manifestantes continuam ocupando a Cônego Domenico Rangoni no km 268, no sentido Guarujá.
    • 09h38 Imagem
      Em manifestação na zona sul de São Paulo, as operárias da CBE Bandeirantes, Quitéria Conceição Silva, 47, e a colega Luiza de Andrade Ribeiro, 54, decidiram participar do protesto para pedir reajustes no salário e o fim do fator previdenciário. "Sou metalúrgica há 20 anos, e quando me aposentei em 2005 recebia 2 salários mínimos. Hoje ganho menos de 1,5 mínimos", diz Luiza.
    • 09h34 Cônego Domênico Rangoni esta liberada no km 268, sentido Cubatão; já no sentido Guarujá o bloqueio permanece e o tráfego tem lentidão do km 271 e no km 268.
      • 09h34 Cônego Domênico Rangoni esta liberada no km 268, sentido Cubatão; já no sentido Guarujá o bloqueio permanece e o tráfego tem lentidão do km 271 e no km 268.
      • 09h31 Pista local da marginal Tietê tem bloqueio no sentido Ayrton Senna na altura da ponte do Piqueri por conta de um grupo que faz protesto no local.
      • 09h29 Metalúrgicos do ABC, liderados pelo presidente da CUT, Vagner Freitas, fazem passeata rumo ao Paço Municipal de São Bernardo do Campo. Os manifestantes ocupam a pista sentido São Paulo da Anchieta no km 21. Concessionária que administra a via montou desvio por dentro da cidade. Duas faixas trazem a estrela do PT e a mensagem: “Com Dilma em defesa da reforma política e do plebiscito já”.
      • 09h24 A avenida Jacú Pêssego está totalmente bloqueada no sentido rodovia Ayrton Senna, na altura da avenida Adriano Bertozzi, zona leste de São Paulo . No sentido Mauá, o trânsito segue tranquilo, segundo a CET.
      • 09h23 Radial Leste foi totalmente liberada por volta da 9h20.
      • 09h20 As rodovias Anhanguera (SP-330) e Bandeirantes (SP-348) não têm nenhum ponto de congestionamento. Como está prevista uma manifestação em Cajamar, no km 24 da rodovia Anhanguera, a concessionária que administra a via informa que há desvio no local para o Rodoanel.
      • 09h19 Em Goiânia, manifestantes bloqueiam nesta manhã a BR-153 no sentido Anápolis. No centro da cidade, comerciantes foram orientados a fechar suas lojas durante o protesto, informou a PM. Nenhum incidente foi registrado até o momento.
      • 09h18 Trabalhadores interditam agora a avenida Guarapiranga, no sentido centro, na zona sul de São Paulo, relata a repórter Claudia Rolli. Organizadores estimam em torno de 3 mil manifestantes.
      • 09h18 Em Curitiba, a BR-376, sentido Santa Catarina, também tem bloqueio de manifestantes nesta manhã, na altura da concessionária Volkswagen.
      • 09h18 Em Santa Catarina escolas estaduais estão sem aula nesta quinta-feira devido à paralisação das centrais sindicais. Há previsão de bloqueios nas principais estradas do Estado. Estão na lista as rodovias BR-101 (em Itajaí), às 15h; BR-101 (em Laguna), às 15h; BR-116 (em São Cristóvão do Sul), às 9h; e BR-101 (em Imbituba), às 16h.
        • 09h17 Na rodoviária de Vitória os ônibus tem dificuldade para chegar ou sair em razão de piquetes. Os ônibus do sistema de transporte público da cidade não estão circulando.
        • 09h16 As faixas no sentido centro da Radial Leste foram totalmente liberadas por volta das 9h05. No sentido bairro, manifestantes ainda ocupam as faixas, o trânsito flui apenas a faixa da direita. Já a Marginal Pinheiros, que ficou fechada por pouco mais de uma hora, foi totalmente liberada às 7h45.
        • 09h13 Em Vitória, manifestantes interditaram a Segunda Ponte e fecharam parcialmente a Terceira Ponte, que liga Vitória a Vila Velha. Apenas uma cabine de pedágio das quinze do local está liberada.
        • 09h06 Em Belo Horizonte o colégio Professor Milton Campos (conhecido como estadual central), onde a presidente Dilma Rousseff estudou, está sem atividades nesta manhã em razão da greve.
        • 09h04 O trânsito na cidade de São Paulo esta tranquilo. Há apenas 1 km de lentidão na zona sul.
        • 09h04 Dutra foi totalmente liberada no sentido Rio de Janeiro por volta das 8h26; já a pista expressa no sentido São Paulo continua bloqueada no km 123 ao km 124.
        • 09h00 Os manifestantes de Osaco reivindicam redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e o fim do fator previdenciário, entre outras causas.
        • 08h59 Os manifestantes de Osasco devem começar a caminhar pelas principais avenidas da cidade por volta das 10h. Participam do protesto metalúrgicos, bancários, frentistas, comerciários, estudantes e profissionais das áreas de saúde e educação, segundo a assessoria da Força Sindical.
        • 08h58 No centro de Osasco, na Grande São Paulo, cerca de 400 pessoas se concentram em frente ao prédio da empresa Meritor, do setor de autopeças,mde acordo com a assessoria de imprensa da Força Sindical da região.
        • 08h58 Cerca de 300 manifestantes bloquearam os dois sentidos Radial Leste, na altura do Belém, zona leste de São Paulo . O tráfego flui por apenas uma faixa da direita, apenas no sentido centro. O grupo está parado na esquina da radial com a rua Silva Jardim.Leia mais
          DA FOLHA...

terça-feira, 9 de julho de 2013

O Brasil mostrando sua verdadeira cara: Honesta e cansada!


O PT ROUBOU
EM SALVADOR, NO DIA DA INDEPENDÊNCIA DA BAHIA, 2 DE JULHO!
DO R.DEMOCRATICA

A queda



Eike Batista está para a economia como Lula está para a política
Por Rodrigo Constantino
O GLOBO 
O “sucesso” de ambos, em suas respectivas áreas, tem a mesma origem. Trata-se de um fenômeno bem mais abrangente, que permitiu a ascensão meteórica de ambos como gurus: Eike virou o Midas dos negócios, enquanto Lula era o gênio da política. Tudo mentira. Esse fenômeno pode ser resumido, basicamente, ao crescimento chinês somado ao baixo custo de capital nos países desenvolvidos. As reformas da era FHC, que criaram os pilares de uma macroeconomia mais sólida, também ajudaram. Mas o grosso veio de fora. Ventos externos impulsionaram nossa economia. Fomos uma cigarra que ganhou na loteria.
A demanda voraz da China por recursos naturais, que por sorte o Brasil tem em abundância, fez com que o valor de nossas exportações disparasse. Por outro lado, após a crise de 2008 os principais bancos centrais do mundo injetaram trilhões de liquidez nos mercados. Isso fez com que o custo do dinheiro ficasse muito reduzido, até negativo se descontada a inflação.
Desesperados por retorno financeiro, os investidores do mundo todo começaram a mergulhar em aventuras nos países em desenvolvimento. Algo análogo a alguém que está recebendo bebida grátis desde cedo na festa, e começa a relaxar seu critério de julgamento, passando a achar qualquer feiosa uma legítima “top model”.
Houve uma enxurrada de fluxo de capitais para países como o Brasil. A própria presidente Dilma chegou a reclamar do “tsunami monetário”. Os investidores estavam em lua de mel com o país, eufóricos com o gigante que finalmente havia acordado. Havia mesmo?
O fato é que essa loteria permitiu o surgimento dos fenômenos Eike Batista e Lula. Eike, um empresário ousado, convenceu-se de que era realmente fora de série, que tinha um poder miraculoso de multiplicar dólares em velocidade espantosa, colocando um X no nome da empresa e vendendo sonhos.
Lula, por sua vez, encantou-se com a adulação das massas, compradas pelas esmolas estatais, possíveis justamente porque jorravam recursos nos cofres públicos. A classe média também estava em êxtase, pois o câmbio se valorizava e o crédito se expandia. Imóveis valorizados, carros novos na garagem, e Miami acessível ao bolso.
O metalúrgico, que perdera três eleições seguidas, tornava-se, quase da noite para o dia, um “gênio da política”, um líder carismático espetacular, acima até mesmo do mensalão. Confiante desse poder, Lula escolheu um “poste” para ocupar seu lugar.
E o “poste” venceu!
Nada iria convencê-lo de que isso tudo era efeito de um fenômeno mais complexo do que ele compreendia.
Dilma passou por uma remodelagem completa dos marqueteiros, virou uma eficiente gestora por decreto, uma “faxineira ética”, intolerante com os “malfeitos”.
Tudo piada de mau gosto, que ainda era engolida pelo público porque a economia não tinha entrado na fase da ressaca. O inverno chegou.
O crescimento chinês desacelerou, e há riscos de um mergulho mais profundo à frente. A economia americana se recuperou parcialmente, e isso fez com que o custo do capital subisse um pouco. Os ventos externos pararam de soprar. Os problemas plantados pela enorme incompetência de um governo intervencionista, arrogante e perdulário começaram a aparecer.
A maré baixou, e ficou visível que o Brasil nadava nu. O BNDES emprestou rios de dinheiro a taxas subsidiadas para os “campeões nacionais”, entre eles o próprio Eike Batista.
O Banco Central foi negligente com a inflação, que furou o topo da meta e permaneceu elevada, apesar do fraco crescimento econômico. Os investidores começaram a temer as intervenções arbitrárias de um governo prepotente, e adiaram planos de investimento.
A liquidez começou a secar. O fluxo se inverteu. E o povo começou a ficar muito impaciente. Eike Batista se viu sem acesso a novos recursos para manter seu castelo de cartas.
As empresas do grupo X despencaram de valor, sendo quase dizimadas enquanto as dívidas, estas sim, pareciam se multiplicar. A palavra calote passou a ser mencionada. O BNDES pode perder bilhões do nosso dinheiro.
Já a presidente Dilma, criatura de Lula, mergulhou em seu inferno astral. Sua popularidade desabou, os investidores travaram diante de tantas incertezas, e todos parecem cansados de tamanha incompetência.
Eike e Lula deveriam ler Camus: “Brincamos de imortais, mas, ao fim de algumas semanas, já nem sequer sabemos se poderemos nos arrastar até o dia seguinte”.
09/07/2013 

Manifesto do Nada na Terra do Nunca

Trecho do capítulo 3 em “homenagem” à “presidenta”
VAMOS ASSASSINAR A PRESIDENTA DA REPÚBLICA?
Não se preocupem, amiguinhos, sou uma criatura inca­paz de matar um mosquito, uma mosca, uma barata e, por extensão isonômica, a nossa presidenta da República, que, sendo assim, estará livre de uma chinelada assassina vinda das minhas sandálias.
O que gostaria de propor, com essa convocação um tanto insólita, mas de cunho didático, seria seguir a linha de racio­cínio adotada pelo governo em relação a determinados as­suntos ético-políticos, usando os mesmíssimos argumentos engendrados por esse governo para explicar, através de sua lógica, essa minha convocação didático-hipotética de assas­sinato ou execução da nossa mandatária máxima.
Em outras palavras, usar do próprio veneno criado por essa casta para provar a imensa picaretagem da medida de fachada nobre, implementada em maio de 2012, que é a de­fesa dos direitos humanos através da tal Comissão da Ver­dade.
A nossa presidenta, nossa governanta, como já é de do­mínio público, além de se declarar vítima de tortura, parece que também possui uma ficha criminal bastante ampla (al­guns preferem chamar isso de atividade libertária, de luta armada para a libertação nacional), com assaltos milioná­rios (onde estaria a grana?), atentados terroristas, suposta participação em execuções, sequestros, atentados e, junto com ela, uma parte bem representativa de seus colegas de partido e de governo.
E se esse questionamento é cada vez mais corriqueiro nas esquinas e nas redes sociais, se há dúvidas em rela­ção ao seu passado, ela teria mais do que obrigação em es­clarecer sua história de forma categórica e definitiva, uma vez que designou uma Comissão da Verdade, que ela pró­pria convocou e o governo remunera, o que, nessa condi­ção unilateral, é imoral. Se é uma suposição conspiratória sua participação efetiva em grupos guerrilheiros, se jamais participou de atentados, assaltos, sequestros e execuções, se, como afirma, teve apenas um envolvimento periférico, ela, como presidenta e implementadora da tal comissão que está averiguando apenas os seus antagonistas, não está agindo de forma honesta e aceitável.
É um tanto assustador assistir a um vídeo no YouTube da nossa governanta visitando o barracão da revolução cubana no Fórum Social Mundial e fazendo um discurso emociona­do em que demonstra sua admiração e solidariedade à dita­dura cubana! Nossa presidenta é uma tremenda comunista!
Uma pessoa que luta contra uma ditadura em prol de uma outra não tem o menor direito de reclamar coisa alguma!
Pela lógica, se é obsceno se vangloriar por ser nazista, tão grave é se permitir ser solidário à causa cubana, que já assas­sinou mais de cem mil pessoas, de 1959 até os dias de hoje, exporta métodos de tortura e seu maior trunfo econômico foi o comércio de sangue dos condenados ao paredão para os vietcongues nos anos 1960. Fora Mao Tsé-Tung, que assassi­nou mais de sessenta milhões de pessoas e condenou outros milhões à fome e à miséria, deixando Stalin acabrunhado com suas próprias atrocidades. E não venha dizer que isso é teoria da conspiração, pois são fatos históricos e muito bem­-documentados.
E esses facínoras vêm com esse papo de libertários? Que entraram na luta armada, em nome da tal causa libertária (?!), na luta pela implementação do socialismo no Brasil, para nos livrar das garras da ditadura militar em troca de uma redento­ra ditadura do proletariado? Ditadura que a presidenta e sua corriola teimam por fazer crer ser “do bem”, assim como a de Cuba e da China, das quais são fãs de carteirinha, asseclas e parceiros. Sem esclarecer ao povo brasileiro ter sido justa­mente essa sanha por implementar uma ditadura do prole­tariado no Brasil através da luta armada a principal causa de vivermos numa ditadura militar por mais de duas décadas.
Como se não bastasse, há probabilidades sólidas e evi­dências contundentes de termos um governo e seu partido majoritário, o PT, atuando como parceiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas), que, além de tudo, têm parceria com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Sem falar na lamentável posição do Brasil como um dos cam­peões mundiais de tortura e assassinatos nas prisões. Ou seja, toda essa nova elite de poder se dando um direito tão distinto e quase divino de praticar atrocidades, em nome, segundo eles, de uma causa nobre, insofismável. Sempre ra­ciocinando e agindo com dois pesos e duas medidas. 
E, aqui, Aquarela do Brasil 2.0,
o prólogo do livro.
DO R.DEMOCRATICA