domingo, 7 de outubro de 2012

Serra inicia discurso falando do mensalão


Campanha tucana deve utilizar julgamento do maior escândalo de corrupção da Era Lula para derrotar o petista Fernando Haddad no segundo turno
ALBERTO BOMBIG
ÉPOCA

O candidato pelo PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, discursa após a confirmação do segundo turno contra o petista Fernando Haddad.
À sua esquerda, o atual prefeito paulistano, Gilberto Kassab (PSD)fez um pronunciamento no comitê central de sua campanha, comemorando a passagem para segundo turno das eleições
(Foto: Marcos Alves/ Agência O Globo)
O candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB, José Serra, citou neste domingo (7), ao iniciar seu discurso logo após ter sido confirmado no segundo turno, o julgamento do mensalão, no Supremo Tribunal Federal. Segundo ele, ao escrutinar o maior escândalo de corrupção da Era Lula (2003-2011), o STF ajuda o Brasil a voltar a discutir "valores" .
Entre os tucanos presentes no evento, realizado no comitê central do PSDB, no centro de São Paulo, a fala soou como senha para que a campanha incorpore definitivamente o julgamento e a eventual condenação de petistas à estratégia de Serra para tentar derrotar Fernando Haddad (PT). Nesta semana, o STF deve concluir o julgamento relativo ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que foi presidente do PT durante a campanha que levou Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto.

Serra faz coração com as mãos em discursa por primeiro lugar no primeiro turno
(Foto: Marcos Alves/ Agência O Globo)
A direção da campanha de Serra sabe que a maior dificuldade do candidato tucano será lutar contra seu alto índice de rejeição, em torno de 46%. Sua equipe acredita que o mensalão poderá ajudar a aumentar a rejeição de Haddad, equiparando as forças neste segundo turno.
Sobre os apoios para a fase decisiva, a campanha de Serra avalia que os votos de Gabriel Chalita (PMDB), o terceiro colocado, não devem migrar automaticamente para Haddad.
A expectativa é de que Chalita anuncie apoio ao petista nos próximos dias. Reservadamente, os tucanos destacam a amizade entre Chalita e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) como um fator que fará o peemedebista não entrar de cabeça na campanha petista.

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