Campanha tucana deve utilizar julgamento do maior escândalo de corrupção da Era Lula para derrotar o petista Fernando Haddad no segundo turno
ALBERTO BOMBIG
ÉPOCA
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O candidato pelo PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, discursa após a confirmação do segundo turno contra o petista Fernando Haddad.
À sua esquerda, o atual prefeito paulistano, Gilberto Kassab (PSD)fez um pronunciamento no comitê central de sua campanha, comemorando a passagem para segundo turno das eleições
(Foto: Marcos Alves/ Agência O Globo)
O candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB, José Serra, citou neste domingo (7), ao iniciar seu discurso logo após ter sido confirmado no segundo turno, o julgamento do mensalão, no Supremo Tribunal Federal. Segundo ele, ao escrutinar o maior escândalo de corrupção da Era Lula (2003-2011), o STF ajuda o Brasil a voltar a discutir "valores" .
Entre os tucanos presentes no evento, realizado no comitê central do PSDB, no centro de São Paulo, a fala soou como senha para que a campanha incorpore definitivamente o julgamento e a eventual condenação de petistas à estratégia de Serra para tentar derrotar Fernando Haddad (PT). Nesta semana, o STF deve concluir o julgamento relativo ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que foi presidente do PT durante a campanha que levou Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto.
Serra faz coração com as mãos em discursa por primeiro lugar no primeiro turnoA direção da campanha de Serra sabe que a maior dificuldade do candidato tucano será lutar contra seu alto índice de rejeição, em torno de 46%. Sua equipe acredita que o mensalão poderá ajudar a aumentar a rejeição de Haddad, equiparando as forças neste segundo turno.(Foto: Marcos Alves/ Agência O Globo)
Sobre os apoios para a fase decisiva, a campanha de Serra avalia que os votos de Gabriel Chalita (PMDB), o terceiro colocado, não devem migrar automaticamente para Haddad.
A expectativa é de que Chalita anuncie apoio ao petista nos próximos dias. Reservadamente, os tucanos destacam a amizade entre Chalita e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) como um fator que fará o peemedebista não entrar de cabeça na campanha petista.
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