Por Klauber Cristofen Pires
Se há algo já muito bem conhecido em relação aos petistas, são seus
modos toscos. Nem o mais fino algodão egípcio, nem o mais requintado vinho
Romanée-Conti ou a miliardária bolsa kelly da grife Hérmes são capazes
de transformar trogloditas em seres humanos.
Pelo contrário, somente de pensar isto minha memória quase que
automaticamente puxa da gaveta quantas pessoas humildes tenho conhecido na vida
que se fazem naturalmente nobilíssimas por suas atitudes moderadas, pelos
gestos suaves, pela voz serena e pelos pensamentos mais enlevados. Recordo dos
meus pais, bem como de professores, mestres e mesmo chefes que, usando da
atitude mansa, mas firme, corrigiram-me os desvios.
Ainda me recordo de um dia, quando garoto, em que assistia ao meu pai no
quartel falando a um cabo para que não batesse nas mãos dos soldados que não
estavam corretamente espalmadas na posição de "sentido", mas que a
ele as ajustasse no modo correto, de modo que o soldado, ao invés de
intimidar-se, tornar-se-ia confiante. Aquilo para mim foi uma lição para toda a
vida.
No ambiente militar, especialmente no estudantil, os novatos são
chamados de "bichos" ou "feras". Claro, trata-se de um
trote, que apesar de não ser bem visto por alguns civis, ou mesmo por causa de
eventuais excessos, possui um significado essencial, que é o de evidenciar a
falta de disciplina nos que estão chegando: senso de higiene, de paciência, de
autoridade, de horário, e de honra, lealdade e responsabilidade, por
exemplo.
Não há muito tempo atrás, uma coluna do
jornalista Cláudio Humberto noticiou que um dos postos mais vistosos da nação,
a ajudância-de-ordens da República, tem sido evitada pelos jovens oficiais das
três armas, fartos que estão das humilhações a
eles impostas. Cá eu digo que um militar, disciplinado o suficiente para
engolir sapo-boi, para tomar tal atitude, é porque já estava engolindo
boi-sapo.
Além deste fato, que por si só já revela um vexame, mesmo porque o cargo
de Presidente da República não é propriedade particular da atual mandatária,
pois que também é sujeita a comportar-se conforme o protocolo, tem rolado na
internet outra infâmia, que infelizmente, não consegui confirmar, mas que a
tenho como plenamente plausível: Consta que o
chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República,
general-de-exército José Elito Carvalho Siqueira, tentou seguir no mesmo
elevador com a presidente, ao que recebeu da própria a seguinte ordem: “- Saia
do elevador. Aqui não cabe a presença de um milico de merda junto com a
presidente da república."
Tudo o que vai acima, prezado leitor, fiz questão
de trazer à baila por um motivo bastante peculiar: Não bastasse o revanchismo
da gestão lulo-dilmista de perseguir os militares, de instaurar uma orwelliana
"Comissão da Verdade", e de conseguir a patética condenação civil do
Sr Cel Ustra, vem a neologística "presidenta" a convocar as Forças
Armadas para assumirem o papel de provimento da segurança por ocasião da Copa
das Confederações, da Copa do Mundo de Futebol e Olimpíadas, até então
institucionalmente atribuído à Polícia Federal, por conta do movimento
paredista desta.
Em outras palavras: na hora que o que realmente precisa, os militares,
os eternos inimigos, os protagonistas da ditadura entoada mais do que os
cânticos corânicos nas madrassais, serão os que vão assumir, com toda presteza,
lealdade e eficiência, o trabalho dos companheiros "de chapa", porque
Dona Dilma, sabedora de quem são os militantes utilitaristas que a elegeram,
não confia neles.
Como tenho dito, os servidores públicos andam completamente perdidos:
por anos a fio, desenvolveram a mais veemente campanha difamatória contra o
governo de Fernando Henrique Cardoso, acusando-o de toda sorte de epítetos,
especialmente os de "neoliberal", "ditador", e
"entreguista"; aliás, não só fizeram isto como também muitos
participaram ativamente da máquina de espionagem e ativismo administrativo e judicial
contra quem quer que fosse que o PT apontasse o dedo, e votaram alegres,
confiantes, e esperançosos, não poucos com lágrimas nos olhos, crentes que a
administração da estrela vermelha fosse conduzi-los ao Parnasso.
A realidade, como se tem visto, mostrou-se bem diferente: Nas duas
gestões lulistas, houve tão somente um aumento para o funcionalismo público
civil, e vejam, ora só: o mesmo que fez FHC! E aqui estamos, perante uma crise
mundial, com os cofres públicos já arrombados pelas farras do seu padrinho
político (ninguém mais fala de herança maldita, né...?), com todo o
funcionalismo sentindo-se ludibriado e a exigir aumentos exatamente pelos
mesmos meios com que foi ensinado e por décadas instigado...hã...deixe-me
ver...ah, sim...pelo PT!
Assim tem agido o PT: apesar de todo o discurso estatista, igualitarista
e populista, recorre à iniciativa privada para construir e gerir estádios,
aeroportos e estradas, como fez com as obras da Copa e agora, com o bisonho
plano batizado de PNLI -Plano Nacional de Logística Integrada; estabelece
cotas para universidades, mas mantém à distância o IME e o ITA, centros de
excelência acadêmica mantidos pelo Exercito e pela Aeronáutica,
respectivamente; e agora, confia às três forças o papel de agir como agentes de
imigração e segurança pública para os perdulários eventos que contraiu para o
país.
O que mais é preciso para denunciar como falso, hipócrita e fracassado o
ideário petista? Está na hora de os brasileiros perceberem que o PT fora do
poder não fará nenhuma falta!
Klauber Pires klauber.pires@gmail.comDO UPEC
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