Mensalão
Reprodução/ Editoria de Arte
Principal
escândalo do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(2003-2010), o esquema do mensalão continua presente no cenário político
atual em meio ao debate sobre o julgamento dos 36 réus citados no
processo.
Para
o novo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Ayres
Britto, se o processo não estiver julgado até o dia 6 de julho, o
calendário eleitoral pode prejudicar seu andamento na Corte. Ele foi
claro ao dizer: "é preciso julgar com brevidade, porque há o risco de
prescrição".
Esse
posicionamento, no entanto, não é consensual no Supremo. O ministro
Marco Aurélio Mello se disse "terminantemente contra" a ideia de
convocar a Corte em julho para apressar o processo.
"(O mensalão) é um processo como outros 700 que temos que apreciar. Por que pinçar este para julgar a toque de caixa?", afirmou à Folha de S.Paulo ao defender que o STF não pode ceder "à pressão política", seja à ala que pede agilidade ou à que tentaria atrasar.
"(O mensalão) é um processo como outros 700 que temos que apreciar. Por que pinçar este para julgar a toque de caixa?", afirmou à Folha de S.Paulo ao defender que o STF não pode ceder "à pressão política", seja à ala que pede agilidade ou à que tentaria atrasar.
Em ano eleitoral, o PT procura minimizar o impacto que o processo teria nas campanhas, em especial para o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. "A sociedade brasileira exige cada vez mais da classe política transparência e combate a impunidade", afirmou o petista.
O suposto esquema de compra de votos de parlamentares foi revelado em 2005. A corte abriu ação sobre o caso em 2007.
Origem do Mensalão
Em
junho de 2005, acuado depois de denúncias de corrupção na empresa de
Correios envolvendo o PTB, o ex-deputado federal Roberto Jefferson,
então presidente do partido, divulgou detalhes sobre compra de votos na
Câmara Federal. Segundo ele, cada político comprado recebia um
“mensalão” de R$ 30 mil por mês, pago com dinheiro público, para aprovar
projetos do governo.
Em
agosto de 2005, o publicitário Duda Mendonça também foi acusado de
estar envolvido no esquema. Na época, disse que tinha aberto conta nas
Bahamas - por orientação do empresário Marcos Valério - para receber
cerca de R$ 10 milhões por serviços publicitários prestados ao PT. O
então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, teria o orientado a procurar
Valério.
Em 2006, surgiu a Lista de Furnas, um documento falso
que acusa políticos da oposição de caixa dois eleitoral. A estratégia
foi minimizar o escândalo do mensalão colocando a oposição em situação
parecida. Nilton Monteiro, lobista que planejou a trama acabou preso em Belo Horizonte. Em
2007, depois de 36 horas de julgamento, o STF aceitou denúncia contra
40 réus. Hoje Restam 36 réus: Silvio Pereira fez acordo com o Ministério
Público e José Janene morreu em 2010.
Em
julho de 2011, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu
ao Supremo Tribunal Federal (STF) que condene os 36 réus do processo do
mensalão. Para Gurgel, só não existem provas contra Antonio Lamas e o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken - e, portanto, eles devem ser absolvidos.
DO R.DEMOCRATICA
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