"A acusação contra a imprensa foi desmoralizada de maneira até
vexaminosa. Subsiste hoje apenas na pena de alguns aloprados, que têm de
continuar a fazer o serviço pelo qual são pagos — com dinheiro público!
E, ora vejam, surgiu uma Delta no meio do caminho, com a sua, digamos
assim, força avassaladora. Na mesma corrente em que o PT sonhou arrastar
Marconi Perillo, também podem rodar Agnelo Queiroz (PT), governador do
Distrito Federal (e esse é apenas um de seus problemas), e a figura até
então ascendente da política (eu, ao menos, nunca entendi por quê…)
Sérgio Cabral (PMDB), governador do Rio. E isso pode ser apenas o
começo. Imaginem, então, se Luiz Antônio Pagot resolver falar. Os que se
assanharam na esperança de “destruir a mídia” — e se destaque, em nome
da precisão, que esse ímpeto foi de Lula e José Dirceu, não do Planalto —
certamente ignoravam o grau de intimidade entre a Delta e o esquema de
Carlinhos Cachoeira. Aí tudo ficou, de fato, enrolado demais! PT e PMDB
fecharam ontem uma espécie de pacto para deixar os governadores fora da
investigação — e o PSDB não vai reclamar se as coisas caminharem por aí.
Ficariam, assim, fora da CPI Marconi Perillo, Agnelo Queiroz e Sérgio
Cabral. Com isso, pretende-se, também, afastar Fernando Cavendish, o
dono da Delta, do imbróglio.”
* Texto por Reinaldo Azevedo
* Texto por Reinaldo Azevedo
DO B. DO MARIO FORTES
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