Revelação irá abafar escândalo de filme de pedofilia que vem assombrando sua vida e carreira durante décadas?
No programa Fantástico de domingo passado, Xuxa alegou que sofreu abusos sexuais na infância. Supostamente, foram três homens.
No programa Fantástico de domingo passado, Xuxa alegou que sofreu abusos sexuais na infância. Supostamente, foram três homens.
Sua
declaração forte trouxe uma alta em sua imagem num momento em que sua
carreira já não tem o brilho que tinha antes. O brilho tem sido cada vez
mais ofuscado por um sombrio esqueleto em seu armário: Em 1982 ela fez o
papel principal do filme “Amor estranho amor”, que contém cenas de
pedofilia explícita em que ela seduz um menino.
Xuxa
vem travando uma batalha judicial sem tréguas para que o filme, que tem
perturbado sua carreira e fama, não seja oficialmente comercializado em
DVD. Seus produtores haviam chegado a exigir 100 mil reais por ano para
manter o filme “extinto”. O desgaste com o obsceno filme pró-pedofilia
tem sido um flagelo na fama e bolso da atriz.
A
trajetória de Xuxa, com suas recentes revelações de pedofilia na
infância, teve um início com contexto previsível. Sabe-se que ela, por
costume da família ou vontade própria, gostava de andar nua dentro de
casa quando era menina. Crianças de lares com tais “hábitos” não
raramente enxergam com “naturalidade” o sexo.
Qualquer
homem moralmente são teria dificuldade de visitar uma casa onde o pai
permite que sua filha de oito, dez ou doze anos ande “ao natural”. Não
chega a ser “fora do normal” um lar com nudez descarada produzir abusos
sexuais. É um ambiente produtor de tentações.
Tais
lares, além de tornarem suas crianças vulneráveis aos oportunistas
sexuais, não veem nada de errado em revistas pornográficas.
Xuxa não só tinha essa visão, mas também chegou a posar nua para várias revistas pornográficas, inclusive a mais famosa, a Playboy. O que era “natural” para ela acabou também virando fonte de renda.
Mesmo
com esse histórico moralmente turbulento, ela acabou entrando no
mercado infantil, com um programa primeiramente na TV Manchete e depois
na TV Globo, onde dançarinas mirins com trajes curtos e a garotada
garantiram para ela e para a TV Globo IBOPE e audiência. Ela passou de
coelhinha da Playboy à rainha dos baixinhos.
É uma carreira infantil de sucesso alicerçada em assombrações pornográficas e pedofílicas.
Ela
não era, é claro, o exemplo ideal para as crianças. Mas o mundo imundo
da TV tem valores inversos de uma família que protege os filhos com
valores morais.
Durante
o governo de Lula, Xuxa encabeçou a campanha nacional “Não Bata,
Eduque!”, lançada por Lula em Brasília. A campanha, de modo ostensivo,
buscava a criminalização de pais e mães que aplicam castigos físicos
como disciplina para o mau comportamento dos filhos.
Xuxa
mostrou sua rebelião a esse mundo com limites para as crianças. Talvez
ela anseie um mundo onde as crianças possam tranquilamente andar livres
dentro de casa — livres de roupas — e assim estar mais preparadas para
ver com naturalidade o sexo e a revista Playboy.
Mas
a experiência de uma infância sem limites e sem roupas não trouxe
felicidade para a menina Xuxa. Trouxe, pelo que alega ela, estupros. E
trouxe, pelo que mostra seu currículo, seu estrelato num filme de
pedofilia explícita e participação em revistas pornográficas.
Em
todas essas décadas, Xuxa jamais reclamou de ter sofrido peso na
consciência pela óbvia incoerência entre sua vida no mercado
pornográfico e no mercado infantil. O que importava, talvez, fosse obter
dinheiro, fosse de qual fosse a procedência.
Na entrevista ao Fantástico,
Xuxa se queixa de um pai ausente, mas quando ela teve oportunidade de
fazer diferença na sua vida, ela escolheu ter uma filha sem um pai. Ela
determinou que a figura do pai ficasse ausente da vida de sua filha.
Depois
de sua recente confissão de abuso sexual na infância, Xuxa deveria
abandonar seu ativismo contra os direitos dos pais disciplinarem seus
filhos e imporem limites — inclusive o uso de roupas — neles. Abuso e
violência não é impor limites nos filhos, conforme hoje esbraveja Xuxa
com sua campanha anti-pais, mas a falta de limites.
Seu
ativismo agora deveria se limitar aos malefícios da nudez dentro de
casa, de como essa prática torna as crianças presas fáceis de pedófilos,
do sexo casual e da pornografia.
O ativismo dela deveria também incluir uma campanha de alerta para que os pais bloqueiem toda pornografia em seus lares.
E ela poderia também aproveitar e aparecer novamente no Fantástico
para pedir perdão às famílias e crianças do Brasil pelo filme “Amor
estranho amor”, onde ela mesma, já adulta consciente e com fome de
grana, fez descarada propaganda pró-pedofilia.
DO DILMA ENCICLOPEDOA
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