segunda-feira, 7 de maio de 2012

Juiz desertor do chavismo confessa que fez parte da rede do narcotráfico, atuando a serviço do ditador da Venezuela. É o governo que Lula quer ver reeleito e ao qual, hoje, na prática, presta assessoria

Luiz Inácio Lula da Silva, o molestador de instituições no Brasil, decidiu se enfronhar no processo eleitoral da Venezuela para garantir sobrevida política ao tirano Hugo Chávez. Notícia que está no Globo Online, publicado originalmente em “O Globo a Mais”, a versão vespertina para tablet, traz mais algumas informações sobre o que é o governo Chávez, que conta com a assessoria de João Santana, o marqueteiro do PT, e, obviamente, o amparo de José Dirceu.
Mais uma vez, surgem evidências de elos entre o governo Chávez e o narcotráfico. Leiam trechos da reportagem. Volto depois.
Venezuela, um juiz que se transformou em delator
Por José Casado:
Desde a última quarta-feira, o nome do venezuelano Eladio Ramón Aponte Aponte reluz na lista “vermelha” da Interpol, a pedido do governo de seu país.
(…)
A vida de Aponte Aponte, de 63 anos, mudou seis semanas atrás. Era um homem da lei. Virou foragido da Justiça. Era um dos pilares do governo Hugo Chávez. Tornou-se o “inimigo número um” caçado pelos chavistas. Era presidente do Tribunal Superior de Justiça - a Suprema Corte venezuelana. Agora é um delator da DEA, a agência antidrogas dos Estados Unidos.
Ele confessou cumplicidade com uma rede sul-americana de narcotráfico. E admitiu ter manipulado processos judiciais para favorecer traficantes cujos negócios - contou - eram partilhados com alguns dos mais graduados funcionários civis e militares do governo Chávez.
Citou especificamente: o ministro da Defesa, general de brigada Henry de Jesus Rangel Silva; o presidente da Assembleia Nacional, deputado Diosdado Cabello; o vice-ministro de Segurança Interna e diretor do Escritório Nacional Antidrogas, Néstor Luis Reverol; o comandante da IVa Divisão Blindada do Exército, Clíver Alcalá; e o ex-diretor da seção de Inteligência Militar, Hugo Carvajal.
O juiz Aponte Aponte conheceu a desgraça em março, quando seu nome foi descoberto na folha de pagamentos de um narcotraficante civil, Walid Makled. Convocado para uma audiência na Assembleia Nacional, desconfiou. Na tarde de 2 de abril, ajeitou papéis em uma caixa, deixou o tribunal e entrou em um táxi. Rodou 500 quilômetros até um aeroporto do interior, alugou um avião e aterrissou na Costa Rica. Ali, pediu para entrar no sistema de proteção que a agência antidrogas dos EUA oferece aos delatores considerados importantes.
Três semanas atrás, o juiz-delator reapareceu em uma entrevista ao canal Soi TV, da Costa Rica, contando em detalhes como é feita a manipulação de processos judiciais para livrar da prisão traficantes vinculados a personalidades do governo.
Deu como exemplo um caso no qual está envolvido um ex-adido militar venezuelano no Brasil, o tenente-coronel Pedro José Maggino Belicchi. Segundo o juiz-delator, Maggino Belicchi integra a rede militar que há anos utiliza quartéis da IVª Divisão Blindada do Exército da Venezuela como bases logísticas para transporte de pasta-base e de cocaína exportadas por facções da Farc, a narcoguerrilha colombiana. O tenente-coronel foi preso em flagrante no dia 16 de novembro de 2005, com outros militares, transportando 2,2 toneladas de cocaína em um caminhão do Exército (placa EJ-746).
Na presidência da Suprema Corte, Aponte Aponte diz ter recebido e atendido aos apelos da Presidência da República, do Ministério da Defesa e do organismo venezuelano de repressão a drogas para liberar Magino Belicchi e os demais militares envolvidos. Faz parte da rotina judicial venezuelana, ele contou na entrevista à televisão da Costa Rica.
O general Henry de Jesus Rangel Silva, citado pelo juiz-delator, comandou a Quarta Divisão Blindada, uma das unidades mais importantes do Exército venezuelano. Desde 2008, ele figura na lista oficial de narcotraficantes vinculados às Farc colombianas e cujos bens e contas bancárias estão interditados pelo governo dos Estados Unidos. Em janeiro, o presidente Hugo Chávez decidiu condecorá-lo em público e promovê-lo ao cargo de ministro da Defesa. “Rangel Silva é atacado”, justificou Chávez em discurso.
(…)
Voltei
Essa é apenas mais uma evidência das ligações da cúpula do governo Chávez com os narcotraficantes disfarçados de guerrilheiros. Não se esqueçam de que o Exército da Colômbia encontrou armamento pesado das Forças Armadas da Venezuela em poder das Farc. Celso Amorim, o megalonanico, à época ministro das Relações Exteriores e conduzindo uma política hostil à Colômbia, pôs a informação em dúvida. O próprio Chávez a confirmou, mas disse que o material bélico tinha sido roubado…
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

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