quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Julgamento histórico condena Talvane a 103 anos de prisão

Maceió
03:35 - 19/01/2012
Acesso em: 19 jan 2012.
Enfim a Justiça foi feita! Demorou e demorou muito. Muitas pessoas, principalmente família, familiares e amigos sofreram demais ao longo destes treze anos pós morte da Deputada Ceci Cunha, seu marido, seu cunhado e sogra.
A morte foi conforme comprovado pelo MP, com provas contundentes e irrrefutáveis, muito bem fundamentadas, encomendada por Talvane Albuquerque, médico, filho de família rica que nunca soube o que é sofrimento, pois ao contrário de Ceci Cunha, nunca passou por privações e nem teve que construir sua vida e sonhos gradativamente. Talvane ambicioso e incompetente sabia que o único modo de chegar ao poder era eliminar a deputada pois ele era o seu suplente. Não exitou. Planejou tudo friamente, encomendou e mandou executar o plano macabro que ocorreu em 16 de dezembro de 1998. A deputada havia sido diplomada neste dia, após uma eleição em que recebeu 55.000 votos, segundo o povo alagoano, votos merecidos após seu perfeito trabalho como prefeita em Arapiraca e como deputada em seu primeiro mandato. Estava em casa comemorando com sua família e morreu segurando uma flor branca que havia ganhado de presente.
Acompanhei o julgamento. Foi dantesco. A defesa partiu para uma linha de desmoralização das polícias, perícia, Ministério Público Estadual e Federal, os réus se contradiziam o tempo todo, não havia uma coesão de pensamento e ações, porém  a acusação foi precisa. apresentou provas concretas e desconhecidas da defesa que por sua vez não tinha recurso, nem argumento para contestação das mesmas. O trabalho bem fundamentado, limpo e transparente da acusação fizeram valer os treze anos de espera por Justiça.  A maldade, a incompetência, a ambição desenfreada e desmedida, a inveja de Talvane Albuquerque foram vencidas pela Lei, pelo Bem. Talvane foi condenado a 103 anos e  quatro meses de prisão em regime fechado e sua quadrilha com penas superiores a 75 anos de prisão. Juntas as penas somam 500 anos. 
Os réus sentiam-se extremamente seguros de sua absolvição tanto que  que relaxaram no Tribunal, um chegou a dormir, mas acordou condenado.
A defesa afirma que entrará com recurso para anular o julgamento. Certo. É um direito garantido em Lei, porém vão alegar o quê? Mal conseguiam pronunciar alguma palavra que não fosse a desmoralização e xingamento às  Instituições e ao  Magistrado. Muitas vezes foi notório o descaso no estudo das provas. Tinham certeza da proteção da imunidade parlamentar de Talvane que já não era mais deputado, mas baseavam-se na lei alternativa que político neste país, sendo filho de pai rico, tudo pode.
A condenação deste canalha, cínico, frio diante da imprensa e da Sociedade deu-nos a Luz e a Esperança que político sujo, filho de pai rico, NEM SEMPRE pode tudo e que o BEM VENCE O MAL MESMO QUE DEMORE.
Sou recém chegada à Maceió. Não conheci a vida de Ceci Cunha, apenas nas vezes em que me deslocava na cidade eu lia as faixas " Treze Anos sem Ceci, Queremos Justiça." Comecei então a pesquisar e informar-me sobre ela.
Maceió perdeu uma Grande Guerreira da Paz, do Bem. É insubstituível, seu trabalho era perfeito, tinha muito ainda a oferecer principalmente a quem mais precisava. Os filhos dela cresceram com sem seus pais e com a imagem da morte deles em um dia de alegria. Porém o quem mais venceu nesta triste história de dor e perda foi a JUSTIÇA DIVINA. Tardou mas NÃO falhou.
Ceci e sua familía que foi com ela agora descansam na Paz pela qual ela sempre batalhou em vida. A Justiça dos Homens foi feita, mas a Deus certamente foi maior. Nossa esperança em dias melhores renova-se, basta apenas começar a renovação das Leis vigentes, com penas mais duras, sem regalias, acabar com a corrupção e males como imunidade parlamentar que fazem pessoas sofrerem por anos e anos na espera em que haja de fato Justiça e Justiça para todos conforme diz a Constituição Federal do Brasil.
VIVA CECI CUNHA!!!
POR: Ivete Depelegrim Ribeiro - Estudante de Comunicação Social Publicidade e Propaganda e Jornalismo - Estagiária em Jornalismo. Maceió - Al.
DO CRITICANDO A MIDIA

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