Ontem, no twitter, o deputado tucano e secretário de estado do governo paulista, José Anibal, trocava farpas com alguns seguidores, perguntando qual era o problema de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, ser de Pindamonhangaba. Nenhum problema, desde que ele não faça política como se ainda estivesse lá.
O que Alckmin tem feito para detonar o PSDB nos últimos tempos demonstra o quanto os seus horizontes políticos são estreitos, indo até ali, em Pindamonhangaba. É isso que está ficando claro para os eleitores. Recalcado, raivoso, vingativo, acabou com uma aliança vitoriosa no estado que dirige, com o único objetivo de apossar-se da máquina partidária e de derrotar os serristas.
Não, não é um blogueiro maluco e anônimo quem está fazendo esta afirmação. Se acham a avaliação errada, ela é a mesma de um senador paulista lúcido e muito conhecido, chamado Aloyzio Nunes, que foi eleito com mais de 10 milhões de votos e que, ontem, pasmo, refletia esta conclusão no twitter.
Sim, porque não satisfeito com a cizânia local, Alckmin ainda chamou o apoio de Severino Sérgio Estelita Guerra, o presidente do PSDB, que publicou nota oficial negando a crise, ao mesmo tempo em que atacou gratuitamente Gilberto Kassab e outros políticos de expressão que estão fundando o PSD, além de fustigar os ex-companheiros que deixaram o partido.
Geraldo Alckmin deveria olhar para a sua trajetória política e lembrar que, nas duas vezes em que dividiu o partido, foi derrotado. Em 2006, na sua candidatura à presidência da República, que foi empurrada goela abaixo do tucanato. E em 2008, quando dividiu novamente o PSDB e perdeu a eleição para Gilberto Kassab, amargando um terceiro lugar na corrida pela prefeitura paulistana.
Geraldo Alckmin é tão responsável quanto César Maia pelo racha das oposições e pelo surgimento do PSD. Promoveu uma verdadeira caça contra Gilberto Kassab, de quem teve apoio total na eleição para o governo do estado, já que Afif Domingues, um democrata, é o seu vice-governador. Quando alguém afirmar que Kassab está facilitando a vida do PT, não é bem assim. Quem está fazendo de tudo para perder para o PT – de novo! – é Geraldo Alckmin. Pelo menos em São Paulo, destruindo alianças, queimando pontes e incendiando barcos.
Alckmin, por todos os seus gestos políticos das últimas semanas, está mostrando o quanto é provinciano, regionalista, sem visão de Brasil. Está pensando apenas no seu quintal. O problema de Alckmin não é ter começado a sua vida política em Pindamonhangaba, uma bela e progressista cidade. Isto é até uma virtude, mostra uma certa pureza de propósitos, uma simplicidade bonita. O problema de Alckmin é que ele saiu de Pinda, mas Pinda continua nele, cada vez mais forte. É não perceber que São Paulo e o Brasil são muito maiores do que Pindamonhangaba.
(Um pedido aos paulistas e paulistanos: para julgar este post, saiam da cidade e do estado, colocando-se como brasileiros. Não sejam tão provincianos quanto Geraldo Alckmin. )
(Um pedido aos paulistas e paulistanos: para julgar este post, saiam da cidade e do estado, colocando-se como brasileiros. Não sejam tão provincianos quanto Geraldo Alckmin. )
DO B. DO CEL
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