terça-feira, 17 de maio de 2011

Marta Suplicy: nunca a asneira foi tão convicta e ousada!

O Planalto escalou parlamentares para fazer a defesa de Antonio Palocci. Marta Suplicy está no grupo. Sempre que esta senhora participa do debate, a razão periclita; os fatos tremem. Leiam o que informa Gabriela Guerreiro na Folha OnlIne. Volto depois:

*
O Palácio do Planalto escalou parlamentares da base governista nesta terça-feira para sair em defesa do ministro Antônio Palocci (Casa Civil) no plenário do Senado. Ao justificar a evolução patrimonial do ministro nos últimos quatro anos, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) disse que os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também aumentaram seu patrimônio rapidamente logo após deixarem o Executivo.
“Cabe à acusação dizer o ônus da prova. Não viu quanto o presidente Fernando Henrique e o presidente Lula aumentaram seu patrimônio fazendo palestras por um ano?”, questionou a petista. Marta disse que Palocci foi “injuriado, caluniado, difamado” e acabou absolvido –por isso se tornou o ministro “mais importante” do governo Dilma Rousseff. “Parece-me completamente extrapolado, apesar de todos terem direito à informação, o exagero que nós estamos vivendo nesse momento”, afirmou.
O líder do PT, Humberto Costa (PE), disse que não houve conflito de interesses no fato de Palocci ser dono de uma empresa de consultoria enquanto ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados. “Desde o momento em que ele foi convocado para chefiar a Casa Civil, transformou a finalidade da empresa para se adequar à função que ocupa hoje.”
O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), afirmou que a “prova da transparência” de Palocci foi ter declarado em seu Imposto de Renda sua evolução patrimonial. “Todo ex-ministro e presidente tem direito a prestar consultoria e ganhar dinheiro. O pior é se tivesse camuflado.” Apesar de ser governista, o senador Pedro Taques (PDT-MT) cobrou maiores explicações de Palocci. “Não podemos prejudicar os inimigos nem beneficiar os amigos. Nós precisamos de uma explicação.”
Comento
Se Palocci dependesse da defesa de Marta Suplicy e de Valdir Raupp, estaria frito. Eu mesmo já lembrei aqui os casos de FHC e Lula. Nenhum deles ocupa mais cargo público. E, mesmo assim, são diferentes entre si. O governo que se seguiu ao de FHC foi o de um partido adversário. Ninguém, agradando FHC, poderia ambicionar facilidades no governo. Ao contrário: o novo titular passou a satanizá-lo. Já Lula, o palestrante milionário, não esconde que ainda manda muito e que tem dificuldade para “desencarnar”. Os dois ex-presidentes  são incomparáveis entre si e com Palocci.
A que “calúnia” Marta estaria se referindo, de que Palocci teria sido inocentado? A quebra do sigilo do caseiro? Não! A senadora, como de hábito, tem uma relação ruim com a realidade, com os fatos. A quebra do sigilo é um fato. Palocci viu o extrato. Por maioria apertada, o Supremo decidiu que não havia provas suficientes de que ele tivesse dado a ordem para cometer o crime. É coisa bem diferente, minha senhora!
Quanto a Valdir Raupp, dizer o quê? O presidente do PMDB acha que fazer uma declaração de Imposto de Renda correta já é uma baita prova de honestidade. É, considerando o padrão do PMDB, ele não deixa de ter razão relativa.
Por Reinaldo Azevedo
REV.VEJA

Nenhum comentário:

Postar um comentário