Célebre fã de Lula, o apresentador José Luiz Datena é um desses nomes milionários da TV brasileira. Especializado nas habituais polêmicas vazias do jornalismo nacional, ele acumula fortuna em carros e Arte Naif, como o horrendo quadro de Che Guevara pendurado na parede de sua mansão.
Datena é desses moralistas da TV, que reclamam da “bandidagem” e da fraqueza das autoridades, mas é incapaz de se questionar por que seu ídolo Lula não apresentou uma só lei ao Congresso que aumentasse o rigor contra criminosos violentos.
Confrontado, Datena xinga, berra ou sai na porrada mesmo (http://www.estadao.com.br/ noticias/arteelazer,datena-e- gilberto-barros-se-agridem-em- churrascaria-de-sp,375385,0. htm). Sua voz encontra eco numa sociedade que parece ter perdido a capacidade de realizar operações mentais básicas, de ligar os pontos, de compreender as relações lógicas mais elementares. A sociedade dos populares conservadores que votam em Lula e acham Dilma o máximo simplesmente porque ela não discursa impropérios em público como seu antecessor (embora aumente os impostos como quem apaga a luz do corredor e estimule a demagogia do “desarmamentismo da população”).
Datena é legítimo representante da elite brasileira sem gosto, do empreendedorismo estatizado, do merchandising disfarçado nos programas vulgares de TV.
Como o fã de Fidel Castro, Luciano Huck (http://cafefofocaebobagem. blogspot.com/2011/04/luciano- huck-na-alfa-de-abril.html), Datena está do lado dos pobres. Mas, na dúvida, anda de Audi A8 (como Huck: http://carplace.virgula.uol. com.br/luciano-huck-compra-o- primeiro-audi-a8-2011-do- brasil/) – e, pelo menos no caso de Datena, blindado.
Emparelhados num semáforo, um deve olhar para o outro, A8 com A8, sem abrir o vidro, e menear a cabeça silenciosamente. Pouca gente aprendeu melhor como se dar bem no Brasil de hoje do que essas celebridades da TV: (http://vejasp.abril.com.br/ revista/edicao-2212/datena- band-apresentador-perfil).
DO MIDIA@MAIS
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