quarta-feira, 23 de março de 2011

Pressionado, Aécio fala pela primeira vez no Senado. Um pequeno e singelo aparte.

Ungido como o grande condutor da oposição no Senado, Aécio Neves (PSDB-MG) não havia dito a que vinha. Até o dia de hoje, não havia subido à tribuna para defender absolutamente nada. Havia entrado mudo e saído calado, durante estes dois primeiros meses da legislatura. 


Hoje José Serra (PSDB-SP) foi ao Senado, para uma reunião das principais lideranças do partido. Foi duro ao analisar a interferência do governo federal na Vale, com um trabalho orquestrado para derrubar o seu presidente, Roger Agnelli, lá colocando algum petralha para fazer a empresa brasileira de maior sucesso no mercado internacional construir siderúrgica para o Sarney, no Maranhão, orientando os seus investimentos para objetivos eleitoreiros.

O ex-governador de São Paulo disse que a "burguesia do Estado petista" está se expandindo para "aparelhar a maior empresa privada do país" "O governo decide, portanto é o governo quem vai dirigir a empresa. Decide tirar e decide quem põe. É um fenômeno antigo, já tem alguns anos, mas é fenômeno presente: a burguesia estatal presente que prospera nos últimos anos", afirmou.  

Como a Vale tem origem e grande parte dos seus negócios em Minas Gerais e como Serra fez o papel que deveria ser cumprido por ele, Aécio Neves foi obrigado a manifestar sua opinião, em aparte ao senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Mostrou-se favorável à convocação de Guido Mantega, ministro da Fazenda, para explicar a sua interferência na empresa na Comissão de Assuntos Econômicos. Portanto, senhores e senhoras, fiquem tranquilos: o senador Aécio fala, mesmo que para isso tenha que ser atropelado pelos fatos.
DO COTURNO NOTURNO

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