quarta-feira, 2 de março de 2011

A oposição quer uma bandeira popular? Que tal a do Brasil?


Está na hora da oposição assumir o seu papel. O Brasil não tem condições técnicas e financeiras para sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. A primeira consumirá, inicialmente, R$ 23 bilhões dos cofres públicos, segundo informação isenta do TCU. Pouco menos de R$ 400 milhões da iniciativa privada. O resto vai sair dos bolsos dos manés e dos bocós. A segunda consumirá mais R$ 27 bilhões, segundo projeto aprovado pelo Comitê Olímpico Internacional. As duas competições juntas, no papel, custarão R$ 50 bilhões aos cofres públicos. Sabe-se que custarão o dobro no final, como tudo o que é feito a toque de caixa no Brasil.  Portanto, a conta poderá chegar a R$ 100 bilhões. O Brasil não precisa de uma Copa do Mundo para ser reconhecido como o país do futebol. O Rio de Janeiro não precisa de uma Olimpíada para alavancar o seu turismo, pois continuará sendo a cidade maravilhosa. Obviamente, um posicionamento desta natureza, por parte da oposição, não teria o apoio da imprensa, que é um dos setores que mais lucra com estas competições esportivas. Basta ver o crescimento do bolo publicitário em 2010, graças à Copa do Mundo: quase 20%. Em ano de Copa e Olimpíada no Brasil, irão dobrar o faturamento. No entanto, uma campanha de boicote à Copa e à Olimpíada teria o apoio de grande parte do eleitorado, bastando dizer o que poderia ser feito com R$ 100 bilhões, nos próximos cinco anos. Quantas UPAs? Quantos hospitais? Quantas escolas? Quantos presídios? Quantas ruas calçadas? Ninguém precisa mais da grande imprensa para fazer valer a vontade popular. Para isso existem as redes sociais, que até onde a internet é proibida está derrubando ditadores. Parece simples demais? Comecem esta campanha lá fora. Façam passeata na Times Square. Na Champs Élysées. Em Trafalgar Square. Levem esta luta para o mundo. Coloquem o mundo inteiro contra este verdadeiro crime que estão cometendo contra o povo brasileiro.  O que o mundo acharia de um país onde um programa do Ministério dos Esportes , que deveria fomentar a formação de atletas, desvia dezenas de milhões em lanches de criancinhas pobres? A oposição anda atrás de uma bandeira popular? Que tal a do Brasil?
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Em 2006, Geraldo Alckmin(PSDB) prometeu que venderia o Aerolula para fazer hospitais. Se tivesse um pingo de coerência, assumiria o ônus político e diria em alto e bom som: São Paulo está fora da Copa do Mundo, pois não vamos ser cúmplices desta gastança desnecessária. O mesmo vale para Gilberto Kassab(DEM). Basta mostrar o que poderia ser feito com o dinheiro que será gasto para 15 dias de competição.
 
DO BLOG DO CEL 

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