quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Serra cria 11º mandamento no PSDB para evitar ataque a aliados



Ao lado do presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), o ex-governador de São Paulo José Serra decretou o "11º mandamento" dos tucanos: "não atacará o seu companheiro de partido para não servir ao adversário".

Serra participou de reunião de bancada nesta quarta-feira (9) na Câmara, em Brasília, apontando diretrizes partidárias e atacando o governo.

Teceu críticas ao loteamento feito pelo governo, principalmente na Funasa, e contra o modelo de liberação de emendas parlamentares. "É desmoralizante para o Congresso a forma como as emendas são usadas. Uma coisa é não liberar tudo por falta de verba, que pode acontecer. Outra coisa é a manipulação, a chantagem."Disse que os deputados tucanos precisam estar todos os dias na imprensa. "É para grudar na rádio e na TV de sua cidade. Quando eu era deputado, tinha coluna naFolha de S.Paulo, programas de rádios. Precisamos marcar presença em todos os lugares. temos que estar aí todos os dias. Precisa fazer efeitos especiais? Façamos efeitos especiais", disse. "Precisamos acabar com essa ideia de que tucano gosta de juros alto", completou.

Serra, candidato derrotado à Presidência da República, afirmou ainda que o governo não "tem moral para falar de saúde" e que todos sabem qual é a real situação "da educação, da infraestrutura". "Nem preciso me alongar."

No começo de seu discurso, criticou ainda as obras do PAC e falou também sobre reforma política e tributária.

E finalizou dizendo que, depois da eleição, há momentos em que se sentia mal e momentos que se sentia bem. "E quando me sinto melhor é quando vejo pessoas, como agora. Quero dizer que estou aqui para ajudar e servir ao PSDB em qualquer batalha", repetindo pela terceira vez o "mandamento tucano": "não atacarás o seu companheiro de partido para não servir ao adversário".

O líder da bancada, Duarte Nogueira (SP), resumiu: "tucano não bica tucano".

Mais tarde, em entrevista aos jornalistas, ao ser questionado se pretende concorrer com Guerra pela presidência do partido, desconversou. "Quando me perguntam se eu vou voltar para a atividade política, eu respondo que não vou voltar, porque nunca a deixei."
 
DO BLO DO WELBI

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