sábado, 5 de fevereiro de 2011
Senador tucano mais votado do Brasil afirma: "Aécio não é candidato natural".
É natural a candidatura dele (Aécio) à Presidência?
Não, tem de ser construída. Tem muitos nomes que podem vir a ser. Alckmin, acho eu, o próprio Serra...
Confira aqui a entrevista de Aloysio Nunes(PSDB-SP) ao Estadão.
Senador tucano mais votado no Brasil afirma: abaixo-assinado de Severino Sérgio Estelita Guerra foi uma "forma odiosa".
O senador da República Aloysio Nunes (PSDB) criticou duramente “gente” do seu partido que, por meio de articulações oblíquas, tenta isolar o ex-governador de São Paulo e candidato derrotado à presidência José Serra, e seu grupo. “Acho tudo isso muito negativo. O que o eleitor tucano espera do PSDB é que ele dê tiros para fora, não para dentro. Nosso objetivo é fazer uma oposição firme ao PT. E para isso a unidade interna é fundamental”, declarou Aloysio.
O senador se refere ao movimento insuflado pelo presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, dentro da bancada tucana na Câmara, para tentar ser reconduzido à presidência em detrimento das pretensões de Serra. Segundo Aloysio, a movimentação, levada a cabo no início da semana, “foi um erro que um político da estatura do Guerra não poderia cometer”, disse ele, que considerou “odiosa” a forma como a articulação pró-Guerra e contra Serra se sucedeu. “A forma de abaixo assinado é odiosa, gera constrangimento. Poucos deputados têm independência para dizer que isso não se resolve assim.”
O senador rio-pretense considera ainda que, antes de debater quem vai assumir o comando nacional do partido, o PSDB precisa se recompor e definir suas “bandeiras.” “O partido tem de fazer um debate interno sobre os rumos. As bandeiras que temos de pôr como sinais da nossa presença na política, nossas propostas e como reorganizar o partido onde fomos muito mal nas eleições, como nos Estados do nordeste”, disse o rio-pretense, na seguinte entrevista ao Diário:
Diário da Região - Temos acompanhado as discussões internas do PSDB e gostaria de saber do senhor qual o rumo do partido com a tentativa de isolar o grupo do Serra, além de terem excluído o senhor e o Serra do programa de ontem (quinta-feira), diferente do que estava previsto.
Aloysio Nunes - Isso aí eu vi no Painel da Folha. Não tem confirmação disso. O fato de não terem mencionado meu nome é irrelevante. Tenho quase 11,2 milhões de votos. Se suprimiram meu nome numa menção de alguns segundos não me ataca em nada. Sei conter meu ego dentro de limites razoáveis. Agora, o que está havendo, são pressões internas em busca de quem vai liderar, quem vai conduzir partido na oposição, quem vai ser o candidato em 2014... Acho tudo isso muito negativo. O que o eleitor tucano espera do PSDB é que ele dê tiros para fora, não para dentro. Nosso objetivo é fazer uma oposição firme ao PT. E para isso a unidade interna é fundamental, para que possamos juntar nossas forças numa só direção. Segundo que é prematuro você discutir quem poderá ser o candidato em 2014. Tem muita água para rolar ainda. Sabe-se lá como estará o governo, os partidos, quais vão ser as condições do País, os reflexos da eleição de 2012. Tem gente querendo colocar o carro na frente dos bois.
Diário - Quando o senhor fala “gente” é o Aécio Neves?
Aloysio - Não, não é o Aécio. Houve um movimento para recondução do presidente do partido, Sérgio Guerra, que foi deflagrado no interior da bancada do PSDB na Câmara. Pelo próprio presidente, porque esses movimentos não são de geração espontânea. Eu acho que isso foi um erro, porque criou toda uma excitação interna, externa, na imprensa. Então um erro. Erro que político da sutileza e da estatura do Guerra não poderia cometer. Erro de timing, porque atropela o processo de eleições nos diferentes escalões do partido; segundo, pela forma. Forma de abaixo assinado é odiosa, gera constrangimento. Poucos deputados têm independência para dizer que isso não se resolve assim. Vaz de Lima foi um deles, pouquíssimos. Terceiro, antes de escolher presidente o partido tem de fazer avaliação, debate interno, sobre os rumos. As bandeiras que temos de por como sinais da nossa presença na política, nossas propostas, como reorganizar o partido onde fomos muito mal nas eleições, como nos Estados do nordeste, à exceção de Alagoas. E depois ver quem é que tem condição de liderar esse processo. Não dá para começar pelo fim. Na direção do partido temos de colocar o que temos de melhor. O Serra tem que estar dentro, o Goldman, o próprio Guerra, o Aécio. Tem de estar todo mundo junto.
Diário - Bem ou mal o Serra é a grande liderança do PSDB hoje (o tucano teve 44 milhões de votos na eleição presidencial).
Aloysio - Claro, o Serra tem um capital de votos, de prestígio, de história política e uma aliança muito firme com o governador Alckmin. Não pode ficar alijado.
Diário - O Alckmin tem participado deste movimento contra o Serra?
Aloysio - Ele deu uma opinião muito semelhante a minha. Foi dito que havia um consenso geral de todos os governadores e ele desmentiu. Disse que é movimento prematuro e que se o Serra for candidato ele o apoia. Não sei se o Serra é candidato. Sei que ele tem de participar, num lugar ou em outro, na condução do partido. Seja na presidência, na executiva. O que não dá é alijar ele. É um tiro no pé.
Diário - Qual oposição o senhor defende? Sistemática ou mais “republicana”, como sempre dito pelo Aécio?
Aloysio - Mas que “republicana”? Isso não existe. Oposição é oposição em qualquer lugar. No Congresso Nacional, na Câmara de Guapiaçu, na Assembleia, em qualquer lugar. Quem foi colocado nessa posição pelo eleitorado tem o dever de expressar a voz dos que são contra, de fiscalizar, de denunciar quando for o caso. Hoje mesmo fiz discurso comentando a fala da Dilma. É meio intuitivo o que é ser oposição.
O senador se refere ao movimento insuflado pelo presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, dentro da bancada tucana na Câmara, para tentar ser reconduzido à presidência em detrimento das pretensões de Serra. Segundo Aloysio, a movimentação, levada a cabo no início da semana, “foi um erro que um político da estatura do Guerra não poderia cometer”, disse ele, que considerou “odiosa” a forma como a articulação pró-Guerra e contra Serra se sucedeu. “A forma de abaixo assinado é odiosa, gera constrangimento. Poucos deputados têm independência para dizer que isso não se resolve assim.”
O senador rio-pretense considera ainda que, antes de debater quem vai assumir o comando nacional do partido, o PSDB precisa se recompor e definir suas “bandeiras.” “O partido tem de fazer um debate interno sobre os rumos. As bandeiras que temos de pôr como sinais da nossa presença na política, nossas propostas e como reorganizar o partido onde fomos muito mal nas eleições, como nos Estados do nordeste”, disse o rio-pretense, na seguinte entrevista ao Diário:
Diário da Região - Temos acompanhado as discussões internas do PSDB e gostaria de saber do senhor qual o rumo do partido com a tentativa de isolar o grupo do Serra, além de terem excluído o senhor e o Serra do programa de ontem (quinta-feira), diferente do que estava previsto.
Aloysio Nunes - Isso aí eu vi no Painel da Folha. Não tem confirmação disso. O fato de não terem mencionado meu nome é irrelevante. Tenho quase 11,2 milhões de votos. Se suprimiram meu nome numa menção de alguns segundos não me ataca em nada. Sei conter meu ego dentro de limites razoáveis. Agora, o que está havendo, são pressões internas em busca de quem vai liderar, quem vai conduzir partido na oposição, quem vai ser o candidato em 2014... Acho tudo isso muito negativo. O que o eleitor tucano espera do PSDB é que ele dê tiros para fora, não para dentro. Nosso objetivo é fazer uma oposição firme ao PT. E para isso a unidade interna é fundamental, para que possamos juntar nossas forças numa só direção. Segundo que é prematuro você discutir quem poderá ser o candidato em 2014. Tem muita água para rolar ainda. Sabe-se lá como estará o governo, os partidos, quais vão ser as condições do País, os reflexos da eleição de 2012. Tem gente querendo colocar o carro na frente dos bois.
Diário - Quando o senhor fala “gente” é o Aécio Neves?
Aloysio - Não, não é o Aécio. Houve um movimento para recondução do presidente do partido, Sérgio Guerra, que foi deflagrado no interior da bancada do PSDB na Câmara. Pelo próprio presidente, porque esses movimentos não são de geração espontânea. Eu acho que isso foi um erro, porque criou toda uma excitação interna, externa, na imprensa. Então um erro. Erro que político da sutileza e da estatura do Guerra não poderia cometer. Erro de timing, porque atropela o processo de eleições nos diferentes escalões do partido; segundo, pela forma. Forma de abaixo assinado é odiosa, gera constrangimento. Poucos deputados têm independência para dizer que isso não se resolve assim. Vaz de Lima foi um deles, pouquíssimos. Terceiro, antes de escolher presidente o partido tem de fazer avaliação, debate interno, sobre os rumos. As bandeiras que temos de por como sinais da nossa presença na política, nossas propostas, como reorganizar o partido onde fomos muito mal nas eleições, como nos Estados do nordeste, à exceção de Alagoas. E depois ver quem é que tem condição de liderar esse processo. Não dá para começar pelo fim. Na direção do partido temos de colocar o que temos de melhor. O Serra tem que estar dentro, o Goldman, o próprio Guerra, o Aécio. Tem de estar todo mundo junto.
Diário - Bem ou mal o Serra é a grande liderança do PSDB hoje (o tucano teve 44 milhões de votos na eleição presidencial).
Aloysio - Claro, o Serra tem um capital de votos, de prestígio, de história política e uma aliança muito firme com o governador Alckmin. Não pode ficar alijado.
Diário - O Alckmin tem participado deste movimento contra o Serra?
Aloysio - Ele deu uma opinião muito semelhante a minha. Foi dito que havia um consenso geral de todos os governadores e ele desmentiu. Disse que é movimento prematuro e que se o Serra for candidato ele o apoia. Não sei se o Serra é candidato. Sei que ele tem de participar, num lugar ou em outro, na condução do partido. Seja na presidência, na executiva. O que não dá é alijar ele. É um tiro no pé.
Diário - Qual oposição o senhor defende? Sistemática ou mais “republicana”, como sempre dito pelo Aécio?
Aloysio - Mas que “republicana”? Isso não existe. Oposição é oposição em qualquer lugar. No Congresso Nacional, na Câmara de Guapiaçu, na Assembleia, em qualquer lugar. Quem foi colocado nessa posição pelo eleitorado tem o dever de expressar a voz dos que são contra, de fiscalizar, de denunciar quando for o caso. Hoje mesmo fiz discurso comentando a fala da Dilma. É meio intuitivo o que é ser oposição.
(entrevista publicada hoje, no DiarioWeb)
Agora vai.
Em meio às tentativas de Aécio Neves para dominar e dividir o partido, atuando ao mesmo tempo para arrasar o DEM, Fernando Henrique Cardoso, como sempre, fala como deveria ter falado em 2003, fazendo oposição ao governo Lula, desde o primeiro dia. Omitiu-se na sua soberba e arrogância. Vamos ver se agora vai. Leia o artigo mensal do ex-presidente, publicado nos principais jornais brasileiros, neste domingo. Clique duas vezes sobre a imagem para ampliar e ler.
DO COTURNO NOTURNO
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