sábado, 12 de fevereiro de 2011

Arrocho no salário mínimo dos aposentados vai pagar o plano da Dilma de erradicação da miséria.


Guido Mantega, ministro da Fazenda, afirma que cada R$ 1 de aumento no salário mínimo representa mais R$ 280 milhões nas contas públicas. Matemática básica: de R$ 545 para R$ 600, o custo seria de R$ 15,4 bilhões. A afirmação é que isto quebraria o país. No entanto, o jornal O Globo informa que Dilma Rousseff, para acabar com a miséria, quer ampliar a Bolsa Família e que isto vai custar até R$ 14 bilhões por ano, favorecendo mais 9 milhões de pessoas. Ou seja: Dilma arrocha o  salário mínimo que tem impacto direto em 18 milhões de  aposentados que recebem este valor e, na outra ponta do balcão, compra mais 9 milhões de  beneficiários, elevando o número de eleitores do programa para uns 40 milhões. Por isso, o governo está fechando questão em torno do mínimo de R$ 545, com a leniência de opositores como Aécio Neves. Para ser reeleita em 2014, bastará Dilma, a mãe dos pobres, dizer que os tucanos vão acabar com a Bolsa Família.  Vejam o diagrama abaixo, clicando e ampliando a imagem:


No mínimo, ser oposição.

A bancada governista vai aprovar o que bem entender na votação do salário mínimo. Haverá o mensalão de sempre, na forma de liberação de emendas. Haverá a corrupção de sempre, na forma de indicações para cargos nos quatrocentos escalões da máquina pública. Portanto, derrotada de antemão, cabe à oposição defender o melhor para o eleitor. E o melhor para o eleitor é um salário mínimo de R$ 600. Se o governo federal não teve responsabilidade no período de gastança que antecedeu a eleição de Dilma Rousseff, não cabe à oposição pedir sacrifícios ao eleitor. Aécio Neves(PSDB-MG) quer fazer um acordo, aumentando " umas dez pilas" na proposta petista. É exatamente o que eles querem. Em vez de ouvir pesadas críticas e de ver a população ser informada de onde poderia vir o dinheiro, ceder apenas um pouquinho, com o beneplácito de uma oposição covarde. O governo federal acaba de apresentar um corte de R$ 50 bilhões sem dizer de onde eles vão sair. De viagens e diárias? De emendas parlamentares? Ora, quanta tolice. A oposição defendeu um salário mínimo de R$ 600. O candidato foi ao Congresso e disse de onde viriam os recursos. Cabe ao Aécio Neves obedecer a linha partidária e fazer oposição. Se juntar a petistas, pedetistas e outros adesistas é mostrar a que veio o suposto líder da minoria em uma das votações mais importantes para a população brasileira. Se juntar com Paulinho da Força Sindical, que foi o mais sujo adversário do PSDB nas eleições presidenciais, é demonstração de falta de caráter e de pequenez. No mínimo, o Brasil que é contra este governo quer oposição, sem acordo, sem conchavo, sem negociata por debaixo dos panos.

Clique e amplie a matéria do Estadão para ler.

Lulinha processado por tráfico de influência: Estadão diz o que ele ganhou, mas não o que a Telemar recebeu.

Filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o empresário Fábio Luiz da Silva vai ser investigado perante a Justiça Federal de São Paulo. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acabou com a dúvida que existia desde 2007 sobre onde deveria tramitar o caso que apura se Fábio cometeu ou não crime de tráfico de influência. Antes da decisão do STJ, não se sabia se a responsabilidade seria da Justiça Federal de São Paulo ou do Rio. Na quarta-feira, os ministros que integram a 3.ª Seção do STJ resolveram que o caso deveria tramitar no Estado onde mora Fábio, ou seja, São Paulo.

Nos inquéritos em que há dúvidas desse tipo, normalmente a Justiça determina que o caso corra no Estado onde foi cometido o crime.Mas,segundo o STJ,não havia como determinar isso. As suspeitas contra o filho do ex-presidente surgiram após a publicação de reportagens noticiando a compra,em2005, de títulos emitidos pela empresa de Fábio, a Gamecorp, pela Telemar. O negócio teria valor aproximado de R$ 5 milhões. Havia suspeitas de que o aporte somente estava ocorrendo porque a empresa tinha participação do filho de Lula, o que poderia configurar tráfico de influência. 

De acordo com o Código Penal, é tráfico de influência solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público. A origem da dúvida sobre onde deveria tramitar o inquérito surgiu depois que a Câmara Municipal de Belém (PA) pediu à Procuradoria Geral da República que apurasse as suspeitas. O caso foi encaminhado à procuradoria no Rio, onde fica a sede da Telemar. No entanto, o Ministério Público concluiu que o inquérito deveria ser transferido para São Paulo,onde está a sede da Gamecorp e onde residem Fábio e outros acionistas da empresa. Com a decisão do STJ, o caso passará a tramitar na 10.ª Vara Criminal da Justiça Federal.
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Em 2006, quando Lulinha recebeu a bolada de dinheiro, a Telemar já estava pressionando Lula a mudar a lei, para que ela pudesse ser dona de duas operadoras, adquirindo a Brasil Telecom. Lula mudou a lei e, em 2008, a Oi comprou a Brasil Telecom por quase R$ 5 bilhões, grande parte com financiamento do BNDES. Um bom resultado para um escandaloso tráfico de influência só agora investigado.

Por dentro ou por fora?

Com tanto mensaleiro reunido na festa dos 31 anos do Partido da Trambicagem que reconduziu o velhaco ao cargo máximo da "sofisticada organização criminosa", com direito a salário de 13 mil por mês, a pergunta que fica é: desta vez os recursos serão ou não contabilizados?
 
DO COTURNO NOTURNO

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