quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Os males do PAC, saem de seu esconderijo mitológico

Editado por Andréa Haddad em 13/01/2011 às 11:13 hs.

(Giulio Sanmartini) O tão ufanado Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), filho dileto da “mãe Dilma Roussef” seria o remédio definitivo para todos os males do Brasil, desde a pobreza endêmica até a falta de moradias. Mas era tudo conversa fiada, “muitos flatos e poucas fezes”. Quando os petistas, técnicos inigualáveis no vitupério do auto-elogio viram que a paralisação do PAC seria uma grande propaganda contra, e que para esconder os fracassos não seria suficiente uma caixa preta, mas uma de Pandora (*), que não podia ser aberta sob ameaça que fossem libertadas para o conhecimento geral todas as farsas, espalhou-se há poucos dias que a presidente Dilma Rousseff poderia iniciar o seu governo com boas oportunidades para reforçar o título de mãe do PAC.

Só em 2011, cerca de 60 obras do programa seriam inauguradas em setores como transportes, saneamento, energia elétrica e óleo e gás. Seria algo como cinco por dia. Mas aí seria inaugurar o atraso, haja vista que estas obras deveriam estar terminadas até dezembro último.

Em abril de 2010, concluiu-se que pouco mais de 11% das obras estavam concluídas e mais de 10 mil estavam empacadas por superfaturamento ou nem tinham sido iniciadas. Mas os balanços foram maquiados e ninguém mais sabe o que é real ou é fictício nesse mirabolante programa.

Uma parte da verdade pode ser vista em estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), elaborado em dezembro, afirmando que o PAC, lançado há quatro anos sob coordenação de Dilma Rousseff, sofre com um “grande atraso” em suas obras e que tem deficiências nos balanços oficiais, centrados em volume financeiro, “os dados sobre o ritmo de execução física das obras não estão claros”, o que contraria determinação do Tribunal de Contas da União. Registre-se o fato que o Ipea é um órgão ligado à Presidência da República.

E expressão Caixa de Pandora, com relação ao PAC, é uma metáfora para aludir à repentina descoberta de um problema ou uma série de problemas, que por bastante tempo tinham ficados escondidos, que uma vez divulgados não será mais possível tornar a escondê-los. Nada mais parecido com o PAC e sua mãe.

(*) A Caixa de Pandora, segundo a mitologia grega, era o depósito de todos os males que atingiram o mundo depois de sua abertura. Segundo o conto do poeta Esiodo, tinha sido um presente dado a Pandora por Zeus e ele a tinha recomendado de não abri-lo. Todavia pandora recebeu do deus Hermes o dom da curiosidade e não demorou a destapá-la, libertando assim todos os males do mundo. Tendo ficado dentro da caixa somente a esperança, que não teve tempo em sair da caixa antes que essa fosse tapada de novo.

fonte blog prosa e politica

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