Editado por Andréa Haddad em 3/01/2011 às 11:32 hs.
(Giulio Sanmartini) Antes de começar quero registrar um comentário feito pelo meu caro leitor Magu no artigo Lula e Maradona: semelhanças nefastas (2/1/2011): “Vamos enterrar, pelo menos aqui no blog, esse imbecil. Falou-se dele por oito anos. Só dos erros, porque dos acertos não dá para contar nos nove dedos dele. Vai sobrar dedo. Molusco etílico, R.I.P. De minha parte, eu me recuso, a partir de 2ª, a continuar. Quiuspa! Já chega, gentes”.
Pois é Magu, não posso deixar de dar razão, mas quero que você entenda que não posso seguir esse caminho, haja vista que nos oito anos de governo Luiz Inácio Lula da Silva deixou uma peçonha residual que levará algum tempo para ser eliminada, como o lamentável caso Cesare Batista sobre o qual escrevo abaixo.
Giorgio Napolitano (1925, foto) é o 11° presidente da República Italiana, tomou posse no cargo em 15 de maio de 2006. Antes disso foi presidente da Câmara dos Deputados, ministro do Interior no governo Romano Prodi e senador vitalício desde 2005. Foi o primeiro Chefe de Estado, oriundo do Partido Comunista Italiano.
Napolitano como presidente vem se distinguindo pela seriedade, firmeza e ponderação com que age exercendo o poder moderador. É um dos raros homens públicos que será lembrado como uma pessoa de bem, sem uma jaça que o possa desabonar.
Portanto, sua breve e concisa observação sobre a decisão do presidente Lula em não conceder extradição a Cesare Battisti, não é composta de vãs palavras circunstanciais, mais de uma firme e inequívoca posição. Ele afirmou: “A decisão do presidente Lula suscitou um mim uma profunda contrariedade, amargura e decepção. É uma decisão incompreensível e baseada em motivações infundadas”.
Portanto, a atitude de Lula não emporcalha somente seu sujo nome, mas dos brasileiros como um todo. O governo italiano teve a ilusão que, após a posse, a presidente Dilma Rousseff fosse rever a decisão de Lula. Ledo engano.
O novo ministro da Justiça José Cardoso declarou não ter dúvida alguma que o “não” dado por Lula sobre a extradição foi correto, que tinha sido uma “decisão soberana”.
Mas ele não disse que nos encontros oficiais com os presidentes da Republica e do Conselho italiano, respectivamente, Giorgio Napolitano e Silvio Berlusconi, Lula tinha dado uma mensagem tranquilizadora. Como de hábito para Lula é muito fácil o dito ficar pelo não dito. Mas o pior é ver que Dilma Rousseff dá mostras que trilhará o mesmo caminho.
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