“O
tumor da corrupção impune assumiu dimensões tão perturbadoras que
talvez só possa ser lancetado por um quadrilheiro de grosso calibre ─
alguém como Marcos Valério”. Foi esse o fecho do post publicado em 26 de
agosto (veja a seção Vale Reprise), que resume num dos
parágrafos o que ocorreria se o publicitário vigarista que virou
diretor-financeiro da quadrilha do mensalão resolvesse abrir o bico.
“As revelações de Roberto Jefferson abalaram as fundações do governo Lula e devassaram o bordel das messalinas disfarçado de templo das vestais. O teor explosivo das histórias que Valério tem para contar é infinitamente maior. Depois da primeira prisão preventiva, ele avisou mais de uma vez que, se fosse abandonado no barco a caminho do naufrágio, afundaria atirando ─ e tinha balas na agulha tanto para mensaleiros juramentados quanto para Lula”.
Não era blefe, atesta mais uma histórica edição de VEJA. Embora não tenha esgotado seu estoque de segredos, o que Marcos Valério já contou é suficiente para convencer o mais fanático petista de que o mensalão existiu, apertar a corda que envolve o pescoço dos antigos comparsas e devolver o ex-presidente Lula ao olho do furacão que quase o levou para longe do poder em 2005.
As revelações começam já na capa ─ “Não podem condenar só os mequetrefes. Só não sobrou para o Lula porque eu, o Delúbio e o Zé não falamos” ─ e se estendem pela reportagem de oito páginas assinada por Rodrigo Rangel. Confiram sete disparos de grosso calibre:
“Lula era o chefe”.
“Dirceu era o braço direito do Lula, o braço que comandava”.
“O Delúbio dormia no Alvorada. Ele e a mulher dele iam jogar baralho com o Lula à noite”.
“O caixa do PT foi de 350 milhões de reais”.
“(Depois da descoberta do escândalo), meu contato com o PT era o Paulo Okamotto. O papel dele era tentar me acalmar”.
“O PT me fez de escudo, me usou como boy de luxo. Mas eles se ferraram porque agora vai todo mundo para o ralo”.
“Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo até hoje”.
A caixa-preta foi aberta. Só poderá ser fechada por meio da violência. Para impedir que o pior aconteça, basta que as autoridades policiais completem o serviço, o Ministério Público cumpra seu dever e o Judiciário inteiro se mire no exemplo dos oito do Supremo.
“As revelações de Roberto Jefferson abalaram as fundações do governo Lula e devassaram o bordel das messalinas disfarçado de templo das vestais. O teor explosivo das histórias que Valério tem para contar é infinitamente maior. Depois da primeira prisão preventiva, ele avisou mais de uma vez que, se fosse abandonado no barco a caminho do naufrágio, afundaria atirando ─ e tinha balas na agulha tanto para mensaleiros juramentados quanto para Lula”.
Não era blefe, atesta mais uma histórica edição de VEJA. Embora não tenha esgotado seu estoque de segredos, o que Marcos Valério já contou é suficiente para convencer o mais fanático petista de que o mensalão existiu, apertar a corda que envolve o pescoço dos antigos comparsas e devolver o ex-presidente Lula ao olho do furacão que quase o levou para longe do poder em 2005.
As revelações começam já na capa ─ “Não podem condenar só os mequetrefes. Só não sobrou para o Lula porque eu, o Delúbio e o Zé não falamos” ─ e se estendem pela reportagem de oito páginas assinada por Rodrigo Rangel. Confiram sete disparos de grosso calibre:
“Lula era o chefe”.
“Dirceu era o braço direito do Lula, o braço que comandava”.
“O Delúbio dormia no Alvorada. Ele e a mulher dele iam jogar baralho com o Lula à noite”.
“O caixa do PT foi de 350 milhões de reais”.
“(Depois da descoberta do escândalo), meu contato com o PT era o Paulo Okamotto. O papel dele era tentar me acalmar”.
“O PT me fez de escudo, me usou como boy de luxo. Mas eles se ferraram porque agora vai todo mundo para o ralo”.
“Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo até hoje”.
A caixa-preta foi aberta. Só poderá ser fechada por meio da violência. Para impedir que o pior aconteça, basta que as autoridades policiais completem o serviço, o Ministério Público cumpra seu dever e o Judiciário inteiro se mire no exemplo dos oito do Supremo.
14/09/2012
às 19:12 \
Direto ao PontoOs mensaleiros saberão em poucas horas que, no Brasil, sábado é o mais cruel dos dias para gente com culpa no cartório
POR AUGUSTO NUNES
Como os sete ministros que perderam o emprego depois da aparição na procissão dos pecadores, mensaleiros graduados ─ e com eles os protetores e os comparsas ─ constatarão em poucas horas que, no Brasil, sábado é o mais cruel dos dias para quem tem culpa no cartório. Não é pouco o que já se sabe sobre o maior dos escândalos. Mas não é tudo, gritam os segredos revelados na reportagem de capa de VEJA. Além de iluminar caminhos que conduzem a catacumbas ainda por devassar, o conjunto de descobertas confirma, detalha e amplia operações criminosas urdidas pela quadrilha desbaratada em 2005.
Demorou sete anos, mas o chefão do bando foi arrastado para o pântano. E os subcomandantes submergiram de vez.
Mais uma edição histórica de VEJA: Marcos Valério revela segredos do mensalão
ResponderExcluir“O tumor da corrupção impune assumiu dimensões tão perturbadoras que talvez só possa ser lancetado por um quadrilheiro de grosso calibre ─ alguém como Marcos Valério”. Foi esse o fecho do post publicado em 26 de agosto (veja a seção Vale Reprise), que resume num dos parágrafos o que ocorreria se o publicitário vigarista que virou diretor-financeiro da quadrilha do mensalão resolvesse abrir o bico.
“As revelações de Roberto Jefferson abalaram as fundações do governo Lula e devassaram o bordel das messalinas disfarçado de templo das vestais. O teor explosivo das histórias que Valério tem para contar é infinitamente maior. Depois da primeira prisão preventiva, ele avisou mais de uma vez que, se fosse abandonado no barco a caminho do naufrágio, afundaria atirando ─ e tinha balas na agulha tanto para mensaleiros juramentados quanto para Lula”.
Não era blefe, atesta mais uma histórica edição de VEJA. Embora não tenha esgotado seu estoque de segredos, o que Marcos Valério já contou é suficiente para convencer o mais fanático petista de que o mensalão existiu, apertar a corda que envolve o pescoço dos antigos comparsas e devolver o ex-presidente Lula ao olho do furacão que quase o levou para longe do poder em 2005.
As revelações começam já na capa ─ “Não podem condenar só os mequetrefes. Só não sobrou para o Lula porque eu, o Delúbio e o Zé não falamos” ─ e se estendem pela reportagem de oito páginas assinada por Rodrigo Rangel. Confiram sete disparos de grosso calibre:
“Lula era o chefe”.
“Dirceu era o braço direito do Lula, o braço que comandava”.
“O Delúbio dormia no Alvorada. Ele e a mulher dele iam jogar baralho com o Lula à noite”.
“O caixa do PT foi de 350 milhões de reais”.
“(Depois da descoberta do escândalo), meu contato com o PT era o Paulo Okamotto. O papel dele era tentar me acalmar”.
“O PT me fez de escudo, me usou como boy de luxo. Mas eles se ferraram porque agora vai todo mundo para o ralo”.
“Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo até hoje”.
A caixa-preta foi aberta. Só poderá ser fechada por meio da violência. Para impedir que o pior aconteça, basta que as autoridades policiais completem o serviço, o Ministério Público cumpra seu dever e o Judiciário inteiro se mire no exemplo dos oito do Supremo.
VAI QUE É SUA
14/09/2012
às 19:12 \
Direto ao PontoOs mensaleiros saberão em poucas horas que, no Brasil, sábado é o mais cruel dos dias para gente com culpa no cartório
POR AUGUSTO NUNES