Por Tai Nalon, na VEJA.com:
Novos dados enviados à CPI do Cachoeira, que teve seus trabalhos suspensos no Congresso, mostam que o contínuo Bruno Estefânio de Freitas, laranja da construtora Delta no Rio de Janeiro, aparece como recebedor de pelo menos 174 milhões de reais da empresa só em 2011.
Novos dados enviados à CPI do Cachoeira, que teve seus trabalhos suspensos no Congresso, mostam que o contínuo Bruno Estefânio de Freitas, laranja da construtora Delta no Rio de Janeiro, aparece como recebedor de pelo menos 174 milhões de reais da empresa só em 2011.
A quantia,
atualizada nesta semana pelo gabinete do senador Rubens Bueno (PPS-PR),
é destinada à MB Serviços de Terraplanagem, empresa localizada em
Saquarema, no litoral fluminense, que é parte de mais um tentáculo da
organização criminosa comandada pelo contraventor no Rio de Janeiro.
Antes, sabia-se apenas que a MB recebera 33 milhões no ano passado –
quantia pequena diante do fluxo de dinheiro destinado ao estado em 2011.
Bruno é peça-chave na rede de laranjas e fantasmas. Ele consta como sócio da MB, empresa que tem apenas a Delta de Fernando Cavendish como cliente, apesar de ter apenas 20 anos e estar desempregado. Vive, conforme VEJA mostrou na semana passada, em um condomínio fechado em Jacarepaguá, onde permanece sob escolta de seguranças.
O laranja
entrou no radar da CPI há semanas, mas nunca teve sua convocação
aprovada. Não há interesse na ala governista da comissão em aprofundar
as apurações sobre os laços de Cachoeira e da Delta com autoridades do
Rio. Mais: o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), tem
afirmado a colegas que a etapa de depoimentos – quase todos infrutíferos
– terminou. Uma vez retomados os trabalhos, o que deverá acontecer
apenas em outubro, integrantes da oposição tentarão ouvir Bruno no
Congresso.
VEJA
revelou em julho que Bruno entrara no radar do Conselho de Controle e
Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, ao tentar sacar, de uma só vez, 5 milhões de reais numa agência bancária na Barra da Tijuca.
O contínuo é sócio da MB junto com Marcelo Astuto, parceiro de Horácio
Pires Adão, processado em 2005 com Cavendish por fraudes no fundo de
pensão de funcionários da Cedae, empresa de águas e esgoto do Rio.
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