sábado, 1 de dezembro de 2018
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil
Naturalmente,
o novo Governo Federal carrega a esperança das reformas, das mudanças
(estruturais) para melhor. Não bastarão idéias novas e diferentes. É
fundamental que elas sejam corretas, baseadas na realidade, e possíveis de
serem realizadas na prática. Boa intenção é bacana, porém o inferno daqui já
está superlotado dela. O Governo de Bolsonaro e Mourão tem de embarcar na
evolução tecnológica, principalmente na Educação e na Infraestrutura – bases de
tudo.
A UOL
Tecnologia produziu uma reportagem em que o Presidente da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) defende que o Brasil precisa escolher entre a conexão
de ponta para poucos ou serviço de meia bocas para todos. Leonardo Euler de
Moraes chama atenção para o fato de que, em alguns meses, o Brasil fará o
leilão das faixas de freqüência usadas pela quinta geração de Internet móvel.
Só que a China e os Estados Unidos já estão na frente desta revolução 5G com velocidade
gigantesca entre máquinas “inteligentes”.
O dilema
apresentado por Leonardo Euler, da Anatel, é: Escolher entre um modelo que
favoreça a competição entre as maiores operadoras no Brasil e um outro que
permita às empresas vencedoras explorar o que o 5G promete. A opção errada pode
mergulhar o Brasil em um atraso que será irreversível. Se os dirigentes e
estrategistas brasileiros não se ligarem na importância da “Internet das
Coisas” (Internet of Things – IoT), estaremos ferrados como Nação que sonha em
se desenvolver. Carros autônomos, telemedicina e agricultura inteligente são
realidades próximas que não podemos perder de vista.
O Brasil
terá de abrir o setor de telecomunicações para uma concorrência
desregulamentada. Também precisará rever os variados impostos que incidem sobre
o setor e que, no final das contas, acabam doendo no bolso do consumidor –
aquele otário que tem uma Internet e uma telefonia de décimo-terceiro mundo.
Aliás, é fundamental uma revisão geral das agências criadas na Era FHC e suas
privatarias que criaram cartéis e cartórios. Não dá mais para aceitar agências
que se limitam a defender monopólios contra os cidadãos e empresas.
Bolsonaro e
Mourão terão o desafio de liderar o processo de mudanças de paradigmas. Têm de
focar em conceitos corretos. Um amplo debate sobre assuntos estratégicos
precisa ganhar corpo, popularizando o máximo que for possível, apesar da
ignorância e da incapacidade de análise da maioria da população. A Elite não
pode continuar formada por uma parcela gigantesca de idiotas que só olham para
o próprio umbigo, tirando onda de primeiro mundo no terceiro.
Bolsonaro e
Mourão terão de liderar militares inteligentes e bem intencionados junto com
tecnocratas que se dividem entre os que desejam ganhar mais dinheiro e aqueles
que compreendem que o Brasil só vai mudar com mudanças estruturais e
conceituais. Se os dois grupos saírem na porrada, por vaidades ou interesses
inconfessáveis, o Brasil fracassará e a esquerda retornará a todo vapor.
O jogo será
difícil. Por isso, é preciso ficar muito atento àquela advertência do Carlos
Bolsonaro, um dos filhos do Presidente eleito, no dia 28 de novembri, via
Twitter: “A morte de Jair Bolsonaro não interessa somente aos inimigos
declarados, mas também aos que estão muito perto. Principalmente após sua
posse! É fácil mapear uma pessoa transparente e voluntariosa. Sempre fiz minha
parte esaustivamente. Pensem e entendam todo o enredo diário”.
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