Em pesquisa do Instituto Paraná realizada no Rio, Haddad é o candidato que mais cresce
A terceira rodada de pesquisas de opinião para
presidente da República feita no Rio de Janeiro pelo Instituto Paraná,
em parceria com o JORNAL DO BRASIL, mostra que o candidato do PSL, Jair
Bolsonaro, se mantém na liderança em todos os cenários. Se não fossem
contadas as abstenções (soma de votos nulos e eleitores que declaram que
não votarão em ‘nenhum’ candidato), Bolsonaro teria mais de um terço
dos votos (83,1%) no estado.
A
pesquisa foi realizada entre os dias 25 e 30 de agosto, antes da
decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de impugnar a candidatura
de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. No cenário com o
ex-presidente, 19,9%, declaram abstenção. Sem Lula, são 26,2%.
Bolsonaro cresceu de 29% para 30%, em cenário sem o
ex-presidente, enquanto o ex-prefeito Fernando Haddad passou de 1,4%
para 5%. No Paraná Pesquisa, entretanto, Haddad não é indicado como
candidato substituto de Lula na corrida eleitoral. Quando a substituição
é mencionada em outras pesquisas, o ex-prefeito alcança algo em torno
de 15% das intenções de voto. “Haddad é cola do Lula. As pessoas já
começaram a tomar conhecimento de que ele é o candidato do PT na
ausência do ex-presidente. É claro que ele vai subir mais”, disse o
diretor do instituto Murilo Hidalgo.
Haddad inicia a campanha em busca da porcentagem do
ex-presidente, que é líder em pesquisas de âmbito nacional. No Rio, em
cenário com Lula, Bolsonaro cresceu um ponto percentual (28%) se
comparado com o levantamento anterior, divulgado no dia 20 de julho. O
ex-presidente ficou com o segundo lugar, com 26%. Os dois estariam
tecnicamente empatados, considerando uma margem estimada de erro de
aproximadamente 2,5% para os resultados gerais.
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o ex-governador Geraldo
Alckmin (PSDB) e a ex-ministra Marina Silva (Rede) apresentam
estagnação nas intenções de voto. Alckmin tem 3%, em cenário com Lula, e
4%, sem o ex-presidente. Marina tem 15%, com e sem Lula. Ciro oscilou
na casa dos décimos, mas permaneceu com 6%, com Lula, e 9%, sem o
petista.
“É compreensível uma estagnação porque as eleições
começaram, efetivamente, sexta com as inserções e o horário eleitoral. A
partir de agora nós vamos ver quem é que cresce, e quem é que desliza e
cai”, acrescentou Hidalgo. “O Alckmin tem potencial maior do que os
outros por causa do tempo maior no horário eleitoral. Já o Bolsonaro
cresceu por causa da exposição que ele teve nesta última semana”.
O voto das mulheres
Lula, que está preso em Curitiba desde abril, seria o
mais votado entre as mulheres, com 27%, enquanto Jair Bolsonaro tem
maioria masculina: 35% contra 21%. Neste ano, as mulheres formam 52% do
eleitorado e são também as mais indecisas: 80% não têm candidato (54%
indecisas e 26% declararam voto nulo), segundo a pesquisa do Datafolha
de junho, com resposta espontânea.
Amoêdo também cresce
Além do avanço de Haddad, a surpresa da vez é o
candidato do Partido Novo, João Amoêdo, que deu passou de 1,3%, no
último levantamento, para 2,8%, em cenário com Lula. Sem o
ex-presidente, ele vai de 1,1% para 3%. O crescimento do presidenciável
em todas as pesquisas de intenções de voto confirma a tendência que já
vinha sendo observada nas redes sociais. Apesar dos resultados baixos na
corrida eleitoral, Amoêdo é o candidato que mais cresce nas buscas
realizadas no Google, segundo análise feita via Google Trends. Na
pesquisa do Paraná, ele está acima de Alvaro Dias (Podemos) e do
candidato do governo de Michel Temer, Henrique Meirelles (MDB).
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