Ele foi detido quando apresentava o programa de rádio que ancora na Rádio Tupi.
Por G1 Rio
O ex-governador do Estado do Rio de Janeiro Anthony Garotinho foi preso
na manhã desta quarta-feira (13) no Rio de Janeiro. Ele teria sido
detido quando apresentava o programa de rádio que ancora na Rádio Tupi.
A Polícia Federal leva Garotinho para Campos dos Goytacazes ainda nesta manhã.
A ordem de prisão é do juiz Ralph Manhães, da 100º Zona Eleitoral de
Campos dos Goytacazes. Garotinho é suspeito de comandar um esquema de
troca de votos pela inclusão de famílias no programa social Cheque
Cidadão, em Campos dos Goytacazes, de acordo com denúncia do Ministério
Público Eleitoral (MPE). Ele foi secretário municipal na cidade.
Por volta das 10h30, após um intervalo, o locutor Cristiano Santos
assumiu o “Fala Garotinho”, e afirmou que o ex-governador teve de deixar
o programa por questões de saúde.
"A Vinheta não entrou errada, não. Estou de volta para fazer companhia
pra você. Nosso Garotinho até tentou, você viu, até tentou fazer o
programa hoje, mas a voz foi embora e a orientação médica é que ele pare
de falar, agora tem que se cuidar. O marido que pertence à Rosinha vai
se cuidar para amanhã estar de volta, se Deus quiser, quando estiver
bom. Já falei com ele, volta quando estiver bom. Eu cuido aqui do
programa com muito carinho", afirmo Santos.
Prisão domiciliar
A sentença que determina a prisão de Garotinho afirma que ele ficará em
prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico e, durante este
período, só pode entrar em contato com a esposa, a ex-governadora
Rosinha Matheus, com os filhos, netos e a mãe, assim como com os
advogados.
Durante o período da prisão domiciliar, Garotinho também não poderá
entrar em contato com nenhum meio de comunicação eletrônica, como
telefones celulares ou internet e nem dar entrevistas. O ex-governador
foi intimado a entregar o passaporte.
Qualquer visita médica só poderá acontecer se for comunicada
previamente ao juiz do caso, com exceção das emergências. A fiscalização
das medidas ficará a cargo da Polícia Federal.
Operação Chequinho
Garotinho havia sido preso no dia 16 de novembro do ano passado pela Operação Chequinho, que apurou o mesmo esquema.
Após a prisão, o ex-governador passou mal e foi levado para um hospital
do Rio. De lá, foi levado à força, por decisão judicial, para uma
unidade de saúde dentro do complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu.
Dias depois, Garotinho conseguiu uma autorização para fazer cirurgia
cardíaca em um hospital particular e, em seguida, para cumprir prisão domiciliar.
A detenção de Garotinho foi revogada, então, em 24 de novembro, quando o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decretou uma fiança de R$ 88 mil,
além de uma série de restrições.
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