Após décadas de hegemonia esquerdista em nossa política, surge finalmente um momento propício para o avanço da direita. Boa parte da população já percebeu que o modelo socialdemocrata fracassou, que o peso do governo inchado se tornou insuportável, que o paternalismo foi incapaz de proteger o cidadão comum, que a existência de tantas estatais gerou apenas corrupção, e que as teorias esquerdistas que transformam marginais em “vítimas da sociedade” produziram apenas mais violência. Justiça seja feita, a ala mais moderada da esquerda, o PSDB, tem alguns bons resultados. Mas foram justamente obtidos quando o partido, a contragosto, precisou tomar medidas mais liberais, como nas privatizações e nas reformas que impuseram limites aos gastos públicos. Já o lado radical dessa esquerda, representado pelo PT, foi um fiasco completo, flertando com um modelo socialista nos moldes venezuelanos.
E o resultado está aí, como herança maldita para o governo de transição de Temer. O Brasil vive um caos econômico e social, como consequência direta das ideias ultrapassadas da esquerda. E, com as redes sociais, já que boa parte da mídia é cúmplice dessa mentalidade equivocada, os brasileiros puderam compreender melhor o que causou essa situação alarmante, e clamam por mudanças.
Eis aí a chance de a direita, com uma mensagem bem mais liberal na economia e mais dura com a bandidagem, galgar importantes degraus na escalada política. Quem endossar com firmeza essa bandeira vai capturar boa parte do eleitorado, frustrado com o esquerdismo há décadas no comando da nação.
Tirar poder dos burocratas, sindicatos e políticos e devolvê-lo para o trabalhador, reduzindo drasticamente o escopo do governo; resgatar valores morais e a decência, contra essa campanha nefasta dos “progressistas” que subvertem todas as tradições louváveis; enfrentar com punho firme os criminosos que escolhem esse caminho perverso: eis o que milhões desejam. Claro que a extrema-esquerda ainda tem força e se reorganiza para tentar impedir tais mudanças necessárias e desejáveis. O próprio Lula fala em ser candidato, temos Ciro Gomes, Marina Silva, o PSOL, enfim, diversas viúvas do socialismo fazendo de tudo para manter o Brasil preso no passado. Temos, ainda, os tucanos da esquerda mais moderada tentando se equilibrar entre passado e futuro, entre o velho e o novo Brasil.
Mas a demanda mesmo é por alguém sem medo de atacar esse modelo obsoleto e abraçar com empolgação o novo, o liberalismo econômico, o conservadorismo nos costumes. O pêndulo extrapolou demais para a esquerda com essa “marcha das minorias oprimidas”. Já cansou. E foi um fracasso. O povo quer mudanças bem mais à direita. Quem vai ser sua voz em 2018?
RODRIGO CONSTANTINO-domingo, março 05, 2017 -
REVISTA ISTO É
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